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Sermão sobre as Bem-aventuranças, de São Leão Magno, papa

Imprimirei a minha lei em seu íntimo

Bem Aventuranças – Mateus 5:3-12

Nosso Senhor Jesus Cristo, caríssimos, ia pregando o Evangelho do reino, curando as enfermidades por toda a Galiléia, e a fama de seus prodígios se espalhava pela Síria inteira. Grandes multidões, vindas da Judéia, afluíam ao médico celeste. Lenta é para a ignorância humana a fé em crer no que não vê e esperar o que não conhece. Foram precisos, a fim de firmar na doutrina divina, os benefícios corporais e o estímulo dos milagres patentes. Pela experiência de seu tão benigno poder não duvidariam que sua doutrina traz a salvação.
Para passar das curas exteriores aos remédios interiores e depois da cura dos corpos à saúde das almas, o Senhor separou-se das turbas que o cercavam, subiu à solidão do monte vizinho. Chamou os apóstolos para formá-los com mais elevadas instruções do alto da cátedra mística. Pelo próprio lugar e qualidade do ato, significava ser o mesmo que se dignara outrora falar com Moisés. Lá na mais apavorante justiça, aqui com a mais divina clemência. Eis que vêm dias, diz o Senhor, e firmarei com a casa de Israel e a casa de Judá um pacto novo. Depois daqueles dias, palavras do Senhor, porei minhas leis no seu íntimo e as escreverei em seus corações (cf. Jr 31,31.33; cf. Hb 8,8).
Aquele, pois, que falara a Moisés, falou aos apóstolos. E nos corações dos discípulos, a mão veloz do Verbo escrevia os decretos da nova Aliança. Sem nenhuma escuridão de nuvens envolventes, sem sons terríveis e relâmpagos. Sem estar o povo afastado do monte pelo terror, mas na límpida tranquilidade de uma conversa com os circunstantes atentos, a fim de remover a aspereza da lei pela brandura da graça e tirar o medo de escravo pelo espírito de adoção.
Qual seja a doutrina de Cristo, suas santas sentenças o demonstram. Elas dão a conhecer os degraus da jubilosa ascensão àqueles que desejam chegar à eterna beatitude. Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3). Seria talvez ambíguo a que pobres se referia a Verdade, se dissesse: Bem-aventurados os pobres, sem acrescentar nada sobre a espécie de pobres, parecendo bastar a simples indigência, que tantos padecem por pesada e dura necessidade, para possuir o reino dos céus. Dizendo porém: Bem-aventurados os pobres em espírito, mostra que o reino dos céus será dado àqueles que mais se recomendam pela humildade dos corações do que pela falta de riquezas.

A bem-aventurança do reino de Cristo

Após ter proclamado a felicíssima pobreza, o Senhor acrescenta: Bem-aventurados os que choram porque serão consolados (Mt 5,4). Estas lágrimas que têm a promessa da consolação eterna nada têm a ver com a comum aflição deste mundo; nem tornam bem-aventuradas as queixas arrancadas a todo o gênero humano. É outro o motivo dos gemidos dos santos, outra a causa das lágrimas felizes. A tristeza religiosa chora o pecado dos outros ou o próprio. Não se acabrunha porque se manifesta a divina justiça, mas dói-se do que se comete pela iniquidade humana. Sabe ser mais digno de lástima quem pratica a maldade do que quem a sofre, porque a maldade mergulha o injusto no castigo. A paciência leva o justo até à glória.
Em seguida diz o Senhor: Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra por herança (Mt 5,5). Os mansos e quietos, humildes, modestos e aflitos a suportar toda injúria recebem a promessa de possuir a terra. Não se considere pequena ou sem valor esta herança, como se fosse diferente da celeste morada, pois não se entende que sejam outros a entrar no reino dos céus. A terra prometida aos mansos e a ser dada aos quietos é a carne dos santos que, graças à humildade, será mudada pela feliz ressurreição e vestida com a glória da imortalidade, nada mais tendo de contrário ao espírito na harmonia de perfeita unidade. O homem exterior será então a tranquila e incorruptível possessão do homem interior.
Os mansos a possuirão numa paz perpétua e nada diminuirá de sua condição, quando o corruptível se revestir da incorruptibilidade e o mortal se cobrir com a imortalidade (1Cor 15,54); a provação se mudará em prêmio, o ônus de outrora agora será honra.

