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O poder do sangue de Cristo

Das Catequeses de São João Crisóstomo, bispo

(Cat. 3,13-19: SCh 50,174-177)

(Séc.IV)

Queres conhecer o poder do sangue de Cristo? Voltemos às figuras que o profetizaram e recordemos a narrativa do Antigo Testamento: Imolai, disse Moisés, um cordeiro de um ano e marcai as portas com o seu sangue (cf. Ex 12,6-7). Que dizes, Moisés? O sangue de um cordeiro tem poder para libertar o homem dotado de razão? É claro que não, responde ele, não porque é sangue, mas por ser figura do sangue do Senhor. Se agora o inimigo, ao invés do sangue simbólico aspergido nas portas, vir brilhar nos lábios dos fiéis, portas do templo dedicado a Cristo, o sangue verdadeiro, fugirá ainda mais para longe.

Queres compreender mais profundamente o poder deste sangue? Repara de onde começou a correr e de que fonte brotou. Começou a brotar da própria cruz, e a sua origem foi o lado do Senhor. Estando Jesus já morto e ainda pregado na cruz, diz o evangelista, um soldado aproximou-se, feriu-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu água e sangue: a água, como símbolo do batismo; o sangue, como símbolo da eucaristia. O soldado, traspassando-lhe o lado, abriu uma brecha na parede do templo santo, e eu, encontrando um enorme tesouro, alegro-me por ter achado riquezas extraordinárias. Assim aconteceu com este cordeiro. Os judeus mataram um cordeiro e eu recebi o fruto do sacrifício.

De seu lado saiu sangue e água (Jo 19,34). Não quero, querido ouvinte, que trates com superficialidade o segredo de tão grande mistério. Falta-me ainda explicar-te outro significado místico e profundo. Disse que esta água e este sangue são símbolos do batismo e da eucaristia. Foi destes sacramentos que nasceu a santa Igreja, pelo banho da regeneração e pela renovação no Espírito Santo, isto é, pelo batismo e pela eucaristia que brotaram do lado de Cristo. Pois Cristo formou a Igreja de seu lado traspassado, assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa.

Por esta razão, a Sagrada Escritura, falando do primeiro homem, usa a expressão osso dos meus ossos e carne da minha carne (Gn 2,23), que São Paulo refere, aludindo ao lado de Cristo. Pois assim como Deus formou a mulher do lado do homem, também Cristo, de seu lado, nos deu a água e o sangue para que surgisse a Igreja. E assim como Deus abriu o lado de Adão enquanto ele dormia, também Cristo nos deu a água e o sangue durante o sono de sua morte.

Vede como Cristo se uniu à sua esposa, vede com que alimento nos sacia. Do mesmo alimento nos faz nascer e nos nutre. Assim como a mulher, impulsionada pelo amor natural, alimenta com o próprio leite e o próprio sangue o filho que deu à luz, também Cristo alimenta sempre com o seu sangue aqueles a quem deu o novo nascimento.

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Oração de Santo Tomás de Aquino em Ação de Graças depois da Missa

Eu vos dou graças, ó Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, porque, sem mérito algum de minha parte, mas somente pela condescendência de vossa misericórdia, vos dignastes saciar-me, a mim pecador, vosso indigno servo, com o sagrado Corpo e o precioso Sangue do vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.

E peço que esta santa comunhão não me seja motivo de castigo, mas salutar garantia de perdão. Seja para mim armadura da fé, escudo de boa vontade e libertação dos meus vícios. Extinga em mim a concupiscência e os maus desejos, aumente a caridade e a paciência, a humildade e a obediência, e todas as virtudes.

Defenda-me eficazmente contra as ciladas dos inimigos, tanto visíveis como invisíveis. Pacifique inteiramente todas as minhas paixões, unindo-me firmemente a vós, Deus uno e verdadeiro, feliz consumação de meu destino.

E peço que vos digneis conduzir-me a mim pecador àquele inefável convívio em que vós com vosso Filho e o Espírito Santo sois para os vossos Santos a luz verdadeira, a plena saciedade e a eterna alegria, a ventura completa e a felicidade perfeita.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

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APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM LA SALETE – França – 1846.

Onde aconteceu: Na França.

Quando: Em 1846.

A quem: Aos videntes, Maximino Giraud e Mélanie Calvat.

História da Aparição.

Um menino de nome Maximino Giraud, de onze anos, e Mélanie (Mélanie) Calvat, de quinze, estavam cuidando do gado. Mélanie estava acostumada e treinada nesse tipo de trabalho desde os nove anos, mas tudo era novo para Maximino. Seu pai lhe havia pedido que fosse fazer esse serviço como ato generoso, para cooperar com o amigo que estava com o pastor adoentado.

Relata Mélanie:

No dia 18 de setembro de 1846, véspera da Aparição da Santíssima Virgem, eu estava sozinha, como sempre, cuidando do gado do meu patrão; por volta de onze horas vi um menino que se aproximava. Por um momento tive medo, pois achava que todos deviam saber que eu evitava todo tipo de companhia. O menino se aproximou e me disse:

“Ei menina, vou contigo, sou de Corps”. A estas palavras minha malícia natural se mostrou e lhe disse: “Não quero ninguém perto de mim. Quero ficar sozinha”. Mas ele, senguindo-me, disse: “Meu patrão me enviou aqui para que cuide do gado contigo. Venho de Corps”. Afastei-me dele, agastada, dando-lhe a entender que não queria ninguém por perto. Quando estava a certa distância, sentei-me na grama. Normalmente, dessa forma conversava com as florzinhas ou ao Bom Deus.

Depois de um momento, atrás de mim estava Maximino sentado e diretamente me disse: “Deixa-me ficar contigo, me comportarei muito bem”. Embora contra minha vontade e sentindo-me incomodada por Maximino, permiti que ficasse. Ao ouvir os sinos de la Salette para o Ângelus, disse-lhe para elevar sua alma a Deus. Ele tirou o chapéu e se manteve em silêncio por um momento. Logo comemos e brincamos juntos. Quando caiu a tarde descemos a montanha e prometemos voltar ao dia seguinte para levar o gado novamente.

No dia seguinte, sábado, 19 de setembro de 1846, o dia estava muito quente e os dois jovenzinhos concordaram em comer seu almoço em um lugar sombreado. Contrariamente a seu costume, eles se estendem sobre a relva… e adormecem. O tempo passa!… Mélanie foi a primeira a despertar:

“Maximino, Maximino, vem depressa, vamos ver nossas vacas… Não sei onde andam!”.

Rapidamente sobem a ladeira. Voltando-se, têm diante de si toda a pradaria: as vacas lá estão ruminando calmamente. Os dois pastores se tranquilizam. Mélanie começa a descer. A meio caminho se detém imóvel e pergunta a Maximino se não vê o que ela estava vendo:

“Maximino, olha lá, aquele clarão!”.

Maximino corre gritando:

“Onde? Onde?”

Mélanie estende o dedo para o fundo do vale onde haviam dormido. O clarão se mexia e se agitava, como dividindo-se ao meio.

“Oh, meu Deus!”, exclamou Mélanie, deixando cair o cajado.

Algo fantasticamente inconcebível a inundava nesse momento e ela se sentiu atraída, com profundo respeito, cheia de amor e o coração batendo mais rapidamente. Viram uma Senhora sentada em uma enorme pedra. Tinha o rosto entre as mãos e chorava amargamente. Mélanie e Maximino estavam com medo e não se mexiam.

A Mensagem de La salete.

A Senhora, pondo-se lentamente de pé e cruzando suavemente seus braços, lhes chamou:

– Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade!

Então, as crianças foram até a Bela Senhora. Ela não parava de chorar. “Achávamos que era uma mamãe cujos filhos a tivessem espancado e que se teria refugiado na montanha para chorar”.

 A Senhora era alta e toda de luz. Vestia-se como as mulheres da região: vestido longo, um grande avental, lenço cruzado e amarrado as costas, touca de componesa. Rosas coroando sua cabeça, ladeando o lenço e ornando seu calçado. Em sua fronte a luz brilhava como um diadema. Em seus olhos havia lágrimas que rolavam pelas faces. Sobre os ombros carregava uma pesada corrente. Uma corrente mais leve prendia sobre o peito um crucifixo resplandecente, com um martelo de um lado, e de outro uma torquês.

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ELA disse:

– Se Meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar cair o braço de Meu Filho. É tão forte e tão pesado que não o posso mais suster.

Há quanto tempo sofro por vós!

Dei-vos seis dias para trabalhar, reservei-me o sétimo, e não mo querem conceder! É isso que torna tão pesado o braço de Meu Filho.

E também os carroceiros não sabem jurar sem usar o Nome de Meu Filho. São essas as duas coisas que tornam tão pesado o braço de Meu Filho.

Se a colheita se estraga, e só por vossa causa. Eu vo-lo mostrei no ano passado com as batatinhas: e vós nem fizestes caso! Ao contrário, quando encontráveis batatinhas estragadas, juráveis usando o Nome de Meu Filho. Elas continuarão assim, e neste ano, para o Natal, não haverá mais.

A palavra “batatinhas” (em francês: ‘pommes de terre’), deixa Mélanie intrigada. No dialeto da região, se diz “la truffa”. E a palavra ‘pommes’ lembra-lhe o fruto da macieira. Ela se volta então para Maximino, para lhe pedir uma explicação. A Senhora, porém adianta-se dizendo:

– Não compreendeis, meus filhos? Vou dizê-lo de outro modo.

