catolico · · Virgem Maria

Visitas ao Santíssimo Sacramento e à Maria Santíssima – II

ATOS A SEREM FEITOS NO INÍCIO DE TODAS AS VISITAS1

Meu Senhor Jesus Cristo, que pelo amor que tendes aos homens vos encontrais noite e dia neste Sacramento todo cheio de piedade e de amor, esperando, chamando e acolhendo todos os que vêm visitar-vos; eu creio em Vós presente no Sacramento do altar; adoro-vos do abismo de meu nada e vos agradeço por quantas graças me tendes concedido, especialmente por haver-me dado a vós mesmo neste Sacramento, por haver-me dado por advogada a vossa Santíssima Mãe Maria e por haver-me chamado a visitar-vos nesta igreja. Eu saúdo hoje o vosso amabilíssimo Coração, e quero saudá-lo por três motivos: primeiro, em agradecimento deste grande dom; segundo, para compensar-vos por todas as injúrias que tendes recebido de todos os vossos inimigos neste Sacramento; e terceiro, quero com esta visita adorar-Vos em todos os lugares da terra, onde Vós sacramentado sois menos reverenciado e mais abandonado.

Meu Jesus, eu vos amo com todo o meu coração. Arrependo-me de no passado tantas vezes haver desagradado vossa bondade infinita. Proponho-me, com a vossa graça, a nunca mais ofender-vos; e o presente miserável que eu sou, consagro-o todo a Vós, e renuncio a toda a minha vontade, meus afetos, meus desejos e a tudo o que tenho. De hoje em diante fazei Vós de mim e de tudo o que possuo o que quiserdes. Só procuro a Vós e desejo o vosso santo amor, a perseverança final e o cumprimento perfeito da vossa vontade. Recomendo a Vós as almas do Purgatório, especialmente as mais devotas do Santíssimo Sacramento e de Maria Santíssima. Recomendo a Vós ainda todos os pobres pecadores. Uno, por fim, meu amado Salvador, todos os meus afetos aos afetos do vosso amorosíssimo Coração, e essa união ofereço ao vosso Eterno Pai e lhe peço em vosso nome que por vosso amor Ele aceite este sacrifício.

Jesus, meu tudo

O DEVOTO PADRE NIEREMBERGH disse que, sendo o påo um alimento que se consome com o comer e se conserva com o ter, Jesus quer, por isso, se lançar na sob a espécie de påo, não só para ser consumido anir-se à alma daqueles que o amam por meio da santa Comunhão, como também para ser conservado no sacrárioe fazer-se presente a nós, e assim recordar-nos do amor que tem por nós. São Paulo disse: Exinanivit semetipsunm formam servi accipiens [aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo] (Fil 2, 7). Mas o que devemos dizer, pois, vendo-o formam panis acci pientem [assumir a forma de pão]? “Nenhuma lingua é bastante, diz São Pedro de Alcântara, para poder de clarar a grandeza do amor que Jesus tem por cada alma aue está em [estado de] graça; e este dulcíssimno Esposo, querendo partir desta vida, a fim de que sua ausência
não fosse ocasião de esquecermo-nos d Ele, lançou-se neste memorial do Santíssimo Sacramento, no qual Ele mesmo permanece não querendo entre nós outro snal, para ter renovada sua memória, além dele mesmo” Como ainda, meu Jesus, Vós estais encerrado nesse Sacrário para ouvir as súplicas dos miseráveis que vêm aproximar-se de Vós, ouvi hoje a súplica que vos dá o pecador mais ingrato que vive entre os homens. Eu venho arrependido aos vossos pés, conhecendo o mal que fiz em desagradar-vos. Portanto, quero primeiro que perdoeis todas as ofensas que vos tenho feito. Ah, meu Deus, não quero mais desagradar-vos! E sabeis o que quero? Eu, tendo conhecido a vossa suma amabilidade, enamorei-me de vós e sinto em mim um grande desejo de amar-vos e de comprazer-vos: mas não tenho forças para fazè-lo se Vós não me ajudais. Fazei-me, ó grande Senhor, conhecer todo o paraíso de vosso grande poder e de vossa imensa bondade; transformai-me, do grande rebelde que tenho sido, em um grande amante de Vós; Vós o podeis fazer; Vós o quereis fazer. Preenchei tudo aquilo que falta em mim, de modo que eu não deixe de amar-vos mais, ou ao menos que eu vos ame o tanto
que vos ofendo. Amo-vos, meu Jesus, acima de todas as coisas: amo-vos mais do que a minha vida, meu Deus, meu amor, meu tudo. Deus meus et omnia Meu Deus e meu tudo|.

A comunhão espiritual.

ATO PARA A COMUNHÃO ESPIRITUAL

Meu Jesus, creio que Vós estais nos Santíssimo Sacra mento. Amo-vos acima de todas as coisas e vos desejo em minha alma. Como agora não posso receber-vos sacramentalmente, vinde ao menos espiritualmente ao meu coração. Como já viestes, eu vos abraço e me uno a Vós inteiramente. Não pernmitais que eu me separe de Vós.

E mais breve:

Creio em Vós, Jesus, no Santíssimo Sacramento. Amo-vos e vos desejo. Vinde ao meu coração. Eu vos abraço e não quero que vos aparteis mais de mim.

Absorbeat, quaeso, Domine lesu Christe, mentem meam ignita et melliflua vis amoris tui, ut amore amoris tui moriar, qui amore amoris mei dignatus es mori. [Peço, Senhor Jesus Cristo, que a força do vosso amor, incendida e doce como o mel, absorva a minha mente, para que eu morra pelo amor de vosso amor, de vós que vos dignastes morrer por amor de meu amor) – São Francisco.

Ó amor não amado, amor não conhecido – Santa Maria Madalena de Pazzi.

Ó Esposo meu, quando me levareis? – São Pedro de Alcântara.
Jesus, meu bem, meu doce amor. Feri, inflamai este meu coração. Sim, que tudo arda sempre por vós. Viva o amor de Jesus em nossa vida, nosso tudo, e viva Maria, nossa esperança. Amém.

À MARIA, REFÚGIO DOS PECADORES

Adeamus cum fiducia ad thronum gratiae, ut mise ricordiam inveniamus in tempore opportuno (Aproxİ memo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdiae de encontrar a graça, para sermos socorridos em tempo oportuno] (Heb 4, 16). Santo Antonino [de Florença) disse que esse trono é Maria, na qual Deus dispensa todas as graças. Ó Rainha amabilíssima, se vós desejais tanto ajudar os pecadores, eis aqui um grande pecador que recorre a vós: ajudai-me muito e ajudai-me logo. Unicum refugium peccatorum, miserere mei [único refúgio dos pecadores, tende piedade de mim) (Santo Agostinho).

ORAÇÃO DO MESMO SANTO EFRÉM

Ó Rainha do universo, nossa boníssima Senhora, vós sois a única advogada dos pecadores, o porto seguro de quem naufragou; sois a consolação do mundo, o resgate dos cativos, a alegria dos enfermos, o alivio dos aflitos, o refúgio, a salvação de toda a terra. O cheia de graça, iluminai o meu intelecto, soltai a minha língua para cantar os vossos louvores e principalmente o cântico angélico tão digno de vós. Saúdo-vos, ó paz, ó alegria, ó salvação e consolação de todo o mundo. Saúdo-vos, ó maior milagre que no mundo já houve, paraíso de delícias, porto seguro de quem está em perigo, fonte de graça, medianeira entre Deuse os homens.