A sabedoria cristã

Em seguida diz o Senhor: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados (Mt 5,6). Esta fome nada tem de corpóreo. Esta sede não busca nada de terreno. Mas deseja ser saciada com a justiça e, introduzida no segredo mais oculto, anseia por ser repleta do próprio Senhor.

Feliz espírito, faminto do pão da justiça e que arde por tal bebida. Na verdade não teria disso nenhuma cobiça, se não lhe houvesse provado a doçura. Ouvindo o espírito profético que lhe diz: Provai e vede como é suave o Senhor (Sl 33,9), tomou uma porção da altíssima doçura e inflamou-se pelo amor das castíssimas delícias. Abandonando todo o criado, acendeu-se-lhe o desejo de comer e beber a justiça e experimentou a verdade do primeiro mandamento: Amarás o Senhor Deus de todo o teu coração, com toda a tua mente, com todas as tuas forças (Dt 6,5; cf. Mt 22,37). Porque não são coisas diferentes amar a Deus e amar a justiça.
Por fim, como o interesse pelo próximo se une ao amor de Deus, também aqui o desejo da justiça é acompanhado pela virtude da misericórdia, e se diz: Bem-aventurados os misericordiosos porque deles terá Deus misericórdia (Mt 5,7).

Reconhece, ó cristão, a dignidade de tua sabedoria e entende de que modo engenhoso foste chamado ao prêmio. A misericórdia te quer misericordioso, a justiça, justo, para que em sua criatura transpareça o Criador e no espelho do coração do homem refulja a imagem de Deus expressa pelas linhas da imitação. Firme é a fé dos que assim agem, teus desejos te acompanham e daquilo que amas gozarás sem fim.

Já que pela esmola tudo se faz puro para ti, chegas à bem-aventurança que é prometida como consequência. Diz o Senhor: Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus (Mt 5,8). Imensa felicidade, caríssimos, para quem se prepara tão grande prêmio. Que é, então, ter o coração puro? Entregar-se às virtudes acima descritas. Que inteligência poderá conceber e que língua proclamar quão grande seja a felicidade de ver a Deus? E, no entanto, isto acontecerá quando a natureza humana for transformada, de sorte que não mais em espelho ou enigma, mas face a face (1Cor 13,12), verá aquela Divindade que homem algum pôde ver tal qual é. E obterá o que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem subiu ao coração do homem (1Cor 2,9), pelo gáudio indizível da eterna contemplação.

Grande paz para os que amam a tua lei

Com razão a bem-aventurança de ver a Deus é prometida aos corações puros. Pois os olhos imundos não podem ver o esplendor da verdadeira luz; será alegria das almas límpidas aquilo mesmo que será castigo dos corações impuros. Para longe então a fuligem das vaidades terrenas. Limpemos de toda iniquidade suja os olhos interiores, e o olhar sereno se sacie de tão maravilhosa visão de Deus.
Merecer tal coisa, penso eu, é o fito do que se segue: Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9). Esta bem-aventurança, caríssimos, não consiste em um acordo qualquer nem em qualquer concórdia. É aquela de que fala o Apóstolo: Tende paz com Deus (Rm 5,1) e o profeta: Grande paz para os que amam tua lei e para eles não há tropeço (Sl 118,165).
Mesmo os mais estreitos laços de amizade e uma igualdade sem falha dos espíritos não podem, na verdade, reivindicar para si esta paz, se não concordarem com a vontade de Deus. Estão fora da dignidade desta paz a semelhança na cobiça dos maus, as alianças pecaminosas, os pactos para o vício. O amor do mundo não combina com o amor de Deus, nem passa para a sociedade dos filhos de Deus quem não se separa da vida carnal. Quem sempre com Deus tem em mente guardar com solicitude a unidade do espírito no vínculo da paz (Ef 4,3), jamais discorda da lei eterna, repetindo a oração da fé: Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu (Mt 6,10).
São estes os pacíficos, estes os unânimes no bem, santamente concordes, que receberão o nome eterno de filhos de Deus, co-herdeiros de Cristo (cf. Rm 8,17). Porque o amor de Deus e o do próximo lhes obterão não mais sentir adversidades, não mais temer escândalo algum. Mas terminado o combate de todas as tentações, repousarão na tranquila paz de Deus, por nosso Senhor que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.