Retomando pois, as últimas frases no dialeto de Corps (‘patois’), língua falada correntemente por Maximino e Mélanie, a Senhora prossegue sempre no dialeto:

– ”Se tiverdes trigo, não se deve semeá-lo. Todo o que semeardes será devorado pelos insetos, e o que produzir se transformará em pó ao ser malhado.

Virá grande fome. Antes que a fome chegue, as crianças menores de sete anos serão acometidas de trevor e morrerão entre as mãos das pessoas que as carregarem. Os outros farão penitência pela fome. As nozes caruncharão, as uvas apodrecerão.“

De repente, a Senhora continuou a falar, mas somente Maximino a entendia. Mélanie percebia seus lábios se moverem, mas nada entendia. Alguns instantes depois, Mélanie por sua vez, pode ouvir, enquanto Maximino, que nada mais entende, faz girar o chapéu na ponta do cajado ou, com a outra, brinca com pedrinhas no chão. “Mas nenhuma sequer tocou os pés da Bela Senhora!”, excusar-se-ia alguns dias mais tarde. “Ela me disse alguma coisa ao me dizer: Tu não dirás nem isso. Depois, não compreendia mais nada, e durante esse tempo, eu brincava”.

Assim a Bela Senhora falou em segredo a Maximino e depois a Mélanie. E novamente, os dois em conjunto ouviram as seguintes palavras:

– Se se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de trigo, e as batatinhas serão semeadas nos roçados.

Fazeis bem vossa oração, meus filhos?

– “Não muito, Senhora”, respondem as crianças.

– Ah! Meus filhos, é preciso fazê-la bem, à noite e de manhã, dizendo ao menos um Pai Nosso e uma Ave Maria quando não puderdes rezar mais. Quando puderdes rezar mais, dizei mais.

Durante o verão, só algumas mulheres mais idosas vão à Missa. Os outros trabalham no domingo, durante todo o verão. Durante o inverno, quanto não sabem o que fazer, vão à Missa zombar da religião. Durante a Quaresma vão ao açougue como cães.

Nunca vistes trigo estragado, meus filhos?

– “Não Senhora”, responderam eles.

Então Ela se dirigiu a Maximino:

– Mas tu, meu filho, tu deves tê-lo visto uma vez, perto de Coins, com teu pai. O dono da roça disse a teu pai que fosse ver seu trigo estragado. Ambos fostes até lá. Ele tomou duas ou três espigas entre as mãos, esfregou-as e tudo caiu em pó. Ao voltardes, quando estaveis a meia hora de Corps, teu pai te deu um pedaço de pão dizendo-te: “Toma, meu filho, come pão neste ano ainda, pois não sei quem dele comerá no ano próximo, se o trigo continuar assim”.

Maximino respondeu:

– “É verdade, Senhora, agora lembro. Há pouco não lembrava mais”.

E a Bela Senhora concluiu, não mais em dialeto ‘patois’, e sim em francês:

– Pois bem, meus filhos, transmitireis isso a todo o meu povo.

Então ela seguiu até o lugar em que haviam subido para ver onde estavam as vacas. Seus pés deslizavam, tocando apenas a ponta da grama, sem dobrá-la. Na colina, a Bela Senhora se deteve. Mélanie e Maximino correram até ela para ver onde ia. A Senhora se eleva rapidamente, permanecendo por uns minutos a alguns metros de altura (3 ou 5 m). Olhou para o céu, olhou à sua direita (na direção de Roma?), à sua esquerda (na direção da França?), olhou para os dois meninos, e se confundiu com o globo de luz que a envolvia. Este então subiu até desaparecer no firmamento.

Depois da aparição.

No início, poucos acreditavam no que os dois jovens diziam ter visto e ouvido. Os camponeses que os haviam contratado se surpreendiam com o fato de que, sendo eles tão ignorantes, fossem capazes de transmitir e relatar uma mensagem tão complicada tanto em francês (que não entendiam bem) como em ‘patois’, em que descreviam exatamente o que diziam.

Na manhã seguinte, Mélanie e Maximino foram levados ao pároco. Era um sacerdote de idade avançada, muito generoso e respeitado. Ao interrogar os dois, ouviu todo o relato, diante do qual ficou muito surpreso e realmente considerou que diziam a verdade. Na missa do domingo seguinte, falou da visita da Senhora e seu pedido. Quando chegou aos ouvidos do Bispo que o pároco havia falado da aparição no púlpito, este foi repreendido e substituído por outro sacerdote. Isso não é de surpreender, pois a Igreja é muito prudente em não fazer juízos apressados sobre aparições.

Mélanie e Maximino eram constantemente interrogados por curiosos e por devotos. Simplesmente contavam a mesma história. Aos que estavam interessados em subir a montanha, mostravam o local exato onde a Senhora havia aparecido. Várias vezes foram ameaçados de prisão se não negassem o que continuavam a dizer. Sem nenhum temor e hesitação, relatavam a todos as mensagens que a Senhora havia dado.

Surgiu uma fonte no lugar onde a Senhora havia aparecido e a água corria colina abaixo. Muitos milagres começaram a acontecer.

As terríveis calamidades anunciadas começaram a se cumprir. A terrível escassez de batatas de 1846 se espalhou, especialmente na Irlanda, onde muitos morreram. A escassez de trigo e milho foi tão severa, que mais de um milhão de pessoas na Europa morreram de fome. Uma enfermidade atacou as uvas em toda a França. Provavelmente o castigo teria sido pior se não fosse pelos que aceitaram a mensagem de La Salette. Muitos começaram a ir à missa. As lojas eram fechadas aos domingos e as pessoas pararam de fazer trabalhos desnecessários do dia do Senhor. Os xingamentos e as blasfêmias foram diminuindo.

A Aprovação Eclesiástica

Esta Aparição da Virgem Santíssima que aconteceu na França em 1846, e foi reconhecida e aprovada pela Igreja, em 1851.

O Bispo de La Salette encarregou a dois teólogos a investigação da aparição e de todas as curas registradas. Durante cinco anos fizeram as mais minuciosas investigações. Em toda a França, em aproximadamente oitenta lugares diferentes, os bispos encarregaram sacerdotes que investigassem as curas milagrosas através das orações a Nossa Senhora de La Salette e da água da fonte. Centenas de graças foram registradas.

O Santo Padre Pio IX aprovou a devoção a Nossa Senhora de La Salette. Pediu aos jovens que lhe enviassem o relato dos segredos por escritos.

Tempo depois dirá o Santo Padre:

“Estes são os segredos de La Salette; se o mundo não se arrepender, perecerá”.

As Palavras do Papa João Paulo II, sobre La Salette:

“Neste lugar, Maria, a mãe sempre amorosa, mostrou sua dor pelo mal moral causado pela humanidade. Suas lágrimas nos ajudam a entender a gravidade do pecado e a rejeição a Deus, enquanto manifestam ao mesmo tempo a apaixonada fidelidade que Seu Filho mantém com relação a cada pessoa, embora Seu amor redentor esteja marcado com as feridas da traição e do abandono dos homens.”

Várias congregações foram fundados pela inspiração de La Salette, entre as quais os Missionários e as Irmãos de Nossa Senhora de La Salette, que se dedicam a propagar a mensagem de reconciliação.

Os Segredos de La Salete.

Um segredo importante foi dado pela Virgem a Mélanie, para revelá-lo anos mais tarde. Maximino assegurou que a Virgem disse algo a Mélanie, que ele não ouviu. Esse segredo, no entanto, não está incluído na aprovação dada pela Igreja à aparição, pois foi divulgado posteriormente.

O segredo somente foi publicado em sua totalidade em uma brochura, em Lecce, no ano de 1879. Ao Papa da época, Pio IX, o texto do segredo foi entregue em 18 de julho 1851.

Seguem-se as palavras de Nossa Senhora ditas a Mélanie em 19 de setembro de 1846:

– “Mélanie, o que eu te vou dizer agora não será um segredo para sempre. Tu podes publicá-lo em 1858”.

1- Os sacerdotes, ministros de meu Filho, os sacerdotes, por causa da sua vida má, pelas suas irreverências e pela sua impiedade ao celebrar os santos mistérios, pelo amor ao dinheiro, o amor às honras e aos prazeres, os sacerdotes converteram-se em cloacas de impureza. Sim, os sacerdotes provocam a vingança e a vingança pende sobre suas cabeças.

Ai dos sacerdotes e pessoas consagradas a Deus que pelas suas infidelidades e más vidas crucificam meu Filho de novo! Os pecados das pessoas consagradas a Deus clamam ao Céu e atraem vingança, e eis que a vingança está às suas portas, porque já não se encontra ninguém para implorar misericórdia e perdão para o povo. Já não há almas generosas, já não há ninguém digno de oferecer a Vítima sem mancha ao Eterno, pelo mundo. 

2- Deus vai castigar de uma maneira sem precedentes. Ai dos habitantes da Terra! Deus vai esgotar a sua cólera e ninguém poderá fugir a tantos males juntos.