PRECES À MARIA SANTÍSSIMA PARA SEREM RECITADAS EM TODOS OS DIAS AO FIM DE CADA VISITA2

Santíssima Virgem Imaculada e minha mãe Maria, a vós que sois a Mãe de meu Senhor, a Rainha do Mundo, a advogada, a esperança, o refúgio dos pecadores, recorro hoje eu, que sou o mais miserável de todos. Venero-vos, grande rainha, e vos agradeço por todas as graças que me haveis concedido até agora, especialmente por terdes me livrado tantas vezes do inferno, por mim merecido. Eu vos amo, Senhora amabilíssima, e, pelo amor que vos tenho, a vós prometo querer sempre servir-vos e fazer o que puder, a fim de que sejais amada também pelos outros [homens]. Eu ponho em vós toda a minha esperança, toda a minha salvação; aceitai-me como vosso servo e acolhei-me sob vosso manto, vós que sois Mãe de Misericórdia.

E sendo vós tão poderosa com Deus, livrai-me de todas as tentações; ou dai-me a força de vencê-las até a hora da morte. A vós peço o verdadeiro amor a Jesus Cristo. De vós espero ter uma boa morte. Minha Mãe, pelo amor que tendes a Deus, rogo-vos que me ajudeis sempre e mais ainda no último momento de minha vida. Não me deixeis até que me vejais já salvo no céu a bendizer e a cantar as vossas misericórdias por toda a eternidade. Amém, Assim espero, assim seja.

catolico · · Sagrado Coração de Jesus · Virgem Maria

Visitas ao Santíssimo Sacramento e à Maria Santíssima – I

ATOS A SEREM FEITOS NO INÍCIO DE TODAS AS VISITAS1

Meu Senhor Jesus Cristo, que pelo amor que tendes aos homens vos encontrais noite e dia neste Sacramento todo cheio de piedade e de amor, esperando, chamando e acolhendo todos os que vêm visitar-vos; eu creio em Vós presente no Sacramento do altar; adoro-vos do abismo de meu nada e vos agradeço por quantas graças me tendes concedido, especialmente por haver-me dado a vós mesmo neste Sacramento, por haver-me dado por advogada a vossa Santíssima Mãe Maria e por haver-me chamado a visitar-vos nesta igreja. Eu saúdo hoje o vosso amabilíssimo Coração, e quero saudá-lo por três motivos: primeiro, em agradecimento deste grande dom; segundo, para compensar-vos por todas as injúrias que tendes recebido de todos os vossos inimigos neste Sacramento; e terceiro, quero com esta visita adorar-Vos em todos os lugares da terra, onde Vós sacramentado sois menos reverenciado e mais abandonado.

Meu Jesus, eu vos amo com todo o meu coração. Arrependo-me de no passado tantas vezes haver desagradado vossa bondade infinita. Proponho-me, com a vossa graça, a nunca mais ofender-vos; e o presente miserável que eu sou, consagro-o todo a Vós, e renuncio a toda a minha vontade, meus afetos, meus desejos e a tudo o que tenho. De hoje em diante fazei Vós de mim e de tudo o que possuo o que quiserdes. Só procuro a Vós e desejo o vosso santo amor, a perseverança final e o cumprimento perfeito da vossa vontade. Recomendo a Vós as almas do Purgatório, especialmente as mais devotas do Santíssimo Sacramento e de Maria Santíssima. Recomendo a Vós ainda todos os pobres pecadores. Uno, por fim, meu amado Salvador, todos os meus afetos aos afetos do vosso amorosíssimo Coração, e essa união ofereço ao vosso Eterno Pai e lhe peço em vosso nome que por vosso amor Ele aceite este sacrifício.

VISITA I

Jesus, só a Vós quero amar

EIS A FONTE DE todo bem, Jesus no Sacramento, que diz: Qui sitit veniat ad me [se alguém tem sede, venha a mim] (Jo7,37). Oh, quantos rios de graças ganham os santos desta fonte do Santíssimo Sacramento, donde Jesus dispensa todos os méritos de sua Paixão, como predisse o profeta: Haurietis aquas… de fontibus Salvatoris [tirareis águas… das fontes do Salvador] (Is 12,3).

A Condessa de Feria, aquela grande discipula do Venerável Padre M. Avila, feita religiosa de Santa Clara, por manter-se tantas e tão longas vezes diante do Santíssimo Sacramento, foi chamada Esposa do Sacramento. Ouestionada sobre o que fazia em tantas horas em que se encontrava diante do Santíssimo, respondeu: “Eu estarei [com Ele] por toda a eternidade. E ai não está a essência de Deus, que será o sustento dos bem-aventurados? Bom Deus, e que se faz diante dele! E o que não se faz? Ama-se, louva-se, agradece-se, pede-se. Que faz um pobre diante de um rico? Que faz um doente diante de um médico? E o que faz um sedento diante de uma fonte [de água] clara? O que faz um esfomeado diante de uma farta mesa?”

Oh, meu amabilíssimo Jesus, dulcíssimo, diletíssimo, vida, esperança, tesouro, único amor da minha alma, quão custoso é permanecerdes conosco neste sacramento! Vós morrestes para poder estar sacramentado sobre nossos altares. E quantas injúrias tendes sofrido neste Sacramento para assistir-nos com a vossa presença! Vosso amor e desejo de ser amado por nós venceu tudo.

Então vinde, Senhor, vinde e ponde-vos dentro do meu coração; fechai-lhe a porta para sempre, a fim de que nenhuma criatura mais venha a ter posse deste amor que agora quero dar a Vós; Vós somente, meu amado Redentor, dominai-me, somente Vós possuís-me por inteiro; e se alguma vez eu não vos obedecer perfeitamente, castigai-me com rigor, para que eu venha a ser advertido e vos agrade como quereis. Fazei que eu não deseje mais nada e nem tenha mais outro gosto que dar gosto a Vós, que visitar-vos muitas vezes nos altares, que ficar convosco, que receber-vos na santa comunhão. Não quero aproximar-me de outros bens, porque não amo, não desejo outro [bem] senão o tesouro de vosso amor. Apenas isso quero buscar aos pés do altar. Fazei que eu me esqueça de mim e me recorde somente da vossa bondade. Santos serafins, eu não vos invejo pela glória, mas pelo amor que têm ao Deus vosso e meu; ensinai-me o que eu devo fazer para amá-lo e dar-lhe gosto.

Meu Jesus, só a Vós quero amar, só a Vós quero agradar.

À MARIA, CAUSA DE NOSSA ALEGRIA

Uma outra fonte de demasiada felicidade para nós é a nossa mãe Maria, tão rica de bens e de graças, como disse São Bernardo, que não há homem no mundo que deles não participe: De plenitudine eius accepimus omnes [Todos nós participamos da sua plenitude]. Maria Santíssima foi por Deus repleta de graça, como o anjo a saudou: Ave, gratia plena. Não só para ela, mas também por nós, acrescenta São Pedro Crisólogo, recebeu aquela grande montanha de graça, para dá-la a todos os seus devotos: Hanc gratiam accepit Virgo salutem seculis redditura [A Virgem que havia de devolver a salvação ao mundo recebeu esta graça].