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Bem Aventuranças – Mateus 5:3-12

Sermão sobre as Bem-aventuranças, de São Leão Magno, papa

3 “Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus!

4 Bem-aventurados os que cho­ram, porque serão consolados!

5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!

6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!

7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão miseri­córdia!

8 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!

9 Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!

10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!

11 Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.

12 Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós”.

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Papa Bento XVI

Deus caritas est (25 de dezembro de 2005)

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Spe salvi (30 de novembro de 2007)

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Caritas in veritate (29 de junho de 2009)

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Papa Francisco

Carta Encíclica Lumen fidei (29 de junho de 2013)

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Laudato si’ (24 de maio de 2015)

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Fratelli tutti (3 de outubro de 2020)

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Conservadores e Progressistas, duas faces da mesma moeda.

Começarei citando Gilbert Keith Chesterton quando ele escreve no artigo As tolices dos nossos partidos :

Todo o mundo moderno se dividiu em conservadores e progressistas. O negócio dos progressistas é seguir cometendo erros. O dos conservadores é evitar que os erros sejam corrigidos. Mesmo quando o revolucionário possa ele próprio se arrepender de sua revolução, o tradicionalista já está defendo-a como parte da sua tradição. Assim, nós temos dois grandes tipos – a pessoa avançada que nos empurra para a ruína e a pessoa retrospectiva que admira as ruínas. Ele as admira especialmente à luz da lua, para não dizer sob um raio da lua. Cada nova tolice do progressista ou golpista se torna instantaneamente uma lenda ou antiguidade imemorial para o pretensioso. Isso é chamado de equilíbrio, ou contrapesos mútuos, em nossa Constituição.

Apesar do pensamento distinto em muitos assuntos, tanto a ideologia de direita, como a de esquerda corroboram para a destruição da sociedade cristã, e devemos escolher o candidato menos pior.

Esquerda

Ideologia de Gênero

4b*rt*

Buscam um Jesus revolucionário, sem as virtudes, sem mudança de vida

Comunismo / marxismo

Criticam julgam e murmuram contra as ações da direita.

Direita

divórcio

camisinha, anticoncepcionais, planejamento familiar

Buscam um Jesus engessado na lei, sem buscar a santidade, isto é imitam os princípios dos fariseus

liberalismo

Criticam julgam e murmuram contra as ações da esquerda.

A reengenharia social executada ao longo das ultimas décadas inserindo o pensamento maçônico na sociedade brasileira, praticamente cegou a população de enxergarem o CAMINHO, e por isto acabam ignorando a VERDADE, cada um com o seu viés enxergando os erros opostos, de dois sistemas condenados pela Igreja, conforme o paragrafo 2425 do Catecismo(abaixo transcrito). A incapacidade de enxergar os próprios erros, em primeiro lugar é devido a falta de humildade e a necessidade de estar correto, por enxergou os erros, porém a falta de uma busca pela santidade, buscando as virtudes, acaba deixando-se ser dominado pela soberba, mesmo muitas vezes tendo o nome de Cristo na boca, porém longe do coração.

CIC 2425. A Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e ateias, associadas, nos tempos modernos, ao «comunismo» ou ao «socialismo». Por outro lado, recusou, na prática do «capitalismo», o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano (167). Regular a economia só pela planificação centralizada perverte a base dos laços sociais: regulá-la só pela lei do mercado é faltar à justiça social, «porque há numerosas necessidades humanas que não podem ser satisfeitas pelo mercado» (168). É necessário preconizar uma regulação racional do mercado e das iniciativas económicas, segundo uma justa hierarquia dos valores e tendo em vista o bem comum.