Os chefes, os condutores do povo de Deus, descuraram a oração e a penitência, e o demônio obscureceu as suas inteligências. Tornaram-se naquelas estrelas errantes, que a antiga serpente arrastará com a sua cauda para os fazer perecer. Deus permitirá que a antiga serpente ponha divisões entre os soberanos, em todas as sociedades e em todas as famílias. (A humanidade) sofrerá penas físicas e morais. Deus abandonará os homens a si mesmos e enviará castigos que se hão de suceder durante mais de trinta e cinco anos.

3- A sociedade está às vésperas das mais terríveis calamidades e dos mais graves acontecimentos. Deverá esperar vir a ser governada com vara de ferro e beber o cálice da cólera de Deus.

Que o Vigário de meu Filho, o Sumo Pontífice Pio IX, não saia de Roma depois de 1859; mas que seja firme e generoso, que combata com as armas da fé e do amor. Eu estarei com ele.

Que desconfie de Napoleão (Napoleão III): o seu coração é falso, e quando ele quiser ser, ao mesmo tempo, Papa e Imperador, Deus Se retirará dele. Ele é aquela águia que, querendo sempre subir mais alto, cairá sobre a espada de que se queria servir para obrigar os povos à submissão.

4- A Itália será castigada pela sua ambição, por querer sacudir o jugo do Senhor dos Senhores; também ela será entregue à guerra. O sangue correrá por todos os lados; as igrejas serão fechadas ou profanadas; os sacerdotes e religiosos serão perseguidos; irão fazê-los morrer, e morrer de morte cruel. Muitos abandonarão a fé, e o número de sacerdotes e religiosos que apostatarão da religião verdadeira será grande; entre estes haverá até mesmo Bispos.

5- Que o Papa se acautele contra os fazedores de milagres, porque chegou o tempo em que se hão de operar os mais espantosos prodígios na terra e no ar.

6- No ano de 1864, serão libertados do Inferno Lúcifer com um grande número de demônios; eles abolirão a fé pouco a pouco, mesmo nas pessoas consagradas a Deus. Irão cegá-las de tal forma que, salvo se elas forem abençoadas por uma graça especial, essas pessoas assimilarão o espírito desses anjos maus. Muitas casas religiosas perderão completamente a fé e muitas almas se irão perder.

7- Os livros maus abundarão na Terra e os espíritos das trevas espalharão, por toda a parte, um relaxamento universal por tudo o que seja serviço de Deus; e terão um enorme poder sobre a natureza. Haverá igrejas dedicadas ao culto desses espíritos. Certas pessoas serão transportadas de um a outro lugar por esses maus espíritos, e até sacerdotes, porque eles não serão conduzidos pelo bom espírito do Evangelho, que é um espírito de humildade, de caridade e de zelo pela glória de Deus.

Em algumas ocasiões, os mortos e os justos serão trazidos de volta à vida (isto é, esses mortos tomarão a aparência das almas justas que viveram na Terra, para melhor seduzir os homens. Esses ditos mortos ressuscitados não serão mais do que o demônio sob as suas figuras, e pregarão outro evangelho, contrário ao do verdadeiro Jesus Cristo, negando quer a existência do Céu, quer ainda a existência das almas dos condenados. Todas essas almas aparecerão como que unidas aos seus corpos). E serão vistos, por toda a parte, prodígios extraordinários, porque a fé verdadeira se extinguiu e a falsa luz ilumina o mundo. Ai dos Príncipes da Igreja que se tenham apenas dedicado a acumular riquezas e salvaguardar a sua autoridade, e a dominar com orgulho!

8- O Vigário do meu Filho terá muito que sofrer, porque por um tempo a Igreja será entregue a grandes perseguições – será o tempo das trevas. A Igreja terá uma crise medonha.

Esquecida a santa fé de Deus, cada indivíduo quererá governar-se por si mesmo e ser superior aos seus semelhantes. Serão abolidos os poderes civis e eclesiásticos, toda a ordem e justiça serão calcadas aos pés. Só se verão homicídios, ódios, inveja, mentira e discórdia, sem amor pela pátria e pela família.

9- O Santo Padre sofrerá muito. Estarei com ele, até o fim, para receber o seu sacrifício. Os malvados atentarão muitas vezes contra a sua vida, sem poder pôr fim aos seus dias; nem ele, porém, nem o seu sucessor (Nota escrita por Mélanie na margem de seu exemplar: ‘que não reinará por muito tempo’) verão o triunfo da Igreja de Deus.

10- Todos os governantes civis terão o mesmo plano, que será o de abolir e fazer desaparecer todo o princípio religioso, para dar lugar ao materialismo, ao ateísmo, ao espiritismo e a toda espécie de vícios.

No ano de 1865, será vista a abominação nos lugares santos. Nos conventos, as flores da Igreja estarão putrefatas, e o demônio se converterá no rei dos corações. Que os que estão à frente das comunidades religiosas vigiem as pessoas que irão receber, porque o demônio usará de toda a sua malícia para introduzir nas ordens religiosas pessoas dadas ao pecado, pois as desordens e o amor aos prazeres da carne estarão espalhados por toda a Terra.

11- A França, a Itália, a Espanha e a Inglaterra estarão em guerra; o sangue correrá pelas ruas; o francês lutará contra o francês, o italiano contra o italiano, e depois haverá uma guerra geral, que será medonha. Por um tempo, Deus irá esquecer-Se da França e da Itália, porque o Evangelho de Jesus Cristo já não é conhecido. Os malvados desenvolverão toda a sua malícia; os homens irão matar-se e assassinar-se, até dentro das casas.

Ao primeiro golpe da sua espada fulminante, as montanhas e a natureza inteira estremecerão de espanto, porque as desordens e os crimes dos homens traspassam a abóbada do Céu. Paris será queimada e Marselha engolida. Várias grandes cidades serão abaladas e soterradas por terremotos. As pessoas acreditarão que tudo estará perdido. Não se verá mais do que homicídios, não se ouvirá senão os ruídos das armas e blasfêmias.

12- Os justos sofrerão muito; as suas orações, a sua penitência e as suas lágrimas subirão ao Céu e todo o povo de Deus pedirá perdão e misericórdia, e implorará a minha ajuda e intercessão.

Então, Jesus Cristo, por um ato da Sua Justiça e da Sua Misericórdia para com os justos, mandará os Seus anjos dar morte e todos os Seus inimigos. Num abrir e fechar de olhos, os perseguidos da Igreja de Jesus Cristo e todos os homens escravos do pecado perecerão, e a Terra ficará como um deserto.

13- Então, será feita a paz, a reconciliação de Deus com os homens. Jesus Cristo será servido, adorado e glorificado. A caridade florescerá por toda a parte. Os novos reis serão o braço direito da Santa Igreja, que será forte, humilde e piedosa, pobre, zelosa e imitadora das virtudes de Jesus Cristo. O Evangelho será pregado por toda a parte e os homens farão grandes progressos na fé, porque haverá unidade entre os obreiros de Jesus Cristo e porque os homens viverão no temor de Deus.

14- Essa paz entre os homens não será longa – 25 anos de abundantes colheitas farão esquecer que os pecados dos homens são a causa de todos os males que sucedem à Terra.

Um precursor do Anticristo, com um exército composto de muitas nações, combaterá o verdadeiro Cristo, o único Salvador do mundo; derramará muito sangue e pretenderá aniquilar o culto de Deus, para que se considere a ele como Deus.

15- A Terra será castigada com toda a espécie de pragas (além da peste e da fome, que serão gerais); haverá guerras, até à última, que será feita, então, pelos dez reis aliados do Anticristo, que terão, todos, o mesmo desígnio, e serão os únicos a governar o mundo (Nota de Rodapé: ‘Situação prefigurada na atualidade, segundo o parágrafo 10’).

Antes que isso aconteça, haverá no mundo uma espécie de falsa paz. Não se pensará senão em divertimentos. Os malvados se irão entregar a todo o gênero de pecados. Porém, os filhos da Santa Igreja, os filhos da fé, os meus verdadeiros imitadores, crescerão no amor de Deus e nas virtudes que me são mais queridas. Ditosas as almas humildes, dirigidas pelo Espírito Santo! Eu combaterei com elas, até chegarem à plenitude dos tempos.

16- A natureza clama por vingança contra os homens e treme de medo à espera do que deve acontecer à Terra, empapada de crimes. Tremei, ó Terra, e vós que fazeis profissão de servir a Jesus Cristo e que, dentro de vós, adorai-vos a vós mesmos. Tremei, porque Deus vos vai entregar ao Seu inimigo, porque os lugares santos estão na corrupção; muitos conventos já não são casas de Deus, mas pastos de Asmodeu e dos seus.

Será durante este tempo que nascerá o Anticristo, de uma religiosa hebraica, de uma falsa virgem, que terá comunicação com a antiga serpente, o mestre da impureza. O seu pai será bispo (Nota de Rodapé: ‘Existe um grau maçônico de bispo’). Em seu nascimento, vomitará blasfêmias, terá dentes; numa palavra, será uma encarnação do Diabo. Soltará gritos medonhos, fará prodígios e só se alimentará de impurezas. Terá irmãos que, embora não sendo como ele diabos incarnados, serão filhos do mal. Aos doze anos, chamarão atenção sobre si mesmos pelas rudes vitórias que alcançarão. Bem depressa, irão colocar-se à frente de grandes exércitos, assistidos por legiões do Inferno.