Causa nostrae laetitiae, ora pro nobis [causa de nossa alegria, rogai por nós]!

ORAÇÃO DE SANTO EFRÉM

Ó imaculada e inteiramente pura Virgem Maria, Mãe de Deus, vós sois superior a todos os santos, sois a única esperança dos Padres, a alegria dos justos. Por vós nós fomos reconciliados com Deus, ó grande Princesa, Mãe de Deus. Cobri-nos com vossa misericórdia, tende piedade de nós. Nós fomos dados a vós e consagrados ao vosso cuidado: carregamos o nome de vossos servos; não permitais que Lúcifer nos leve para o inferno. Ó Virgem Imaculada, estamos sob a vossa proteção. Por isso recorremos unicamente a vós e vos suplicamos que impeçais que o vosso Filho, irritado por nossos pecados, abandone-nos ao poder do Demônio.

Ao fim, fazer a comunhão espiritual. Far-se-á ainda a visita à grande mãe Maria diante de alguma imagem sua.

ATO PARA A COMUNHÃO ESPIRITUAL

Meu Jesus, creio que Vós estais nos Santíssimo Sacra mento. Amo-vos acima de todas as coisas e vos desejo em minha alma. Como agora não posso receber-vos sacramentalmente, vinde ao menos espiritualmente ao meu coração. Como já viestes, eu vos abraço e me uno a Vós inteiramente. Não pernmitais que eu me separe de Vós.

E mais breve:

Creio em Vós, Jesus, no Santíssimo Sacramento. Amo-vos e vos desejo. Vinde ao meu coração. Eu vos abraço e não quero que vos aparteis mais de mim.

Absorbeat, quaeso, Domine lesu Christe, mentem meam ignita et melliflua vis amoris tui, ut amore amoris tui moriar, qui amore amoris mei dignatus es mori. [Peço, Senhor Jesus Cristo, que a força do vosso amor, incendida e doce como o mel, absorva a minha mente, para que eu morra pelo amor de vosso amor, de vós que vos dignastes morrer por amor de meu amor) – São Francisco.

Ó amor não amado, amor não conhecido – Santa Maria Madalena de Pazzi.

Ó Esposo meu, quando me levareis? – São Pedro de Alcântara.
Jesus, meu bem, meu doce amor. Feri, inflamai este meu coração. Sim, que tudo arda sempre por vós. Viva o amor de Jesus em nossa vida, nosso tudo, e viva Maria, nossa esperança. Amém.

PRECES À MARIA SANTÍSSIMA PARA SEREM RECITADAS EM TODOS OS DIAS AO FIM DE CADA VISITA2

Santíssima Virgem Imaculada e minha mãe Maria, a vós que sois a Mãe de meu Senhor, a Rainha do Mundo, a advogada, a esperança, o refúgio dos pecadores, recorro hoje eu, que sou o mais miserável de todos. Venero-vos, grande rainha, e vos agradeço por todas as graças que me haveis concedido até agora, especialmente por terdes me livrado tantas vezes do inferno, por mim merecido. Eu vos amo, Senhora amabilíssima, e, pelo amor que vos tenho, a vós prometo querer sempre servir-vos e fazer o que puder, a fim de que sejais amada também pelos outros [homens]. Eu ponho em vós toda a minha esperança, toda a minha salvação; aceitai-me como vosso servo e acolhei-me sob vosso manto, vós que sois Mãe de Misericórdia.

E sendo vós tão poderosa com Deus, livrai-me de todas as tentações; ou dai-me a força de vencê-las até a hora da morte. A vós peço o verdadeiro amor a Jesus Cristo. De vós espero ter uma boa morte. Minha Mãe, pelo amor que tendes a Deus, rogo-vos que me ajudeis sempre e mais ainda no último momento de minha vida. Não me deixeis até que me vejais já salvo no céu a bendizer e a cantar as vossas misericórdias por toda a eternidade. Amém, Assim espero, assim seja.

  1. A quem recita esta oração diante do Santíssimo Sacramento, será concedida indulgência de cinco anos; será concedida ainda indulgência plenária nas condições devidas , a quem recitar durante um mês inteiro. ↩︎
  2. A quem recita esta oração diante da imagem da Virgem Santíssima, será concedida indulgência de três anos; será concedida ainda indulgência plenária nas condições devidas , a quem recitar durante um mês inteiro. ↩︎
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Sermão sobre as Bem-aventuranças, de São Leão Magno, papa

Imprimirei a minha lei em seu íntimo

Bem Aventuranças – Mateus 5:3-12

Nosso Senhor Jesus Cristo, caríssimos, ia pregando o Evangelho do reino, curando as enfermidades por toda a Galiléia, e a fama de seus prodígios se espalhava pela Síria inteira. Grandes multidões, vindas da Judéia, afluíam ao médico celeste. Lenta é para a ignorância humana a fé em crer no que não vê e esperar o que não conhece. Foram precisos, a fim de firmar na doutrina divina, os benefícios corporais e o estímulo dos milagres patentes. Pela experiência de seu tão benigno poder não duvidariam que sua doutrina traz a salvação.
Para passar das curas exteriores aos remédios interiores e depois da cura dos corpos à saúde das almas, o Senhor separou-se das turbas que o cercavam, subiu à solidão do monte vizinho. Chamou os apóstolos para formá-los com mais elevadas instruções do alto da cátedra mística. Pelo próprio lugar e qualidade do ato, significava ser o mesmo que se dignara outrora falar com Moisés. Lá na mais apavorante justiça, aqui com a mais divina clemência. Eis que vêm dias, diz o Senhor, e firmarei com a casa de Israel e a casa de Judá um pacto novo. Depois daqueles dias, palavras do Senhor, porei minhas leis no seu íntimo e as escreverei em seus corações (cf. Jr 31,31.33; cf. Hb 8,8).
Aquele, pois, que falara a Moisés, falou aos apóstolos. E nos corações dos discípulos, a mão veloz do Verbo escrevia os decretos da nova Aliança. Sem nenhuma escuridão de nuvens envolventes, sem sons terríveis e relâmpagos. Sem estar o povo afastado do monte pelo terror, mas na límpida tranquilidade de uma conversa com os circunstantes atentos, a fim de remover a aspereza da lei pela brandura da graça e tirar o medo de escravo pelo espírito de adoção.
Qual seja a doutrina de Cristo, suas santas sentenças o demonstram. Elas dão a conhecer os degraus da jubilosa ascensão àqueles que desejam chegar à eterna beatitude. Bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3). Seria talvez ambíguo a que pobres se referia a Verdade, se dissesse: Bem-aventurados os pobres, sem acrescentar nada sobre a espécie de pobres, parecendo bastar a simples indigência, que tantos padecem por pesada e dura necessidade, para possuir o reino dos céus. Dizendo porém: Bem-aventurados os pobres em espírito, mostra que o reino dos céus será dado àqueles que mais se recomendam pela humildade dos corações do que pela falta de riquezas.