O mundo hoje precisa parar e refletir, ser humilde e buscar compreender a mensagem de Cristo Jesus. Porém a fumaça de satanás contaminou os corações dos brasileiros, de direita e de esquerda, e eles procuram condenar o seu próximo, pois eles, assim como os zombeteiros aos pés da Cruz, buscam constranger Nosso Deus, Rei e Senhor, que se humilhou e se tornou escravo para nos libertar dos grilhões do pecado. E bradam incessantemente: “Se tu és Deus, desce da Cruz.” O mundo rejeitou a cruz, pois rejeita a santidade. Pois São Pedro, claramente nos escreveu, o que parece que esquecemos, citado abaixo:

II Pedro 3:9 O Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam.

Isto é, Deus quer que todos se salvem. Se por hora, alguém est andando afastado da Graça, aqueles que andam na Graça, deveriam orar, fazer penitencias e dar esmolas, pela conversão dos transviados, mas o que acontece nos dias atuais? Infelizmente criticas, murmurações e julgamentos, isto é um louvor a satanás de muitos, que tem o nome de Cristo na boca, mas o coração está em outro lugar.

Mateus 15:8-9
Este povo somente me honra com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim. Vão é o culto que me prestam, porque ensinam preceitos que só vêm dos homens!”.

Nós devemos honrar a Cristo Jesus em nossos atos, palavras, pensamentos, buscando seguir o CAMINHO, o CAMINHO que nos leva a VERDADE, a VERDADE que nos faz encontrar a VIDA, a VIDA que é Jesus Cristo, pois as ideologias são passageiras, e tentam deturpar a VERDADE, do lado esquerdo relativizando os milagres e procurando omiti-los, procurando transformar Jesus Cristo em um revolucionário e do lado direito ignorando as virtudes e a busca pela santidade, engessando Jesus Cristo, como se fosse a tradição de uma lei. Jesus Cristo é muito maior do que tudo isto, Jesus Cristo é o puro AMOR, e o puro AMOR nos diz, se quisermos seguilo, devemos renunciar a nós mesmos, tomar a nossa Cruz e segui-lo.

Mateus 16:24-26

Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, irá recobrá-la. Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?…*

Denunciar um erro, não é ficar criticando, julgando e murmurando, algo que potencializa a ação do mal e das forças do mal espalhada nos ares, como São Paulo claramente expõe que é o nosso inimigo. Porém como não o enxergamos, levados pela soberba, criticamos o lado oposto da ideologia que eu sigo, pois sou capaz de enxergar os erros do outro lado do muro, porém sou incapaz de enxergar os erros do meu lado do muro, pois a soberba ela nos cega, e somente buscando imitar as virtudes da Virgem Maria, pois se Deus olhou para a humildade de sua serva, quem somos nós para não olharmos para a humildade da Virgem Maria, imita-la, para que assim, Deus posso olhar para nós. Negar a Virgem Maria, é negar o olhar de Deus para ela, é negar ao próprio Deus.

Devemos como católicos, que professam a fé deixada pelos apóstolos e transmitida até nós initerruptamente através do sacrifício do Santíssimo Sacramento, seguir a Cristo Jesus, e para não nos perdermos na soberba de nossas ações imitarmos as virtudes da Virgem Maria, pois Ela sempre nos diz: “fazei tudo que Ele vos disse.” O que agrada ao coração de nossa terna Mãe, é fazer tudo o que Cristo Jesus nos pediu, porém por muitas vezes sermos levados pela soberba, devemos segurar em Suas ternas mãos de Mãe para buscarmos fazer a Vontade de Deus.

Porque Jesus nos chama de ovelhas?

Eu até posso justificar que o outro lado esta fazendo coisas erradas, e prejudicando a população. Mas qual a minha atitude para tentar reparar esta injustiça? Fazer o mesmo que os samaritanos, quando João e Tiago foram repreendidos? ou a minha atitude é a de ser manso e humilde de coração, pois aprendemos com nosso Mestre?