17- As estações mudarão. A Terra somente produzirá frutos maus. Os astros perderão os seus movimentos regulares. A Lua só refletirá uma débil luz avermelhada. A água e o fogo imprimirão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis terremotos, que tragarão montanhas e cidades inteiras…

Roma perderá a fé e se converterá na sede do Anticristo.

18- Os demônios do ar, junto com o Anticristo, farão grandes prodígios na terra e nos ares, e os homens se irão perverter cada vez mais. Deus cuidará dos Seus fiéis servidores e dos homens de boa vontade. O Evangelho será pregado por toda a parte e todos os povos e todas as nações conhecerão a verdade!

19- Eu dirijo um urgente apelo à Terra: chamo os verdadeiros discípulos do Deus Vivo, que reina nos céus; chamo os verdadeiros imitadores de Cristo feito homem – o único e verdadeiro Salvador dos homens; chamo os meus filhos, os meus verdadeiros devotos, os que se deram a mim, para que eu os conduza ao meu Divino Filho – aqueles que eu levo, por assim dizer, nos meus braços; chamo os que viveram do meu espírito; chamo, enfim, os Apóstolos dos Últimos Tempos, os fiéis discípulos de Jesus Cristo, que viveram no desprezo do mundo e de si próprios, na pobreza e na humildade, no desprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento, e desconhecidos do mundo.

Já é hora de saírem e virem iluminar a Terra. Ide e mostrai-vos como meus filhos queridos. Estou convosco e em vós, desde que a vossa fé seja a luz que vos ilumine nesses dias de infortúnio. Que o vosso zelo vos torne como que famintos da glória e da honra de Jesus Cristo. Combatei, filhos da luz, vós, pequeno número que ainda tendes vista; porque chegou o tempo dos tempos, o fim dos fins.

20- A Igreja será eclipsada, o mundo estará em aflição. Porque, eis que chegam Enoque e Elias, cheios do Espírito de Deus; eles pregarão com a força de Deus, e os homens de boa vontade acreditarão em Deus, e muitas almas serão consoladas. Farão grandes progressos pela virtude do Espírito Santo e condenarão os erros diabólicos do Anticristo.

Ai dos habitantes da Terra! Virão guerras sangrentas e fome, pestes e enfermidades contagiosas; chuvas de uma terrível saraivada de animais, que abalarão cidades, terremotos que engolirão países; vozes serão ouvidas no ar; os homens baterão com a cabeça nos muros, pedirão a morte e, por outro lado, a morte será o seu suplício. O sangue correrá por toda a parte. Quem poderá vencer se Deus não diminuir o tempo da prova? Pelo sangue, as lágrimas e as orações dos justos, Deus Se deixará aplacar. Enoque e Elias serão martirizados. Roma, pagã, desaparecerá. Cairá fogo do céu e consumirá três cidades. Todo o universo será presa de terror e muitos se deixarão seduzir, porque não adoraram o verdadeiro Cristo, que vivia entre eles. Chegou o tempo; o sol está escurecendo; só a fé sobreviverá.

21- Eis o tempo; abre-se o abismo. Eis o rei dos reis das trevas. Eis a Besta com os seus súditos, dizendo-se o salvador do mundo. Irá elevar-se com soberba, pelos ares, para subir até o Céu; será precipitado pelo sopro de São Miguel Arcanjo. Cairá, e a Terra, que há três dias encontrava-se em contínuas evoluções, abrirá o seu seio, cheio de fogo, e ele será precipitado, para sempre, com todos os seus, nos abismos eternos do Inferno.

Então, a água e o fogo purificarão a Terra e consumirão todas as obras do orgulho dos homens, e tudo será renovado – Deus será servido e glorificado.”

Significado Evangélico da mensagem de La Salete

Para ver e compreender.

“Eis porque lhes falo em parábolas: Para que vendo, não vejam, e ouvindo, não ouçam nem compreendam” (Mt 13,13)

Antes de falar, a Senhora se comunica por sinais. Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa, irradia a luz da ressurreição. O brilho de seu rosto é tal que Maximino é incapaz de olhar para Ela o tempo todo, e Mélanie se deslumbra com Sua presença. Suas vestes, como as de Cristo na montanha no dia da Transfiguração, igualmente resplandesce de luz. A luz provém do grande Crucifixo que tem sobre Seu peito. Aparecendo em La Salette, Maria Santíssima continua levando a cabo a missão que recebeu ao pé da Cruz: tomar o sofrimento e a dor por nós, para nos dar vida na Fé. “Julguei não dever saber coisa alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado”. (1Cor 2,2).

O crucifixo está entre um martelo e umas torqueses, os instrumentos da Paixão. Dos ombros da formosa Senhora cai uma corrente grossa, símbolo bíblico do pecado e das injustiças cometidas por nós contra nossos irmãos. Paralelamente às correntes, nas bordas do xale, a formosa Senhora tem rosas de várias cores. Isto nos recorda o Rosário. Desde nossas raízes humanas até à Cruz e da Cruz à glória e ao festim celeste. Também há rosas ao redor de Sua cabeça, como um diadema de luz e ao redor de Seus pés. “Lancei raízes no meio de um povo glorioso, cuja herança está na partilha de meu Deus… Cresci como a palmeira de Cades, como as roseiras de Jericó” (cf. Eclo 24,16-18).

A Constituição Gaudium et Spes (13) do Concílio Vaticano II nos diz: “Daí que o homem está dividido dentro de si mesmo. Por isso toda vida humana, individual ou coletiva, se nos apresenta como uma luta dramática, entre o mal e o bem, enrre as trevas e a luz. Mas o homem ainda se encontra incapacitado para resistir eficazmente por si mesmo aos ataques do mal, até sentir-se como acorrentado”.

Ouvi e ponde em prática (Lc 6,46; 8,21; 11,28, Tg 1,25-27)

Pela maternal caridade da Virgem Santíssima, Ela intercede, Ela Se preocupa e continua trazendo os dons da salvação eterna a nós, irmãos de Seu Filho, que ainda estamos peregrinando nesta terra, rodeados de perigos e dificuldades até o dia de entrar na pátria feliz.

A Santíssima Virgem fala o idioma de Seu povo. A Virgem Santíssima é uma “filha de Israel” que viveu em uma cultura específica. Ela aparece também Se comunicando segundo a cultura de Seus filhos. Há uma grande consonância entre sua preocupação e a linguagem do povo. Na Bíblia, a Palavra de Deus se manifesta de uma maneira concreta na história do povo de Deus. Maria como filha de Israel nos ensina a descobrir, através dos eventos e situações da vida, a presença discreta de Deus que “faz maravilhas” e que “se recorda de seu amor por seu povo”.

Ela nos chama à conversão urgentemente. Por Seu imenso amor, preocupa-se com nossa indiferença religiosa e com nossos pecados, mas também com nossos problemas e esperanças.

A Virgem se situa na tradição dos profetas. Um profeta é aquele a quem Deus confia a missão de falar em Seu Nome ao povo, para revelar a esse povo, nos eventos passageiros deste mundo, a chamada a um amor maior. Em La Salette, a Virgem considera a situação atual das colheitas: o trigo, as batatas, as uvas e as nozes. Ela começa com a previsão pessimista dos agricultores: fome e morte infantil se o trigo continuar assim. Diz que nós não prestamos atenção e logo chama a atenção de cada um: “Portanto se convertam”. Recorda-nos a chamada dAquele que é a Palavra: O reino de Deus está próximo: convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15), e novamente nos diz: “Não vos preocupeis, buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça (Mt 6,33).

Na verdade é uma chamada do Evangelho que talvez tenhamos esquecido e a Virgem Santíssima nos recorda. Analisando seu discurso, damo-nos conta das grandes verdades encontradas nos Evangelhos.

Tudo se concentra em Cristo: Cristo crucificado e ressuscitado. O papel de Maria Santíssima com relação a todo crente é unir-nos a Jesus, em nossas lutas, batalhas e sacrifícios temos a oportunidade de ser transfigurados em Cristo.

Em Nome de Cristo te imploramos ( Jo 20,31; Atos 4,12)

A Virgem Santíssima, tomando por modelo Jesus ressuscitado, vem como mensageira de paz, essa paz que é fruto do Evangelho vivido. A Virgem vem nos implorar que retornemos a Jesus. Pede-nos também que, em união com ela, sejamos mensageiros. A Boa Nova precisa ser proclamada, ouvida e difundida.

A Virgem disse: “Se meu povo não quiser se submeter…” Nestes tempos modernos é difícil ouvir palavras de advertência. Mas a Virgem não vem nos tirar a liberdade nem para nos ameaçar, mas para nos convidar a viver no reino e liderança de Cristo, em comunhão com Sua vontade. Esta submissão, a qual é comunhão com Deus, é a que Maria, a humilde escrava do Senhor, viveu desde a Anunciação até a Crucifixão e o Pentecostes. E é por isso que todas as gerações chamá-la-ão bendita (Lc 1,48).

Jamais poderemos recompensar a dor que a Virgem sofreu por nós, mas isso é motivo para respondermos o mais generosamente possível. “Por tanto, ofereçam todos os fiéis súplicas constantes à Mãe de Deus e Mãe dos homens, para que Ela, que esteve presente às primeiras orações da Igreja, exaltada agora no céu sobre todos os bem-aventurados e os anjos, na comunhão de todos os santos, interceda também diante de Seu Filho” (Conc Vat II, LG, 69).