A bem-aventurança do reino de Cristo

Após ter proclamado a felicíssima pobreza, o Senhor acrescenta: Bem-aventurados os que choram porque serão consolados (Mt 5,4). Estas lágrimas que têm a promessa da consolação eterna nada têm a ver com a comum aflição deste mundo; nem tornam bem-aventuradas as queixas arrancadas a todo o gênero humano. É outro o motivo dos gemidos dos santos, outra a causa das lágrimas felizes. A tristeza religiosa chora o pecado dos outros ou o próprio. Não se acabrunha porque se manifesta a divina justiça, mas dói-se do que se comete pela iniquidade humana. Sabe ser mais digno de lástima quem pratica a maldade do que quem a sofre, porque a maldade mergulha o injusto no castigo. A paciência leva o justo até à glória.
Em seguida diz o Senhor: Bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra por herança (Mt 5,5). Os mansos e quietos, humildes, modestos e aflitos a suportar toda injúria recebem a promessa de possuir a terra. Não se considere pequena ou sem valor esta herança, como se fosse diferente da celeste morada, pois não se entende que sejam outros a entrar no reino dos céus. A terra prometida aos mansos e a ser dada aos quietos é a carne dos santos que, graças à humildade, será mudada pela feliz ressurreição e vestida com a glória da imortalidade, nada mais tendo de contrário ao espírito na harmonia de perfeita unidade. O homem exterior será então a tranquila e incorruptível possessão do homem interior.
Os mansos a possuirão numa paz perpétua e nada diminuirá de sua condição, quando o corruptível se revestir da incorruptibilidade e o mortal se cobrir com a imortalidade (1Cor 15,54); a provação se mudará em prêmio, o ônus de outrora agora será honra.

A sabedoria cristã

Em seguida diz o Senhor: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados (Mt 5,6). Esta fome nada tem de corpóreo. Esta sede não busca nada de terreno. Mas deseja ser saciada com a justiça e, introduzida no segredo mais oculto, anseia por ser repleta do próprio Senhor.

Feliz espírito, faminto do pão da justiça e que arde por tal bebida. Na verdade não teria disso nenhuma cobiça, se não lhe houvesse provado a doçura. Ouvindo o espírito profético que lhe diz: Provai e vede como é suave o Senhor (Sl 33,9), tomou uma porção da altíssima doçura e inflamou-se pelo amor das castíssimas delícias. Abandonando todo o criado, acendeu-se-lhe o desejo de comer e beber a justiça e experimentou a verdade do primeiro mandamento: Amarás o Senhor Deus de todo o teu coração, com toda a tua mente, com todas as tuas forças (Dt 6,5; cf. Mt 22,37). Porque não são coisas diferentes amar a Deus e amar a justiça.
Por fim, como o interesse pelo próximo se une ao amor de Deus, também aqui o desejo da justiça é acompanhado pela virtude da misericórdia, e se diz: Bem-aventurados os misericordiosos porque deles terá Deus misericórdia (Mt 5,7).

Reconhece, ó cristão, a dignidade de tua sabedoria e entende de que modo engenhoso foste chamado ao prêmio. A misericórdia te quer misericordioso, a justiça, justo, para que em sua criatura transpareça o Criador e no espelho do coração do homem refulja a imagem de Deus expressa pelas linhas da imitação. Firme é a fé dos que assim agem, teus desejos te acompanham e daquilo que amas gozarás sem fim.

Já que pela esmola tudo se faz puro para ti, chegas à bem-aventurança que é prometida como consequência. Diz o Senhor: Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus (Mt 5,8). Imensa felicidade, caríssimos, para quem se prepara tão grande prêmio. Que é, então, ter o coração puro? Entregar-se às virtudes acima descritas. Que inteligência poderá conceber e que língua proclamar quão grande seja a felicidade de ver a Deus? E, no entanto, isto acontecerá quando a natureza humana for transformada, de sorte que não mais em espelho ou enigma, mas face a face (1Cor 13,12), verá aquela Divindade que homem algum pôde ver tal qual é. E obterá o que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem subiu ao coração do homem (1Cor 2,9), pelo gáudio indizível da eterna contemplação.

Grande paz para os que amam a tua lei

Com razão a bem-aventurança de ver a Deus é prometida aos corações puros. Pois os olhos imundos não podem ver o esplendor da verdadeira luz; será alegria das almas límpidas aquilo mesmo que será castigo dos corações impuros. Para longe então a fuligem das vaidades terrenas. Limpemos de toda iniquidade suja os olhos interiores, e o olhar sereno se sacie de tão maravilhosa visão de Deus.
Merecer tal coisa, penso eu, é o fito do que se segue: Bem-aventurados os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9). Esta bem-aventurança, caríssimos, não consiste em um acordo qualquer nem em qualquer concórdia. É aquela de que fala o Apóstolo: Tende paz com Deus (Rm 5,1) e o profeta: Grande paz para os que amam tua lei e para eles não há tropeço (Sl 118,165).
Mesmo os mais estreitos laços de amizade e uma igualdade sem falha dos espíritos não podem, na verdade, reivindicar para si esta paz, se não concordarem com a vontade de Deus. Estão fora da dignidade desta paz a semelhança na cobiça dos maus, as alianças pecaminosas, os pactos para o vício. O amor do mundo não combina com o amor de Deus, nem passa para a sociedade dos filhos de Deus quem não se separa da vida carnal. Quem sempre com Deus tem em mente guardar com solicitude a unidade do espírito no vínculo da paz (Ef 4,3), jamais discorda da lei eterna, repetindo a oração da fé: Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu (Mt 6,10).
São estes os pacíficos, estes os unânimes no bem, santamente concordes, que receberão o nome eterno de filhos de Deus, co-herdeiros de Cristo (cf. Rm 8,17). Porque o amor de Deus e o do próximo lhes obterão não mais sentir adversidades, não mais temer escândalo algum. Mas terminado o combate de todas as tentações, repousarão na tranquila paz de Deus, por nosso Senhor que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.

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Bem Aventuranças – Mateus 5:3-12

Sermão sobre as Bem-aventuranças, de São Leão Magno, papa

3 “Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus!

4 Bem-aventurados os que cho­ram, porque serão consolados!

5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!

6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!

7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão miseri­córdia!

8 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!

9 Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!

10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!

11 Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.

12 Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós”.

Catolicismo · catolico · Imitação de Cristo · Patristica · Sagrado Coração de Jesus

Conservadores e Progressistas, duas faces da mesma moeda.

Começarei citando Gilbert Keith Chesterton quando ele escreve no artigo As tolices dos nossos partidos :

Todo o mundo moderno se dividiu em conservadores e progressistas. O negócio dos progressistas é seguir cometendo erros. O dos conservadores é evitar que os erros sejam corrigidos. Mesmo quando o revolucionário possa ele próprio se arrepender de sua revolução, o tradicionalista já está defendo-a como parte da sua tradição. Assim, nós temos dois grandes tipos – a pessoa avançada que nos empurra para a ruína e a pessoa retrospectiva que admira as ruínas. Ele as admira especialmente à luz da lua, para não dizer sob um raio da lua. Cada nova tolice do progressista ou golpista se torna instantaneamente uma lenda ou antiguidade imemorial para o pretensioso. Isso é chamado de equilíbrio, ou contrapesos mútuos, em nossa Constituição.