Lucas 9:52-56

Enviou diante de si mensa­geiros que, tendo partido, entraram em uma povoação dos samaritanos para lhe arranjar pousada. Mas não o receberam, por ele dar mostras de que ia para Jerusalém. Vendo isso, Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma?”. Jesus voltou-se e repreendeu-os severamente. [“Não sabeis de que espírito sois animados.* O Filho do Homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las.”] Foram então para outra povoação.

Ou continuaremos zombando de Cristo no alto da Cruz, pedindo milagres como os judeus ou sabedoria como os gregos, pois a sabedoria da Cruz é loucura para nós? Qual é a nossa atitude como cristão católico? Deveria ser óbvio, porém o óbvio é que precisamos “afirmar veementemente que a grama é verde”. Quanto mais com as verdades da fé atacadas de maneira direta ou velada pelos asseclas do dragão vermelho, asseclas do dragão negro, asseclas de lutero, entre outros, que desprezam a Cristo ao desprezar a linguagem da Cruz, e por hora, correm o risco de se perder. Estes todos aqueles que Cristo não quer que se percam, e o que deveríamos fazer? Ser a Luz de Cristo, dar testemunho da nossa fé, mas ao invés disto, acabamos louvando a satanás quando criticamos, julgamos e murmuramos, abrindo brechas para as forças do mal espalhada nos áreas, atuarem cada vez mais intensamente no Brasil e nos seus poderes constituídos, tentando implantar legislações nefastas de eugenia.

I Coríntios 1:1-2.17-18.22-25
Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por chamado e vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, à igreja de Deus que está em Corinto, aos fiéis santificados em Jesus Cristo, chamados à santidade, juntamente com todos os que, em qualquer lugar que estejam, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Se­nhor deles e nosso;

Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o Evangelho; e isso sem recorrer à habilidade da arte oratória, para que não se desvirtue a cruz de Cristo. A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina.

Os judeus pedem milagres, os gregos reclamam a sabedoria; mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas, para os eleitos – quer judeus quer gregos –, força de Deus e sabedoria de Deus. Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.*

Nós somos tentados diuturnamente como Jesus foi tentado, e a arma do inimigo, muitas vezes é utilizar da própria palavra de Deus, como ele o fez quando tentou Jesus no deserto, e aparentemente oferecendo até coisas boas, porém coisas boas que nos condenarão ao inferno senão nos convertermos, mudarmos de vida e Seguirmos Cristo Jesus.

Mateus 4:1-11
Em seguida, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo demônio. Jejuou quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. O tentador aproximou-se dele e lhe disse: “Se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se tornem pães”. Jesus respondeu: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Dt 8,3). O demônio transportou-o à Cidade Santa, colocou-o no ponto mais alto do templo e disse-lhe:* “Se és Filho de Deus, lança-te abaixo, pois está escrito: Ele deu a seus anjos ordens a teu respeito; eles te protegerão com as mãos, com cuidado, para não machucares o teu pé em alguma pedra” (Sl 90,11s). Disse-lhe Jesus: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus (Dt 6,16)”. O demônio transportou-o uma vez mais, a um monte muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe: “Eu te darei tudo isto se, prostrando-te diante de mim, me adorares”. Respondeu-lhe Jesus: “Para trás, Satanás, pois está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás (Dt 6,13)”. Em seguida, o demônio o deixou, e os anjos aproximaram-se dele para servi-lo.

As ideologias de direita e de esquerda trabalham de mãos dadas para destruir gradativamente a sociedade católico cristã, destruindo a conta gotas os valores que recebemos dos apóstolos e que após centenas de ataques de heresias ao longo dos últimos séculos, foi permeando e se introduzindo lentamente em nossa sociedade. Precisamos voltar ao primeiro amor, precisamos voltar a Cristo Jesus. Não com palavras bonitas ou sentimentos puros e profundos, mas com a nossa razão ao não rejeitar a linguagem da Cruz, mas carrega-la e mostra-la ao mundo, sendo luz para nossos irmãos hereges, apostatas enxergarem a Cristo Jesus, e assim buscarem a VERDADE.