Reconciliai-vos com Deus (cf. Mt 5,23; Mc 11,24; 2Cor 5,18; Ef 2,15 )

Nossa Senhora especifica duas rejeições do povo. “As duas coisas que fazem o braço de Meu Filho tão pesado” são:

1. “O desrespeito ao Dia do Senhor”. Isto nos leva a recordar os dois primeiros Livros da Bíblia, o Gênesis e o Êxodo, e a recordar que desde o princípio os cristãos celebram o domingo como dia da Ressurreição. Como honramos o Dia que o Senhor reservou para Si mesmo? É de fato um dia de repouso, dia de assistir à Santa Missa?

2. “O desrespeito ao Nome de Meu Filho”. Os que usam o Nome de Cristo pelas menores adversidades e impõem a Deus a responsabilidade por elas, esquecendo-se assim das próprias responsabilidades. Quando nos vemos assediados por todo tipo de provas, egoistamente nos fechamos em nós mesmos sem esperança. A Vifgem vem recordar-nos novamente que “Santo é Seu Nome”, porque não há debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos (Atos 4,12). E tudo quanto fizerdes, de palavra e de obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai (Col 3,17).

(O homem), muitas vezes ao negar reconhecer a Deus como seu princípio, transtornou, além disso, sua devida ordenação a um fim último e, ao mesmo tempo, prejudicou todo o programa traçado para suas relações consigo mesmo, com todos os homens e com toda a criação (Conc. Vat II, Gaudium et Spes,13).

As coisas que se corroem (cf. Mt 6,19; Lc 12,13; Tg 5,3)

A rebelião contra Deus, que significa “a morte de Deus em nós” inevitavelmente nos levará à morte e à ruptura harmoniosa com o universo. Essa ruptura é a causa da corrupção. Para nos redimir desses males é que veio Nosso Senhor. Em La Salette, a Virgem não nos tira da realidade, mas ao contrário, nos faz um chamado urgente para reconhecermos os perigos em que vivemos e nos abramos à redenção que oferece Seu Filho. As colheitas e batatas podres, o trigo que se torna pó, as nozes vazias, as uvas nas vinhas estragadas, fomes e epidemias, tudo isso é causado pelo pecado.

Nossa situação precária e a duração restrita de nossas vidas têm, no entanto, um ponto positivamente elevado, sendo estes motivos que nos chamam à própria conversão, instando-nos ao seguimento de Cristo, vivendo hoje a vida nova que Ele viveu até o Calvário. Essa é a fonte de nossa confiança. Nesta terra onde duas terças partes da humanidade hoje sofrem de fome e desnutrição, onde os direitos humanos são desrespeitados, a injustiça se encontra à nossa porta, os riscos da destruição aumentam; que tudo isto nos faça meditar nos “sinais de Deus” e nos voltem a Ele. Assim agiremos como verdadeiros irmãos, em especial com os menos afortunados.

Se se converterem (cf. Ez 18,30; 1Rs 8,35; Mc 1:15; Lc 15; Atos 2,38; 3,19)

O chamado à conversão está no coração da mensagem de La Salette. Tudo se dirige para esse fim: as lágrimas e o crucifixo, a luz e as rosas, as atitudes da Bela Senhora, seu caminhar desde o declive até o cume, mas sobretudo o discurso da Virgem. “Regressai a Deus com todo o vosso coração”, Ele é a única fonte de vida. A ansiosa espera da criação deseja vivamente a revelação dos filhos de Deus… na esperança de ser libertada da corrupção para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus (Rm 8,19).

O caminho para a conversão: três pontos (Mt 6,5; Mc 14,32; Lc 18,1; Jo 17)

1. Oração perseverante e profunda: “Fazeis bem vossas orações?” “Não muito bem, Senhora”, responderam. Talvez também essa seja nossa resposta. A Virgem Santíssima nos exorta a rezar diariamente, pela manhã e pela tarde. Vigiai e orai (Mt 26,41). A Virgem lhes pede no mínimo, um Pai Nosso e uma Ave Maria, mas exorta-os a ir mais além quando puderem.

Os discípulos de Cristo, perseverando na oração e louvor a Deus (Atos 2,42), oferecer-se-ão a si mesmos como hóstia viva, santa e grata a Deus (Rm 12,1), hão de dar testemunho de Cristo em todo lugar e, a quem lhes pedir, hão de dar também a razão da esperança que têm na vida eterna (1Pd 3,15) (Conc Vat II, LG, 10).

2. Participação na Santa Missa: “Durante o verão somente algumas mulheres idosas vão à Missa”. A participação semanal como cristãos na celebração da Missa Dominical é uma necessidade vital. A Palavra de Deus nutre nossa fé, o contato com Cristo na fração do pão para um novo mundo é fonte de dinamismo, a comunhão com Seu Corpo entregue por nós e Seu Sangue derramado nos recorda que devemos estar prontos para dar nossas vidas pelos outros e então nos fazer participantes, sendo fortalecidos em Seu Espírito. No coração deste mundo que passa e ao qual estamos ainda ligados por nossa cegueira e inércia, a Igreja, na celebração da Eucaristia, compreende e anuncia que o mundo novo, inaugurado por Cristo ressuscitado, está realmente presente entre nós, e é ncessário que sejamos suas testemunhas em nossa vida cotidiana, através de nossa conduta individual e como membros da sociedade. A necessidade eucarística então é fonte de esperança e de gozo que ninguém nos poderá tirar (Lc 21,14; Jo 13,1; 20,19-26).

3. Recuperar nossa dignidade agindo como cristãos: “Durante a Quaresma vão ao açougue como cães”. Longe de nos escandalizar, as palavras de Nossa Senhora deveriam transpassar nossas consciências. Nas Sagradas Escrituras, quando o povo é comparado com cães significa que este perdeu o sentido de sua dignidade (Fl 3,2; Mt 7,6). O que fazemos realmente com nossa dignidade de filhos de Deus, quando desperdiçamos o alimento, quando menostrezamos os bens de que talvez outros necessitem? Para recuperar nossa dignidade devemos nos dar conta de que não só de pão vive o homem e que os esforços necessários que fizermos para compartilhar nossas bênçãos com os outros nos põe em comunhão com o Filho de Deus, de Quem procede nossa dignidade. “Em verdade vos digo que o que fizerdes a um destes irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25,40).

Todo ano se nos apresenta o maravilhoso testemunho dado por Jesus durante sua Paixão (1Tm 6) e é uma recordação de que nunca devemos “vender” nossa dignidade. O poder da ressurreição está entre nós, obrande e fazendo-nos filhos de Deus. Então não pode haver nada que nos comprometa com a falsidade, a injustiça, o dinheiro ou o poder. Não vivamos como cães mas que todo o nosso ser e nossos bens estejam à disposição do Pai, custe o que custar.

Na fazenda de “Coins” (Jr 23,24; Os 6,1; Mt 28,20; Lc 24,29; 2Cor 6,16).

A Bela Senhora faz menção, a Maximino, de um evento aparentemente sem importância. Um pequeno gesto e uma observação que seu pai havia feito. Por muito tempo o senhor Giraude não ia à igreja e era realmente indiferente à religião. Quando em 20 de setembro ouviu o relato da Aparição, sua reação foi proibir seu filho de dizer novamente essas histórias sem sentido. Dias mais tarde, aborrecido pelo ir e vir das pessoas interessadas em fazer perguntas a Maximino, ameaçou-o de duros castigos. “Mas, papai, Ela me falou de ti”, exclamou o menino. Recordou a ele o episódio do trigo estragado na fazenda de Coins e o pedaço de pão que havia dado a seu filho de volta a Corps. Assim, como Maximino havia se esquecido do incidente, igualmente o havia esquecido seu pai. O senhor Giraud se surpreende, pensava que talvez havia desterrado Deus de sua vida e agora descobre que nem seguer por um instante Deus deixa de perceber suas esperanças e ansiedades e em particular do temor de não ter mais pão para dar a seu filho. Essa descoberta será o começo de uma autêntica conversão que será intensificada mais tarde com a milagrosa cura de sua asma crônica.

Poderíamos nos perguntar se realmente estamos conscientes da presença de Deus que nos acompanha a onde quer que vamos. Quando repartimos o pão, quando o distribuímos entre os faminos, onde quer que se dê vida, aí o Pai está, pos Ele é a fonte da Vida.

A dimensão Missionária é urgente (Mt 28,18; Lc10,1; Jo 17,18; 20,21; Rm 10,13).

“Pois bem, meus filhos, transmitireis isto a todo meu povo”. A dimensão missionária é essencial para todo cristão e Nossa Senhora no-lo recorda. Cristo nosso Senhor veio criar novas condições de vida, reconciliada com Deus e com o próximo. Devemos dedicar nossa existência a realizar esta vida de reconciliação neste mundo dividido no qual nos encontramos. A Reconciliação é a força viva capaz de abrir o futuro a todas as gentes, renovando assim os laços cortados ou debilitados pelo egoísmo e pelos temores. Neste mundo onde tantos trabalham, contróem, sofrem e esperam, tenhamos somente um tipo de obsessão: a obsessão missionária.

São muitos os peregrinos que se aproximam da Aparição de La Salette e sobem a montanha santa. Todos juntos e cada um pessoalmente se sente chamado pela Bela Senhor que nos recorda que Deus “rico em misericórdia” está presente na vida de cada um.