Apesar do pensamento distinto em muitos assuntos, tanto a ideologia de direita, como a de esquerda corroboram para a destruição da sociedade cristã, e devemos escolher o candidato menos pior.

Esquerda

Ideologia de Gênero

4b*rt*

Buscam um Jesus revolucionário, sem as virtudes, sem mudança de vida

Comunismo / marxismo

Criticam julgam e murmuram contra as ações da direita.

Direita

divórcio

camisinha, anticoncepcionais, planejamento familiar

Buscam um Jesus engessado na lei, sem buscar a santidade, isto é imitam os princípios dos fariseus

liberalismo

Criticam julgam e murmuram contra as ações da esquerda.

A reengenharia social executada ao longo das ultimas décadas inserindo o pensamento maçônico na sociedade brasileira, praticamente cegou a população de enxergarem o CAMINHO, e por isto acabam ignorando a VERDADE, cada um com o seu viés enxergando os erros opostos, de dois sistemas condenados pela Igreja, conforme o paragrafo 2425 do Catecismo(abaixo transcrito). A incapacidade de enxergar os próprios erros, em primeiro lugar é devido a falta de humildade e a necessidade de estar correto, por enxergou os erros, porém a falta de uma busca pela santidade, buscando as virtudes, acaba deixando-se ser dominado pela soberba, mesmo muitas vezes tendo o nome de Cristo na boca, porém longe do coração.

CIC 2425. A Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e ateias, associadas, nos tempos modernos, ao «comunismo» ou ao «socialismo». Por outro lado, recusou, na prática do «capitalismo», o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano (167). Regular a economia só pela planificação centralizada perverte a base dos laços sociais: regulá-la só pela lei do mercado é faltar à justiça social, «porque há numerosas necessidades humanas que não podem ser satisfeitas pelo mercado» (168). É necessário preconizar uma regulação racional do mercado e das iniciativas económicas, segundo uma justa hierarquia dos valores e tendo em vista o bem comum.

O mundo hoje precisa parar e refletir, ser humilde e buscar compreender a mensagem de Cristo Jesus. Porém a fumaça de satanás contaminou os corações dos brasileiros, de direita e de esquerda, e eles procuram condenar o seu próximo, pois eles, assim como os zombeteiros aos pés da Cruz, buscam constranger Nosso Deus, Rei e Senhor, que se humilhou e se tornou escravo para nos libertar dos grilhões do pecado. E bradam incessantemente: “Se tu és Deus, desce da Cruz.” O mundo rejeitou a cruz, pois rejeita a santidade. Pois São Pedro, claramente nos escreveu, o que parece que esquecemos, citado abaixo:

II Pedro 3:9 O Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam.

Isto é, Deus quer que todos se salvem. Se por hora, alguém est andando afastado da Graça, aqueles que andam na Graça, deveriam orar, fazer penitencias e dar esmolas, pela conversão dos transviados, mas o que acontece nos dias atuais? Infelizmente criticas, murmurações e julgamentos, isto é um louvor a satanás de muitos, que tem o nome de Cristo na boca, mas o coração está em outro lugar.

Mateus 15:8-9
Este povo somente me honra com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim. Vão é o culto que me prestam, porque ensinam preceitos que só vêm dos homens!”.

Nós devemos honrar a Cristo Jesus em nossos atos, palavras, pensamentos, buscando seguir o CAMINHO, o CAMINHO que nos leva a VERDADE, a VERDADE que nos faz encontrar a VIDA, a VIDA que é Jesus Cristo, pois as ideologias são passageiras, e tentam deturpar a VERDADE, do lado esquerdo relativizando os milagres e procurando omiti-los, procurando transformar Jesus Cristo em um revolucionário e do lado direito ignorando as virtudes e a busca pela santidade, engessando Jesus Cristo, como se fosse a tradição de uma lei. Jesus Cristo é muito maior do que tudo isto, Jesus Cristo é o puro AMOR, e o puro AMOR nos diz, se quisermos seguilo, devemos renunciar a nós mesmos, tomar a nossa Cruz e segui-lo.

Mateus 16:24-26

Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, irá recobrá-la. Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida?…*

Denunciar um erro, não é ficar criticando, julgando e murmurando, algo que potencializa a ação do mal e das forças do mal espalhada nos ares, como São Paulo claramente expõe que é o nosso inimigo. Porém como não o enxergamos, levados pela soberba, criticamos o lado oposto da ideologia que eu sigo, pois sou capaz de enxergar os erros do outro lado do muro, porém sou incapaz de enxergar os erros do meu lado do muro, pois a soberba ela nos cega, e somente buscando imitar as virtudes da Virgem Maria, pois se Deus olhou para a humildade de sua serva, quem somos nós para não olharmos para a humildade da Virgem Maria, imita-la, para que assim, Deus posso olhar para nós. Negar a Virgem Maria, é negar o olhar de Deus para ela, é negar ao próprio Deus.

Devemos como católicos, que professam a fé deixada pelos apóstolos e transmitida até nós initerruptamente através do sacrifício do Santíssimo Sacramento, seguir a Cristo Jesus, e para não nos perdermos na soberba de nossas ações imitarmos as virtudes da Virgem Maria, pois Ela sempre nos diz: “fazei tudo que Ele vos disse.” O que agrada ao coração de nossa terna Mãe, é fazer tudo o que Cristo Jesus nos pediu, porém por muitas vezes sermos levados pela soberba, devemos segurar em Suas ternas mãos de Mãe para buscarmos fazer a Vontade de Deus.

Porque Jesus nos chama de ovelhas?

Eu até posso justificar que o outro lado esta fazendo coisas erradas, e prejudicando a população. Mas qual a minha atitude para tentar reparar esta injustiça? Fazer o mesmo que os samaritanos, quando João e Tiago foram repreendidos? ou a minha atitude é a de ser manso e humilde de coração, pois aprendemos com nosso Mestre?

Lucas 9:52-56

Enviou diante de si mensa­geiros que, tendo partido, entraram em uma povoação dos samaritanos para lhe arranjar pousada. Mas não o receberam, por ele dar mostras de que ia para Jerusalém. Vendo isso, Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma?”. Jesus voltou-se e repreendeu-os severamente. [“Não sabeis de que espírito sois animados.* O Filho do Homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las.”] Foram então para outra povoação.

Ou continuaremos zombando de Cristo no alto da Cruz, pedindo milagres como os judeus ou sabedoria como os gregos, pois a sabedoria da Cruz é loucura para nós? Qual é a nossa atitude como cristão católico? Deveria ser óbvio, porém o óbvio é que precisamos “afirmar veementemente que a grama é verde”. Quanto mais com as verdades da fé atacadas de maneira direta ou velada pelos asseclas do dragão vermelho, asseclas do dragão negro, asseclas de lutero, entre outros, que desprezam a Cristo ao desprezar a linguagem da Cruz, e por hora, correm o risco de se perder. Estes todos aqueles que Cristo não quer que se percam, e o que deveríamos fazer? Ser a Luz de Cristo, dar testemunho da nossa fé, mas ao invés disto, acabamos louvando a satanás quando criticamos, julgamos e murmuramos, abrindo brechas para as forças do mal espalhada nos áreas, atuarem cada vez mais intensamente no Brasil e nos seus poderes constituídos, tentando implantar legislações nefastas de eugenia.