Efésios 6:12

Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.*

Mas precisamos fechar as nossa brechas, fechar as brechas do Brasil, para que o Espirito Santo possa agir livremente no brasil, restaurando a Terra de Santa Cruz, que tem a Virgem Maria como Imperatriz deste solo, e que é sonho de Deus, desde a fundação do reino de Portugal.

Infelizmente existem muitos mais ab*rt*s não registrados, pois os mesmos ocorrem em decorrência da utilização dos métodos anticoncepcionais, pílula, etc… Esta catástrofe gigantesca vem destruindo gradativamente as famílias cristãs, que ao se utilizarem de tais métodos, seja por ignorância, seja por clara ciência, corroboram com a atuação das folhas do mal espalhada nos ares. Isto fica claro com o filme Nefarious que com uma linguagem clara procura demonstrar tais realidades e o ceticismo daqueles que acham que estão evoluindo, mas literalmente estão trabalhando para implantação do mal no mundo. O padre Paulo Ricardo, explica claramente o que ocorre no corpo de uma mulher que toma tais substancias, e oremos pelas almas das milhões, quiçá bilhões de vidas ceifadas no Brasil nas ultimas décadas em decorrência da utilização destes instrumentos de genocídio.

Voltemos nosso olhar para a Cruz, sinal de contradição. Busquemos fazer a vontade de Deus, conforme a vontade de Deus, da maneira da vontade de Deus, e para não sermos levados pela soberba seguremos nas mãos da Virgem Maria. Primeiramente, independente do governante, seja ele de qual ideologia for, seja ele de qual poder for (Executivo, Legislativo, Judiciário) em todas as esferas do Brasil (Municipal, Estadual e Federal) façamos como São Paulo nos ensinou na primeira carta a Timóteo.

I Timóteo 2:1-2

Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, para que possamos viver uma vida calma e tranquila, com toda a piedade e honestidade.

Pois todos nós somos chamados a ser santos. E qual maior virtude de orar por aqueles que nos perseguem, sem criticar, sem jugar, sem murmurar, mas orando pela conversão deles? Nós somos como ovelhas, e senão vigiarmos, a soberba, a inveja, pecados angélicos e satânicos, preenche nossos corações, e nos afasta da graça de Deus. Nós somos chamados a ser santos, e como o faremos? Por nós mesmos nunca conseguiremos, dependemos do Espirito Santo, para que, pela graça de Deus, nós consigamos nos salvar.

I Pedro 1:15-16

A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.

Pois ser santo é assumir o jugo de Cristo que é suave e leve, pois nenhuma tentação nos é dada além das forças com as quais Deus permite, pois Deus nos dá as forças para resistimos as tentações. E porque não resistimos? Em um mundo centrado nos sentimentos, arrepios, etc…, que ignora a humildade de buscar a VERDADE, qualquer agitação no mar, nos faz afundar. Mas chegou o momento de acordarmos, frearmos nossas línguas, e mesmo que pequemos buscarmos com maior frequência o tribunal da justiça divina, o sacramento da Confissão. Busquemos viver a castidade, e mesmo que caiamos na fornicação, busquemos a reconciliação com o Sumo Redentor, buscando avançar em nossa conversão nos acusando no tribunal da misericórdia divina, através do sacramento da Confissão. Eliminemos os hábitos que abriram as portas do inferno sobre o Brasil, tais como os controles de natalidade e planejamento familiar propostos pelas ideologias nefastas materialistas de direita e de esquerda, pois não podemos servir a dois senhores, pois ou amaremos um e odiaremos o outro, da mesma maneira, não podemos servir a Jesus Cristo e ao dinheiro. Temos que voltar a ser católicos, isto é, fazer tudo por amor a Jesus Cristo, e não por tradição. Precisamos entender e compreender a VERDADE.

Mateus 11:29-30

Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve”.

Efésios 4:29

Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem.