Como não dar atenção diante de tanta ternura? Como resistir ao pranto incessante daquela que ora e intercede por nós sem cessar? Ela está junto a nós com sua atenção materna, em cada detalhe e acontecimento de nossas vidas. Em nossas lutas e penas, em nossas decisões enossas aflições diárias. Maria Santíssima, fiel à missão recebida no Calvário, nunca cessa de nos recordar os meios que nos foram dados para regressar a Seu Filho; pois sem Sua ajuda não poderemos construir nossas vidas ou nosso mundo. A rejeição de Sua graça traz sérias conseqüências. Maria, nossa advogada e reconciliadora veio a La Salette recordar-nos esta verdade.

Esquecemo-nos das verdades do Evangelho e, ao contemplar sua aparição e aprofundar-nos em suas palavras, devemos mover-nos a responder a seu chamado, aliviando sua dor, e nxugando suas lágrimas, retornando a Deus com todo o nosso coração, através de Seu Filho Jesus Cristo, Que é o Caminho, a Verdade e a Vida. O que foi crucificado por nossos pecados e ressuscitou dentro os mortos para nossa salvação. Jesus, nossa paz e reconciliação.

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Imitação de Cristo – VI

Livro I

CAPÍTULO VI
Dos desejos desordenados

1. Todas as vezes que o homem deseja desordenadamente alguma coisa, perde o sossego.

O soberbo e o avarento nunca estão sossegados; o pobre, o humilde de espírito vivem em muita paz. O homem que não é perfeitamente mortificado em si bem depressa é tentado e vencido em coisas pequenas e vis.

O fraco de espírito e que ainda está inclinado ao que é sensual, com dificuldade pode desapegar-se totalmente dos desejos terrenos. E quando deles se abstém, recebe muitas vezes tristezas e até se enfada caso alguém o contradiga.

2. Porém, se alcança o que deseja, sente logo pesar sobre o remorso da consciência, porque seguiu o seu apetite, o qual de nada lhe aproveitou para alcançar a paz que buscava.

É, portanto, na resistência às paixões que se acha a verdadeira paz do coração, e não as seguir. Não há paz no coração do homem sensual, nem no do que se entrega às coisas exteriores, mas no do que é fervoroso e espiritual.

Reflexões

Um pesado jugo oprime os filhos de Adão, continuamente fatigados pelos apetites da natureza corrupta. Se porventura sucumbem, para logo a tristeza, a inquietação, o dissabor, o remorso se apoderam de sua alma. “Soberbo ainda no abismo da ignomínia, inquieto e cansado de mim mesmo, diz Santo Agostinho, contando as desordens da sua mocidade, apartava-me para longe de vós, oh, Deus meu! em caminhos semeados todos estéreis dores” (Confissões 11,12).

Mais custa ao homem ceder às suas inclinações do que as vencer; e se o combate contra as paixões é renhido, dele resulta uma paz indescritível.

Neste combate, chamemos o Senhor em nosso auxílio, não temamos o trabalho, cobremos ânimos, perseveramos firmes na fé e na esperança. O que é um dia, um ano, a vida toda em comparação ao bem-aventurado repouso da vida eterna?

Como já era tarde quando vos conheci, formosura tão antiga e tão nova. Como já era tarde quando vos conheci e amei! Vinde em meu auxílio, Deus meu, dai-vos pressa em socorrer-me; sois a minha fortaleza nos combates e o meu refúgio no dia da tribulação. “Espere no Senhor e seja forte! Fortifique o seu coração e espere no Senhor” (Sl 26,14).

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Padre Pio e a história do Papa abortado

“Para uma mulher que foi ao seu confessionário, o Padre Pio disse:

Feche os olhos e me diga o que vê.

A senhora obedeceu, fechou os olhos e disse:

– Vejo uma praça enorme com muita gente. Entre as pessoas, vejo uma procissão que se move solenemente. Vejo no tribunal muitos padres, bispos e cardeais: todos precedem um papa que está assumindo o trono. Sim, vejo precisamente um papa no trono e uma grande multidão que aclama esse papa, muito bonita … Mas o que tudo isso significa?

O Padre Pio respondeu:

A criança que você matou no seu ventre com o aborto, nos desígnios de Deus, deveria se tornar esse papa.1

A pobre mulher gritou e desmaiou ao lado do confessionário”.

Embora não tenha sido possível comprovar a autoria do texto, a história é de fundamental importância, pois nos leva a refletir sobre uma situação comum e cruel: o arrependimento de muitas mulheres que cometeram o aborto.

Outro ponto que o texto traz à tona: quantas pessoas foram cruelmente mortas ainda no ventre materno e poderiam mudar a história da humanidade e da Igreja?

Além disso, esse fato serve para nos lembrar o posicionamento de Padre Pio que, sempre foi veementemente contra o aborto.

O Padre Pio chegou, inclusive, a negar a absolvição a uma mulher que cometera aborto. O caso está no livro Padre Pio’s Jack of All Trades, do frade franciscano Pellegrino Funicelli. Ao ser questionado sobre o seu rigor diante do aborto, Padre Pio respondeu:

“O dia em que as pessoas perderem o horror pelo aborto será o dia mais terrível para a humanidade. O aborto não é apenas um homicídio, é também um suicídio. Não deveríamos ter a coragem de manifestar nossa fé diante daqueles que cometem dois crimes em um só ato?”

Sim, o Padre Pio considerava o aborto um suicídio. E explicou:

“Entenderia esse suicídio da raça humana se, com o olho da razão, o senhor visse a terra povoada de velhos e despovoada de crianças, queimada como um deserto. Se refletisse assim, entenderia a dupla gravidade do aborto: a mutilação também da vida dos genitores.

A estes genitores, espalharei a cinza dos seus fetos destruídos, para mostrar as suas responsabilidades e para negar a eles a possibilidade de apelar a própria ignorância. Um aborto provocado não pode ser tomado com falsas considerações e falsa piedade. Seria uma abominável hipocrisia. Aquelas cinzas precisam ser jogadas nas faces dos seus pais assassinos. Se eu não lhes deixar se sentindo culpados, me sentirei envolvido em seus próprios delitos”.
Para finalizar, o próprio Padre Pio reconhecia seu rigor em relação ao aborto:
“Quando digo palavras, talvez um pouco fortes, mas justas e necessárias àqueles que cometem esse crime, estou certo de ter obtido a aprovação de Deus para o meu rigor”.

  1. De: E. Boninsegna, Ero “curato”, ora sono da “curare”, Verona, pro manuscrito, 2019, pág. 139 ↩︎
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A Senhora das Dores e seu hino

O Stabat Mater é um poema medieval dedicado à Nossa Senhora das Dores e por enquanto, não há convergência quanto ao autor. Fato é que, ele é tão belo que mereceu melodias inesquecíveis de diversos compositores como Bach, Pergolesi, Haydn, Rossini, Vivaldi, Verdi dentre outros nomes consagrados na música.

O hino fala da dor de Maria aos pés da Cruz, contemplá-a e nos leve ter compaixão daquela Mãe tão amorosa. Abaixo colocamos a tradução do hino, que originalmente foi escrito em latim.

Stabat Mater dolorosa juxta crucem lacrymosa
Estava a Mãe dolorosa, junto à cruz, lacrimosa,

Dum pendebat Filius.
Da qual pendia o Filho.

Cujus animam gementem, contristatam et dolentem
A espada atravessava

Pertransivit gladius
Sua alma agoniada, entristecida e dolorida.

O quam tristis et afflicta fuit illa benedicta,
Quão triste e aflita estava ali a bendita,

Mater Unigeniti!
Mãe do Unigênito!

Quae moerebat et dolebat et tremebat cum videbat
Quão abatida, sofrida e trêmula via

Nati poenas inclyti.
O sofrimento do Filho divino.

Quis est homo, qui non fleret,
Qual é o vivente que não chora,

Matrem Christi si videret in tanto supplicio?
Vendo a Mãe do Cristo em tamanho suplício?

Quis non posset contristari,
Quem não ficaria triste,

Christi Matrem contemplari dolentem cum Filio?
Contemplando a mãe aflita, padecendo com seu Filho?

Pro peccatis suae gentis vidit Jesum in tormentis
Por culpa de sua gente, ela viu Jesus torturado,

Et flagellis subditum.
Submetido a flagelos.

Vidit suum dulcem natum moriendo desolatum,
Viu o Filho muito amado, morrendo abandonado,

Dum emisit spiritum.
Entregando o seu espírito.

Eja Mater, fons amoris, me sentire vim Doloris
Mãe, fonte de amor, que eu sinta a força da dor

Fac, ut tecum lugeam.
Para poder contigo pranteá-lo.

Fac,ut ardeat cor meum in amando Christum Deum,
Faz arder meu coração devido à partida do Cristo Deus,

Ut sibi complaceam.
Para que o possa agradar.

Sancta Mater, istud agas, crucifix fige plagas
Santa Mãe, dá-me isto: trazer as chagas do Cristo

Cordi meo valide.
Cravadas no coração.

Tui Nati vulnerati, tam dignati pro me pati,
Com teu Filho, que por mim morre assim,

Poenas mecum divide.
Quero o sofrimento partilhar.

Fac me tecum pie flere crucifixo condolere,
Dá-me contigo chorar pelo crucificado

Donec ego vixero.
Enquanto vida eu tiver.