I Coríntios 1:1-2.17-18.22-25
Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por chamado e vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, à igreja de Deus que está em Corinto, aos fiéis santificados em Jesus Cristo, chamados à santidade, juntamente com todos os que, em qualquer lugar que estejam, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Se­nhor deles e nosso;

Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o Evangelho; e isso sem recorrer à habilidade da arte oratória, para que não se desvirtue a cruz de Cristo. A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina.

Os judeus pedem milagres, os gregos reclamam a sabedoria; mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas, para os eleitos – quer judeus quer gregos –, força de Deus e sabedoria de Deus. Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.*

Nós somos tentados diuturnamente como Jesus foi tentado, e a arma do inimigo, muitas vezes é utilizar da própria palavra de Deus, como ele o fez quando tentou Jesus no deserto, e aparentemente oferecendo até coisas boas, porém coisas boas que nos condenarão ao inferno senão nos convertermos, mudarmos de vida e Seguirmos Cristo Jesus.

Mateus 4:1-11
Em seguida, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo demônio. Jejuou quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. O tentador aproximou-se dele e lhe disse: “Se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se tornem pães”. Jesus respondeu: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Dt 8,3). O demônio transportou-o à Cidade Santa, colocou-o no ponto mais alto do templo e disse-lhe:* “Se és Filho de Deus, lança-te abaixo, pois está escrito: Ele deu a seus anjos ordens a teu respeito; eles te protegerão com as mãos, com cuidado, para não machucares o teu pé em alguma pedra” (Sl 90,11s). Disse-lhe Jesus: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus (Dt 6,16)”. O demônio transportou-o uma vez mais, a um monte muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe: “Eu te darei tudo isto se, prostrando-te diante de mim, me adorares”. Respondeu-lhe Jesus: “Para trás, Satanás, pois está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás (Dt 6,13)”. Em seguida, o demônio o deixou, e os anjos aproximaram-se dele para servi-lo.

As ideologias de direita e de esquerda trabalham de mãos dadas para destruir gradativamente a sociedade católico cristã, destruindo a conta gotas os valores que recebemos dos apóstolos e que após centenas de ataques de heresias ao longo dos últimos séculos, foi permeando e se introduzindo lentamente em nossa sociedade. Precisamos voltar ao primeiro amor, precisamos voltar a Cristo Jesus. Não com palavras bonitas ou sentimentos puros e profundos, mas com a nossa razão ao não rejeitar a linguagem da Cruz, mas carrega-la e mostra-la ao mundo, sendo luz para nossos irmãos hereges, apostatas enxergarem a Cristo Jesus, e assim buscarem a VERDADE.

Efésios 6:12

Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.*

Mas precisamos fechar as nossa brechas, fechar as brechas do Brasil, para que o Espirito Santo possa agir livremente no brasil, restaurando a Terra de Santa Cruz, que tem a Virgem Maria como Imperatriz deste solo, e que é sonho de Deus, desde a fundação do reino de Portugal.

Infelizmente existem muitos mais ab*rt*s não registrados, pois os mesmos ocorrem em decorrência da utilização dos métodos anticoncepcionais, pílula, etc… Esta catástrofe gigantesca vem destruindo gradativamente as famílias cristãs, que ao se utilizarem de tais métodos, seja por ignorância, seja por clara ciência, corroboram com a atuação das folhas do mal espalhada nos ares. Isto fica claro com o filme Nefarious que com uma linguagem clara procura demonstrar tais realidades e o ceticismo daqueles que acham que estão evoluindo, mas literalmente estão trabalhando para implantação do mal no mundo. O padre Paulo Ricardo, explica claramente o que ocorre no corpo de uma mulher que toma tais substancias, e oremos pelas almas das milhões, quiçá bilhões de vidas ceifadas no Brasil nas ultimas décadas em decorrência da utilização destes instrumentos de genocídio.

Voltemos nosso olhar para a Cruz, sinal de contradição. Busquemos fazer a vontade de Deus, conforme a vontade de Deus, da maneira da vontade de Deus, e para não sermos levados pela soberba seguremos nas mãos da Virgem Maria. Primeiramente, independente do governante, seja ele de qual ideologia for, seja ele de qual poder for (Executivo, Legislativo, Judiciário) em todas as esferas do Brasil (Municipal, Estadual e Federal) façamos como São Paulo nos ensinou na primeira carta a Timóteo.

I Timóteo 2:1-2

Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, para que possamos viver uma vida calma e tranquila, com toda a piedade e honestidade.

Pois todos nós somos chamados a ser santos. E qual maior virtude de orar por aqueles que nos perseguem, sem criticar, sem jugar, sem murmurar, mas orando pela conversão deles? Nós somos como ovelhas, e senão vigiarmos, a soberba, a inveja, pecados angélicos e satânicos, preenche nossos corações, e nos afasta da graça de Deus. Nós somos chamados a ser santos, e como o faremos? Por nós mesmos nunca conseguiremos, dependemos do Espirito Santo, para que, pela graça de Deus, nós consigamos nos salvar.

I Pedro 1:15-16

A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.

Pois ser santo é assumir o jugo de Cristo que é suave e leve, pois nenhuma tentação nos é dada além das forças com as quais Deus permite, pois Deus nos dá as forças para resistimos as tentações. E porque não resistimos? Em um mundo centrado nos sentimentos, arrepios, etc…, que ignora a humildade de buscar a VERDADE, qualquer agitação no mar, nos faz afundar. Mas chegou o momento de acordarmos, frearmos nossas línguas, e mesmo que pequemos buscarmos com maior frequência o tribunal da justiça divina, o sacramento da Confissão. Busquemos viver a castidade, e mesmo que caiamos na fornicação, busquemos a reconciliação com o Sumo Redentor, buscando avançar em nossa conversão nos acusando no tribunal da misericórdia divina, através do sacramento da Confissão. Eliminemos os hábitos que abriram as portas do inferno sobre o Brasil, tais como os controles de natalidade e planejamento familiar propostos pelas ideologias nefastas materialistas de direita e de esquerda, pois não podemos servir a dois senhores, pois ou amaremos um e odiaremos o outro, da mesma maneira, não podemos servir a Jesus Cristo e ao dinheiro. Temos que voltar a ser católicos, isto é, fazer tudo por amor a Jesus Cristo, e não por tradição. Precisamos entender e compreender a VERDADE.

Mateus 11:29-30

Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve”.

Efésios 4:29

Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem.