Finalizando, citarei São Bernardo de Claraval1 quem muito amou e foi devoto da Virgem Maria, e que nos mostra claramente que Seguir o Caminho, a Verdade e a Vida, é buscar a humildade, é buscar imitar as virtudes da Virgem Maria, é segurar na s mãos da nossa Mãe através das contas do Santo Rosário e seguir a Jesus Cristo

Quando o Senhor diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” [Jo 14, 6], propõe-nos o labor do caminho, e o prêmio do labor. A humildade, com efeito, é chamada de caminho que conduz à verdade. A humildade é o labor, enquanto a verdade é o prêmio do labor. “Como sabes”, dirás tu, “que esta passagem se refere à humildade, se [o Senhor] disse de modo indeterminado: ‘Eu sou o caminho’?”. Escuta-o atentamente: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” [Mt 11, 29].

Ele pois se propõe como exemplo de humildade e como modelo de mansidão. Se o imitares, não andarás em trevas, senão que terás a luz da vida. E o que é a luz da vida senão a verdade, que ilumina a todo homem que vem a este mundo, e que mostra onde se encontra a vida verdadeira? Por isso, além de dizer: “Eu sou o caminho e a verdade”, disse ainda: “e a vida”. É como se dissesse: “Eu sou o caminho”, porque levo à verdade; “eu sou a verdade”, porque prometo a vida; “eu sou a vida”, porque a dou. Porque ele mesmo diz: “A vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” [Jo 17, 3].

Se porém tu dizes: “Considero o caminho, a humildade; desejo o fruto, a verdade. Mas o que farei se tão grande é o labor do caminho que não posso chegar ao ganho desejado?”, ele responde-te: “Eu sou a vida”, isto é, o viático com que te sustentarás no caminho.

O Senhor clama aos desencaminhados e aos ignorantes do caminho: “Eu sou o caminho”; aos que duvidam e aos que não crêem: “Eu sou a verdade”; e aos ascendentes, mas lassos: “Eu sou a vida”. Está, ao que parece, suficientemente claro por capítulos do Evangelho que o conhecimento da verdade é fruto da humildade. Vê este: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas”, referindo-se sem dúvida aos segredos da verdade, “aos sábios e aos prudentes”, isto é, aos soberbos, “e as revelaste aos pequeninos”, isto é, aos humildes. E nisto aparece que a verdade, que se esconde dos soberbos, se revela aos humildes.

A humildade pode definir-se assim: a humildade é uma virtude que leva o homem a desprezar-se ante seu próprio e veríssimo conhecimento.

Sejamos humildes, oremos pela conversão dos hereges, apostadas, aqueles que não creem, pois só não estamos fazendo o que eles estão fazendo, pela Graça de Deus, pois sem Cristo, nada podemos fazer. Façamos penitencias e demos esmolas, e busquemos imitar as virtudes da Virgem Maria, sendo humildes, refreando nossa língua, buscando viver em castidade, buscando a santidade, neste mundo para viver a santidade na vida eterna.

João 14:6b

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.

  1. São Bernardo de ClaravalOs graus da humildade e da soberba ↩︎
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Imitação de Cristo – X

Livro I

CAPÍTULO X

Como se há de resistir às tentações das palavras

1. Evita, quanto puder, a agitação do mundo; porque o comércio do mundo causa muitos embaraços ainda quando se trata com intenção sincera.

Bem depressa somos manchados e cativos da vaidade.

Muitas vezes quisera ter-me calado e não ter estado entre os homens.

Porém, qual é a causa por que de tão bom grado falamos e praticamos uns com os outros, vendo quão poucas vezes voltamos ao silêncio sem dano da consciência?

A razão disto é porque pretendemos ser consolados uns pelos outros com semelhantes conversações e desejamos aliviar o coração cansado de sensações diversas.

E de boa vontade nos detemos em falar das coisas ou pensar nas que amamos ou desejamos, ou das adversas que sentimos.

2. Mas, pobres de nós! Tudo é em vão e inútil, porque a consolação exterior é dos maiores obstáculos para a consolação íntima proporcionada por Deus.

Por esta causa, vigiemos e oremos, para que não se passe o tempo ociosamente.

Se lhe for lícito e conveniente falar, diga coisas que edifiquem.