Juxta crucem tecum stare et me tibi sociare,
Junto à cruz quero estar e me juntar

In planctu desidero. 
Ao teu pranto de saudade.

Virgo virginum praeclara, mihi jam non sis amara:
Virgem das virgens radiante, não te amargures:

Fac me tecum plangere.
Dá-me contigo chorar.

Fac, ut portem Christi mortem,
Que a morte de Cristo permita,

Passionis fac consortem
Que de sua paixão eu partilhe,

Et plagas recolere.
E que suas chagas possa venerar.

Fac me plagis vulnerari cruce hac inebriari
Que pelas chagas eu seja atingido e pela Cruz inebriado

Ob amorem Filii.
Pelo amor do Filho.

Inflammatus et ascensus per te Virgo sim defensus
Animado e elevado por ti Virgem, eu seja defendido

In die Judicii
No dia do juízo.
Amém.

Fonte: Salveliturgia.com

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Imitação de Cristo – III

Livro I

CAPÍTULO III
A doutrina da verdade

1. Feliz aquele a quem a verdade ensina, não por figuras e palavras que passam, mas como é em si.

Nossa razão e nossos sentidos frequentemente nos enganam e é bem pouco o que conhecem. De que serve a especulação sutil sobre coisas ocultas e obscuras, se, por ignorá-las, não seremos acusados no dia do juízo?

Grande loucura é desprezarmos as coisas úteis e necessárias, para nos aplicarmos com gosto às curiosas e nocivas. Tendo olhos, não vemos!

2. Que nos importa o que se diz sobre os gêneros e as espécies?

Aquele a quem fala o verbo eterno é libertado de muitas incertezas.

Deste verbo único procedem todas as coisas, e tudo nos fala desse verbo único, e ele é também o princípio que nos fala interiormente (Jo 8,25).

Sem ele ninguém entende ou julga retamente.

Aquele para quem Deus é tudo, que tudo a Deus refere e nele vê tudo, pode estar firme em seu coração e permanecer em paz no seio de Deus. Oh, Deus de verdade! Fazei-me um só convosco em caridade perpétua!

Aborrece-me muitas vezes ouvir e ler muitas coisas: em vós acho tudo quanto quero e desejo. Calem-se todos os doutores: emudeçam as criaturas todas em vossa presença: falai-me vós somente.

3. Quanto maior for o recolhimento e a simplicidade do coração, mais e maiores coisas entenderá sem esforço; porque de cima recebe a luz da inteligência.

O espírito puro, singelo e constante não se distrai, ainda que se ocupe em muitas coisas; porque tudo faz para honra de Deus e em nada procura o próprio interesse.

Que mais te impede e perturba que a afeição de seu coração não mortificada?

O homem bom e fiel a Deus regula no seu interior o que há de fazer exteriormente.

Assim, não se deixa em suas ações arrastar por alguma inclinação viciosa; mas ele as submete ao arbítrio da reta razão.

Quem tem maior combate que aquele que se esforça por vencer-se a si mesmo?

Este deveria ser nosso principal empenho: vencer a nós mesmos, e tornarmo-nos cada dia mais fortes e melhores.

4. Toda a perfeição, nesta vida, é misturada de imperfeição; como todas as luzes são mescladas de sombras.

O humilde conhecimento de você mesmo é um caminho mais certo para ir a Deus que o esquadrinhar à profundidade da ciência.

Não se deve condenar a ciência, nem qualquer conhecimento, porque, considerados em si, são bons e ordenados por Deus; mas sempre lhes há de antepor a boa consciência e a vida virtuosa.

Muitos, porém, estudam mais para saber bem viver, por isso erram a cada passo, ou nenhum fruto colhem de seus estudos.

5. Oh! Se eles pusessem tanto cuidado em arrancar os vícios e plantar as virtudes como põem em mover questões, não se veriam tantos males e escândalos no povo, nem haveria tanto desregramento nos mosteiros.

Certamente, no dia do juízo, não será perguntado a nós o que lemos, mas o que fizemos; nem quanto bem temos falado, mas quanto honestamente temos vivido.

Diga-me, onde estão agora aqueles senhores e mestres que conheceu quando viviam e floresciam nos estudos?

Outros ocupam seus lugares e talvez não haja quem se lembre deles. Em suas vidas pareciam alguma coisa; e hoje já ninguém fala deles.

6. Oh! Como passa depressa a glória do mundo! Quisera Deus que suas vidas estivessem de acordo com sua ciência! Então teriam lido e estudado bem.

Quantos se perdem neste mundo por sua vã ciência, pouco se importando com o serviço de Deus?

E por quererem ser grandes em vez de humildes, fazem-se vãos em seus pensamentos.

Verdadeiramente grande é aquele que tem um grande amor.

Verdadeiramente grande é o que a seus olhos é pequeno e avalia em nada a maior honra.

Verdadeiramente prudente é aquele “que tem por imundície todas as coisas terrenas para ganhar a Jesus Cristo” (Fl 3,8).

Verdadeiramente sábio é aquele que faz a vontade de Deus e renuncia à sua própria.

Reflexões
Há duas doutrinas, mas não há senão uma só verdade

Há duas doutrinas, uma de Deus, imutável como ele, outra do homem, mutável como ele. A sabedoria incriada, o verbo divino espalha a primeira nas almas preparadas para recebê-la; e a luz que lhe comunica é uma parte dele mesmo, de sua verdade substancial e sempre viva. A todos se oferece, mas com mais abundância se comunica ao humilde de coração; e como dele não vem, nem de seu entendimento depende, possui sem ser tentado de vã complacência em possuí-la.

A doutrina do homem, pelo contrário, adula seu orgulho, pois ele é seu autor: “Esta ideia é minha; eu fui o primeiro que disse isto; nada se sabia a este respeito antes de mim”. Espírito soberbo, eis aqui sua linguagem. Mas bem depressa contestarão a essa poderosa razão, que faz sua alegria; rirão de suas ideias falsas que ele tinha por verdadeiras, de suas descobertas imaginárias; no dia seguinte, já ninguém pensa em tal, e o tempo leva consigo até o nome do insensato que não viveu senão para ser imortal na Terra.

Oh, Jesus, dignai-vos inspirar em mim a vossa verdade santa; preservai-a para sempre dos extravios da minha razão.

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Ladainha a todos os Santos Anjos

Senhor, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

 

Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos.

 

Deus Pai dos céus, tende piedade de nós. de nós. 

Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade.

Deus Espírito Santo, tende piedade de nós. 

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós. 

 

Santa Maria, rogai por nós

Santa Mãe de Deus, rogai por nós. 

Santa Virgem das virgens, rogai por nós. 

 

São Miguel, que sempre fostes o defensor do povo de Deus, rogai por nós. 

São Miguel, que precipitastes do céu a Lúcifer com seus cúmplices rebeldes, rogai por nós. 

São Miguel, que lançastes no fundo do inferno o acusador de nossos irmãos, rogai por nós.

 

São Gabriel, que manifestastes a Daniel a visão divina, rogai por nós.

São Gabriel, que prenunciastes o nascimento e o ministério de João Batista, rogai por nós. 

São Gabriel, que fostes o mensageiro da Encarnação do Verbo divino, rogai por nós. 

 

São Rafael, que levastes e trouxestes Tobias a salvo, rogai por nós. 

São Rafael, que expulsastes o demônio de Sara, rogai por nós. 

São Rafael, que devolvestes a vista a Tobit, rogai por nós. 

 

Santos anjos, rogai por nós. Que estais sobre o sólio excelso e elevado de Deus, rogai por nós. 

Que cantais continuamente a Deus, Santo, Santo, Santo, rogai por nós. 

Que, dissipadas as trevas, iluminais nossa mente, rogai por nós. 

Que anunciais aos homens as coisas divinas, rogai por nós. 

Que recebestes de Deus a guarda dos homens, rogai por nós. 

Que sempre contemplais a face do Pai que está nos céus, rogai por nós. 

Que vos alegrais com a penitência de um só peca dor, rogai por nós. 

Que fustigastes os sodomitas com a cegueira, rogai por nós. 

Que tirastes a Ló do meio dos pecadores, rogai por nós. 

Que subis e desceis pela escada de Jacó, rogai por nós. 

Que no Monte Sinai entregastes a Moisés a lei divi na, rogai por nós. 

Que, no nascimento de Cristo, anunciastes a alegria aos homens, rogai por nós. 

Que servistes a Cristo no deserto, rogai por nós. 

Que levastes Lázaro até o seio de Abraão, rogai por nós. 

Que vos sentastes com vestes brancas junto ao sepulcro de Cristo, rogai por nós. 

Que, na Ascensão de Cristo ao céu, aparecestes aos seus discípulos, rogai por nós. 

Que haveis de preceder a Cristo, quando vier julgar com o sinal da cruz, rogai por nos. 

Que haveis de reunir os eleitos no fim dos tempos, rogai por nós. 

Que haveis de separar os maus do mneio dos justos, rogai por nós. 

Que apresentais a Deus as preces dos que oram, rogai por nós. 

Que assistis os moribundos, rogai por nós. 

Que conduzis ao céu as almas dos justos purificadas de toda mancha, rogai por nós. 

Que pela virtude de Deus realizais prodígios e milagres, rogai por nós. 

Que sois enviados em ministério aos herdeiros da salvação, rogai por nós. 