Finalizando, citarei São Bernardo de Claraval1 quem muito amou e foi devoto da Virgem Maria, e que nos mostra claramente que Seguir o Caminho, a Verdade e a Vida, é buscar a humildade, é buscar imitar as virtudes da Virgem Maria, é segurar na s mãos da nossa Mãe através das contas do Santo Rosário e seguir a Jesus Cristo

Quando o Senhor diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” [Jo 14, 6], propõe-nos o labor do caminho, e o prêmio do labor. A humildade, com efeito, é chamada de caminho que conduz à verdade. A humildade é o labor, enquanto a verdade é o prêmio do labor. “Como sabes”, dirás tu, “que esta passagem se refere à humildade, se [o Senhor] disse de modo indeterminado: ‘Eu sou o caminho’?”. Escuta-o atentamente: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” [Mt 11, 29].

Ele pois se propõe como exemplo de humildade e como modelo de mansidão. Se o imitares, não andarás em trevas, senão que terás a luz da vida. E o que é a luz da vida senão a verdade, que ilumina a todo homem que vem a este mundo, e que mostra onde se encontra a vida verdadeira? Por isso, além de dizer: “Eu sou o caminho e a verdade”, disse ainda: “e a vida”. É como se dissesse: “Eu sou o caminho”, porque levo à verdade; “eu sou a verdade”, porque prometo a vida; “eu sou a vida”, porque a dou. Porque ele mesmo diz: “A vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” [Jo 17, 3].

Se porém tu dizes: “Considero o caminho, a humildade; desejo o fruto, a verdade. Mas o que farei se tão grande é o labor do caminho que não posso chegar ao ganho desejado?”, ele responde-te: “Eu sou a vida”, isto é, o viático com que te sustentarás no caminho.

O Senhor clama aos desencaminhados e aos ignorantes do caminho: “Eu sou o caminho”; aos que duvidam e aos que não crêem: “Eu sou a verdade”; e aos ascendentes, mas lassos: “Eu sou a vida”. Está, ao que parece, suficientemente claro por capítulos do Evangelho que o conhecimento da verdade é fruto da humildade. Vê este: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas”, referindo-se sem dúvida aos segredos da verdade, “aos sábios e aos prudentes”, isto é, aos soberbos, “e as revelaste aos pequeninos”, isto é, aos humildes. E nisto aparece que a verdade, que se esconde dos soberbos, se revela aos humildes.

A humildade pode definir-se assim: a humildade é uma virtude que leva o homem a desprezar-se ante seu próprio e veríssimo conhecimento.

Sejamos humildes, oremos pela conversão dos hereges, apostadas, aqueles que não creem, pois só não estamos fazendo o que eles estão fazendo, pela Graça de Deus, pois sem Cristo, nada podemos fazer. Façamos penitencias e demos esmolas, e busquemos imitar as virtudes da Virgem Maria, sendo humildes, refreando nossa língua, buscando viver em castidade, buscando a santidade, neste mundo para viver a santidade na vida eterna.

João 14:6b

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.

  1. São Bernardo de ClaravalOs graus da humildade e da soberba ↩︎
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Imitação de Cristo – IX

Livro I

CAPÍTULO IX

Da obediência e submissão

1. Grande coisa é viver em obediência, sujeito a um superior, e não ter vontade própria. Muito mais seguro é obedecer que mandar. Muitos estão em obediência mais por necessidade que por amor, os quais têm fadiga e facilmente murmuram e nunca terão liberdade de ânimo enquanto não se submeterem a Deus de todo o coração. Por mais que ande de uma parte para a outra, não achará descanso senão na humilde submissão a um superior. A imaginação de que mudando de lugar se melhora a muitos tem enganado.

2. Verdade é que a cada um agrada seu próprio parecer e de bom grado se inclina para os que pensam como ele.

Mas, se Deus está entre nós, é necessário que deixemos algumas vezes nosso parecer, pelo bem da paz.

Quem é tão sábio que tudo saiba? Não confie demasiadamente em seu próprio parecer; ouve antes de boa mente o sentir dos outros.

Se o seu parecer for bom e o deixar por amor a Deus para seguir o alheio, terá nisto mais merecimento.

3. Muitas vezes ouvi dizer que é mais seguro ouvir e tomar conselho que o dar.

Bem pode também acontecer que seja bom o parecer de um, mas não querer ceder aos outros quando a razão ou a ocasião o pede é sinal de soberba ou de teimosia.

Reflexões

Se o Filho de Deus se fez obediente até a morte, e morte de Cruz, que homem há a que recuse obedecer? No mundo não há ordem nem vida senão pela obediência: ela é o laço dos homens entre si e seu autor, o fundamento da paz, e o princípio da harmonia universal. A família, a cidade, a Igreja, não subsistem senão pela obediência; a mais alta perfeição das criaturas não é mais que uma perfeita obediência: só ela nos preserva do erro e do pecado.

Quando obedecemos a um homem revestido de autoridade, obedecemos a Deus; ele é o único monarca, e todo o poder legítimo é uma emanação de sua onipotência eterna e infinita. “Todo o poder vem de Deus”, diz o Apóstolo, e está sujeito a uma regra divina, tanto na ordem temporal como na espiritual; de sorte que, obedecendo ao pontífice, ao príncipe, ao pai, a quem é realmente “ministro de Deus para o bem”, só a Deus obedecemos.

Feliz aquele que compreende esta celeste doutrina: livre da escravidão do erro e das paixões, dócil à voz de Deus e da consciência, goza “da verdadeira liberdade dos filhos de Deus” (Rm 8,21).

Deus e Senhor meu, contra cujos conselhos nada pode a humana malícia, dai-me aquele espírito de obediência e sujeição que tanto distingue vossos servos, pelo qual me assemelharei a vosso divino Filho que por minha salvação se fez obediente até a morte, e assim terei parte nos merecimentos do seu sangue preciosíssimo.

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APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM LA SALETE – França – 1846.

Onde aconteceu: Na França.

Quando: Em 1846.

A quem: Aos videntes, Maximino Giraud e Mélanie Calvat.

História da Aparição.

Um menino de nome Maximino Giraud, de onze anos, e Mélanie (Mélanie) Calvat, de quinze, estavam cuidando do gado. Mélanie estava acostumada e treinada nesse tipo de trabalho desde os nove anos, mas tudo era novo para Maximino. Seu pai lhe havia pedido que fosse fazer esse serviço como ato generoso, para cooperar com o amigo que estava com o pastor adoentado.

Relata Mélanie:

No dia 18 de setembro de 1846, véspera da Aparição da Santíssima Virgem, eu estava sozinha, como sempre, cuidando do gado do meu patrão; por volta de onze horas vi um menino que se aproximava. Por um momento tive medo, pois achava que todos deviam saber que eu evitava todo tipo de companhia. O menino se aproximou e me disse:

“Ei menina, vou contigo, sou de Corps”. A estas palavras minha malícia natural se mostrou e lhe disse: “Não quero ninguém perto de mim. Quero ficar sozinha”. Mas ele, senguindo-me, disse: “Meu patrão me enviou aqui para que cuide do gado contigo. Venho de Corps”. Afastei-me dele, agastada, dando-lhe a entender que não queria ninguém por perto. Quando estava a certa distância, sentei-me na grama. Normalmente, dessa forma conversava com as florzinhas ou ao Bom Deus.