O mau costume e o descuido de nosso aproveitamento são causas do pouco cuidado com que guardamos a nossa língua.

No entanto, ajudam muito o progresso interior e os piedosos colóquios sobre coisas espirituais, de modo especial quando entre pessoas de um mesmo espírito e coração que se encontram unidos em Deus.

Reflexões

Está escrito que no dia do juízo Deus nos há de pedir contas, até de uma palavra ociosa. Não nos admiremos de tanto rigor: tudo é sério na vida humana, cujo menor momento pode ter tão formidáveis consequências.

Esse tempo que desperdiça em diversões inúteis foi dado a você para ganhar o céu. Compare o fim para que o receba com o uso que dele faz; e todavia sabe porventura se lhe será concedida uma hora a mais?

Calar e sofrer é a mais geral virtude com que a vida passa sem culpa entre a gente, e sem esta virtude não é possível ter quitação na alma.

Dê-me, Senhor, esta santa virtude para que, imitando o silêncio de meu divino Mestre, aprenda a meditar em seus trabalhos e mereça por este modo associar-me a seus sofrimentos e por eles alcançar a paz da vida eterna.

Catolicismo · catolico · · Imitação de Cristo

Imitação de Cristo – IX

Livro I

CAPÍTULO IX

Da obediência e submissão

1. Grande coisa é viver em obediência, sujeito a um superior, e não ter vontade própria. Muito mais seguro é obedecer que mandar. Muitos estão em obediência mais por necessidade que por amor, os quais têm fadiga e facilmente murmuram e nunca terão liberdade de ânimo enquanto não se submeterem a Deus de todo o coração. Por mais que ande de uma parte para a outra, não achará descanso senão na humilde submissão a um superior. A imaginação de que mudando de lugar se melhora a muitos tem enganado.

2. Verdade é que a cada um agrada seu próprio parecer e de bom grado se inclina para os que pensam como ele.

Mas, se Deus está entre nós, é necessário que deixemos algumas vezes nosso parecer, pelo bem da paz.

Quem é tão sábio que tudo saiba? Não confie demasiadamente em seu próprio parecer; ouve antes de boa mente o sentir dos outros.

Se o seu parecer for bom e o deixar por amor a Deus para seguir o alheio, terá nisto mais merecimento.

3. Muitas vezes ouvi dizer que é mais seguro ouvir e tomar conselho que o dar.

Bem pode também acontecer que seja bom o parecer de um, mas não querer ceder aos outros quando a razão ou a ocasião o pede é sinal de soberba ou de teimosia.

Reflexões

Se o Filho de Deus se fez obediente até a morte, e morte de Cruz, que homem há a que recuse obedecer? No mundo não há ordem nem vida senão pela obediência: ela é o laço dos homens entre si e seu autor, o fundamento da paz, e o princípio da harmonia universal. A família, a cidade, a Igreja, não subsistem senão pela obediência; a mais alta perfeição das criaturas não é mais que uma perfeita obediência: só ela nos preserva do erro e do pecado.

Quando obedecemos a um homem revestido de autoridade, obedecemos a Deus; ele é o único monarca, e todo o poder legítimo é uma emanação de sua onipotência eterna e infinita. “Todo o poder vem de Deus”, diz o Apóstolo, e está sujeito a uma regra divina, tanto na ordem temporal como na espiritual; de sorte que, obedecendo ao pontífice, ao príncipe, ao pai, a quem é realmente “ministro de Deus para o bem”, só a Deus obedecemos.

Feliz aquele que compreende esta celeste doutrina: livre da escravidão do erro e das paixões, dócil à voz de Deus e da consciência, goza “da verdadeira liberdade dos filhos de Deus” (Rm 8,21).

Deus e Senhor meu, contra cujos conselhos nada pode a humana malícia, dai-me aquele espírito de obediência e sujeição que tanto distingue vossos servos, pelo qual me assemelharei a vosso divino Filho que por minha salvação se fez obediente até a morte, e assim terei parte nos merecimentos do seu sangue preciosíssimo.