Que cuidais até da Babilônia, mas deixais, indo embora, quem não quer vosso cuidado, rogai por nós. 

Que fostes constituídos sobre os reinos e as províncias, rogai por nós. 

Que desbaratais muitas vezes os exércitos inimigos, rogai por nós. 

Que libertais muitas vezes os servos de Deus dos cárceres e outros perigos de vida, rogai por nós. 

Que viestes muitas vezes consolar os mártires em seus tormentos, rogai por nós. 

Que costumais guardar com peculiar cuidado os prelados da Igreja, os príncipes e seus curadores, rogai por nós. 

Todas as santas ordens dos espíritos bem-aventurados, rogai por nós. 

 

De todos os perigos, por vossos santos anjos, livrai-nos, Senhor.

Das insídias do diabo, livrai-nos, Senhor. 

De toda heresia e cisma, livrai-nos, Senhor. 

Da peste, da fome e da guerra, livrai-nos, Senhor. 

Da morte súbita e desprevenida, livrai-nos, Senhor. 

Da morte eterna, livrai-nos, Senhor. 

 

Pecadores que somos, nós vos rogamos: ouvi-nos. 

Por vossos santos anjos, nós vos rogamos: ouvi-nos. 

Para que nos perdoeis, nós vos rogamos: ouvi-nos. 

Para que nos favoreçais, nós vos rogamos: ouvi-nos. 

Para que vos digneis governar e conservar vossa Santa Igreja, nós vos rogamos: ouvi-nos. 

Para que vos digneis proteger o Sumo Pontífice e todas as ordens eclesiásticas, nós vos rogamos: ouvi-nos. 

Para que vos digneis conceder aos reis e príncipes cristãos a paz e a verdadeira concórdia, nós vos rogamos: ouvi-nos. 

Para que vos digneis dar e conservar os frutos da terra, nós vos rogamos: ouvi-nos. 

Para que vos digneis dar a todos os fiéis defuntos o descanso eterno, nós vos rogamos: ouvi-nos. 

 

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor

Cordeiro de Deus, que tiraiso pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor. 

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. 

 

Senhor, tende piedade de nós. 

Cristo, tende piedade de nós. 

Senhor, tende piedade de nós. Pai nosso.

 

V. Bendizei o Senhor, todos os seus anjos.

R. Poderosos em força, executores de suas ordens, prontos para obedecer à sua palavra.

 

V. Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos

R. E ministros, que fazeis a sua vontade.

 

V. Mandou aos seus anjos em teu favor.

R. Para que te guardem em todos os teus caminhos. 

 

V.O anjo do Senhor assenta seus arraiais em volta dos que o temem. 

R.E os há de libertar.

 

V. Em presença dos anjos vos cantarei salmos.

R. Prostrar-me-ei no vosso santo templo e glorificarei o vosso nome, Senhor.

 

V. Senhor, ouvi a minha oração.

R. E chegue até vós o meu clamor.

 

Oremos: Deus, que com ordem admirável distribuís os ministérios dos anjos e dos homens: concedei, propício, que a nossa vida seja protegida pelos ministros que vos contemplam sempre no céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina e é Deus pelos séculos dos séculos. Amém.

 

 

 

Oração a São Miguel. — Ó Príncipe da milícia celeste, São Miguel, que ao soberbo Lúcifer, com todos os seus asseclas, precipitastes nas profundezas da geena! Ó defensor e protetor da Igreja! Vós, que presidis às almas que partem desta vida, socorrei na hora da agonia a minha alma, que já agora confiadamente vos encomendo. Protegei-a contra todas as incursões inimigas, tomai-a, ao partir deste mundo, sob o vosso patrocínio e, defendida contra todas as insídias dos demônios, admiti-a às alegrias do paraíso, onde, junto de todos os santos, exaltarei a Deus com eternos louvores. Amém.

Oração a São Gabriel. — Ó Fortaleza de Deus, São Gabriel, que à Virgem Maria anunciastes a Encarnação do Filho de Deus e no Horto consolastes e confortastes a Cristo em suma tristeza e agonia! Louvo-te, venero-te, ó Espírito eleito, e suplicante vos peço que vos digneis ser meu advogado junto a Jesus Cristo, meu Salvador, e à sua bendita Mãe, a Virgem Maria, e a sempre me consolar e fortalecer em todas as angústias, para que eu nunca, vencido por qualquer tentação, venha a ofender a Deus, meu sumo bem. Assim seja.

Oração a São Rafael. — Ó Médico celeste e companheiro fidelíssimo, São Rafael, que a Tobias pai restituistes a vista e ao filho acompanhastes por todos os caminhos e incólume o conservastes! Sede o Médico de meu corpo e minha alma, dissipai as trevas da ignorância e assisti-me constantemente na perigosa peregrinação desta vida, até que me conduzais à pátria celeste, onde, feliz, contemplarei convosco eternamente a face divina. Amém. 

Ao anjo da guarda. — Ó fidelíssimo Companheiro, destinado por Deus à minha guarda, meu protetor e defensor, que nunca vos afastais do meu lado! Como vos hei de agradecer a fidelidade, o amor e os inúmeros benefícios de vós recebidos? Por mim velais no sono, na tristeza me consolais, no abatimento me ergueis; de mim afastais os perigos iminentes e me ensinais a precaver os futuros; dos pecados me desviais e ao bem me impelis; à penitência me chamais na queda e com Deus me reconciliais. Já há muito, quem sabe, eu me teria condenado ao inferno, se por vossas preces não houvésseis afastado de mim a ira divina! Peço-vos que nunca me abandoneis; consolai-me na adversidade, controlai-me na prosperidade, guardai-me nos perigos e ajudai-me nas tentações, para que a elas nunca sucumba. Apresentai à presença divina as minhas preces, gemidos e todas as minhas boas obras e fazei que, partindo em graça desta, eu entre um dia na vida eterna. Amém.

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ORAÇÃO DE RENÚNCIA E LIBERTAÇÃO

(Pe. Duarte Lara)

Pelo Sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus Nosso Senhor dos nossos inimigos.

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

N. Renuncias a satanás e a todos os seus anjos?

R. Sim, renuncio.

N. Renuncias a todas as suas incitações ao pecado e à rebelião contra Deus?

R. Sim, renuncio.

N. Renuncias a todas as suas seduções: à magia, à feitiçaria, à bruxaria, à astrologia, à adivinhação, à invocação dos mortos, ao espiritismo, à idolatria, aos cultos satânicos, à música satânica, à superstição e a todas as formas de ocultismo?

R. Sim, renuncio.

N. Crês em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?

R. Sim, creio.

N. Crês em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos, está sentado à direita do Pai e virá de novo para julgar os vivos e o mortos?

R. Sim, creio.

N. Crês no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna?

R. Sim, creio.

N. Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja, que nos gloriamos de professar, em Jesus Cristo, Nosso Senhor.

R. Amém.

Fiéis aos ensinamentos do Salvador ousamos dizer: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a Vossa Vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mal.

Livrai-nos de todo mal e de toda perturbação diabólica, Vós que pela morte e ressurreição de Jesus Cristo, vosso amado Filho, nos libertastes do poder das trevas e da morte e nos transferiste para o vosso Reino de luz e santidade, libertai agora este nosso irmão N. de de todo o domínio e ligação com satanás e os seus anjos. Libertai-o de todas as forças do mal, esmagai-as, destruí-as, para que o N. possa ficar bem e viver segundo a vossa santíssima Vontade.

Libertai-o de todos os malefícios, das bruxarias, da magia negra, das missas negras, dos feitiços, das maldições, do mau-olhado, dos ritos satânicos, dos cultos satânicos, das consagrações a satanás. Destruí qualquer ligação com satanás e com todas as pessoas ligadas a satanás, vivas ou defuntas.

Libertai-o de toda a infestação diabólica, de toda a possessão diabólica, de toda a obsessão diabólica, e de tudo aquilo que é pecado ou consequência do pecado. Destrui todos estes males no inferno para que nunca mais atormentem o N. nem nenhuma outra criatura no mundo.

Deus Pai todo-poderoso, peço-Vos, em nome de Jesus Cristo Salvador e pela intercessão da Virgem Imaculada, que ordeneis a todos os espíritos imundos, a todas as presenças que atormentam o N., a deixá-lo imediatamente, a deixá-lo definitivamente e a ir para o inferno eterno, encadeados por São Miguel Arcanjo, por São Gabriel. por São Rafael, pelos nossos Anjos da Guarda, esmagados debaixo do calcanhar da Santíssima Virgem Maria. nossa Mãe Imaculada.

Vós que criastes o homem à vossa imagem e semelhança na santidade e na justiça, e depois do pecado não o abandonastes, antes com sábia providência cuidastes da sua salvação pelo mistério da encarnação, paixão, morte e ressurreição do vosso muito amado Filho, salvai este vosso servo e libertai-o do mal e da escravidão do inimigo; afastai dele o espírito de mentira, soberba, luxúria, avareza, ira, inveja, gula, preguiça e de toda a espécie de maldade.

Recebei-o no vosso Reino, abri o seu coração para entender o vosso Evangelho, para que viva sempre como filho da luz, dê testemunho da verdade e pratique obras de caridade, segundo os vossos mandamentos. Com o sopro da Vossa boca expulsai, Senhor, os espíritos malignos: ordenai que se retirem porque chegou o vosso Reino.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 

R. Amém.