Depois de um momento, atrás de mim estava Maximino sentado e diretamente me disse: “Deixa-me ficar contigo, me comportarei muito bem”. Embora contra minha vontade e sentindo-me incomodada por Maximino, permiti que ficasse. Ao ouvir os sinos de la Salette para o Ângelus, disse-lhe para elevar sua alma a Deus. Ele tirou o chapéu e se manteve em silêncio por um momento. Logo comemos e brincamos juntos. Quando caiu a tarde descemos a montanha e prometemos voltar ao dia seguinte para levar o gado novamente.

No dia seguinte, sábado, 19 de setembro de 1846, o dia estava muito quente e os dois jovenzinhos concordaram em comer seu almoço em um lugar sombreado. Contrariamente a seu costume, eles se estendem sobre a relva… e adormecem. O tempo passa!… Mélanie foi a primeira a despertar:

“Maximino, Maximino, vem depressa, vamos ver nossas vacas… Não sei onde andam!”.

Rapidamente sobem a ladeira. Voltando-se, têm diante de si toda a pradaria: as vacas lá estão ruminando calmamente. Os dois pastores se tranquilizam. Mélanie começa a descer. A meio caminho se detém imóvel e pergunta a Maximino se não vê o que ela estava vendo:

“Maximino, olha lá, aquele clarão!”.

Maximino corre gritando:

“Onde? Onde?”

Mélanie estende o dedo para o fundo do vale onde haviam dormido. O clarão se mexia e se agitava, como dividindo-se ao meio.

“Oh, meu Deus!”, exclamou Mélanie, deixando cair o cajado.

Algo fantasticamente inconcebível a inundava nesse momento e ela se sentiu atraída, com profundo respeito, cheia de amor e o coração batendo mais rapidamente. Viram uma Senhora sentada em uma enorme pedra. Tinha o rosto entre as mãos e chorava amargamente. Mélanie e Maximino estavam com medo e não se mexiam.

A Mensagem de La salete.

A Senhora, pondo-se lentamente de pé e cruzando suavemente seus braços, lhes chamou:

– Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade!

Então, as crianças foram até a Bela Senhora. Ela não parava de chorar. “Achávamos que era uma mamãe cujos filhos a tivessem espancado e que se teria refugiado na montanha para chorar”.

 A Senhora era alta e toda de luz. Vestia-se como as mulheres da região: vestido longo, um grande avental, lenço cruzado e amarrado as costas, touca de componesa. Rosas coroando sua cabeça, ladeando o lenço e ornando seu calçado. Em sua fronte a luz brilhava como um diadema. Em seus olhos havia lágrimas que rolavam pelas faces. Sobre os ombros carregava uma pesada corrente. Uma corrente mais leve prendia sobre o peito um crucifixo resplandecente, com um martelo de um lado, e de outro uma torquês.

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ELA disse:

– Se Meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar cair o braço de Meu Filho. É tão forte e tão pesado que não o posso mais suster.

Há quanto tempo sofro por vós!

Dei-vos seis dias para trabalhar, reservei-me o sétimo, e não mo querem conceder! É isso que torna tão pesado o braço de Meu Filho.

E também os carroceiros não sabem jurar sem usar o Nome de Meu Filho. São essas as duas coisas que tornam tão pesado o braço de Meu Filho.

Se a colheita se estraga, e só por vossa causa. Eu vo-lo mostrei no ano passado com as batatinhas: e vós nem fizestes caso! Ao contrário, quando encontráveis batatinhas estragadas, juráveis usando o Nome de Meu Filho. Elas continuarão assim, e neste ano, para o Natal, não haverá mais.

A palavra “batatinhas” (em francês: ‘pommes de terre’), deixa Mélanie intrigada. No dialeto da região, se diz “la truffa”. E a palavra ‘pommes’ lembra-lhe o fruto da macieira. Ela se volta então para Maximino, para lhe pedir uma explicação. A Senhora, porém adianta-se dizendo:

– Não compreendeis, meus filhos? Vou dizê-lo de outro modo.

Retomando pois, as últimas frases no dialeto de Corps (‘patois’), língua falada correntemente por Maximino e Mélanie, a Senhora prossegue sempre no dialeto:

– ”Se tiverdes trigo, não se deve semeá-lo. Todo o que semeardes será devorado pelos insetos, e o que produzir se transformará em pó ao ser malhado.

Virá grande fome. Antes que a fome chegue, as crianças menores de sete anos serão acometidas de trevor e morrerão entre as mãos das pessoas que as carregarem. Os outros farão penitência pela fome. As nozes caruncharão, as uvas apodrecerão.“

De repente, a Senhora continuou a falar, mas somente Maximino a entendia. Mélanie percebia seus lábios se moverem, mas nada entendia. Alguns instantes depois, Mélanie por sua vez, pode ouvir, enquanto Maximino, que nada mais entende, faz girar o chapéu na ponta do cajado ou, com a outra, brinca com pedrinhas no chão. “Mas nenhuma sequer tocou os pés da Bela Senhora!”, excusar-se-ia alguns dias mais tarde. “Ela me disse alguma coisa ao me dizer: Tu não dirás nem isso. Depois, não compreendia mais nada, e durante esse tempo, eu brincava”.

Assim a Bela Senhora falou em segredo a Maximino e depois a Mélanie. E novamente, os dois em conjunto ouviram as seguintes palavras:

– Se se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de trigo, e as batatinhas serão semeadas nos roçados.

Fazeis bem vossa oração, meus filhos?

– “Não muito, Senhora”, respondem as crianças.

– Ah! Meus filhos, é preciso fazê-la bem, à noite e de manhã, dizendo ao menos um Pai Nosso e uma Ave Maria quando não puderdes rezar mais. Quando puderdes rezar mais, dizei mais.

Durante o verão, só algumas mulheres mais idosas vão à Missa. Os outros trabalham no domingo, durante todo o verão. Durante o inverno, quanto não sabem o que fazer, vão à Missa zombar da religião. Durante a Quaresma vão ao açougue como cães.

Nunca vistes trigo estragado, meus filhos?

– “Não Senhora”, responderam eles.

Então Ela se dirigiu a Maximino:

– Mas tu, meu filho, tu deves tê-lo visto uma vez, perto de Coins, com teu pai. O dono da roça disse a teu pai que fosse ver seu trigo estragado. Ambos fostes até lá. Ele tomou duas ou três espigas entre as mãos, esfregou-as e tudo caiu em pó. Ao voltardes, quando estaveis a meia hora de Corps, teu pai te deu um pedaço de pão dizendo-te: “Toma, meu filho, come pão neste ano ainda, pois não sei quem dele comerá no ano próximo, se o trigo continuar assim”.

Maximino respondeu:

– “É verdade, Senhora, agora lembro. Há pouco não lembrava mais”.

E a Bela Senhora concluiu, não mais em dialeto ‘patois’, e sim em francês:

– Pois bem, meus filhos, transmitireis isso a todo o meu povo.

Então ela seguiu até o lugar em que haviam subido para ver onde estavam as vacas. Seus pés deslizavam, tocando apenas a ponta da grama, sem dobrá-la. Na colina, a Bela Senhora se deteve. Mélanie e Maximino correram até ela para ver onde ia. A Senhora se eleva rapidamente, permanecendo por uns minutos a alguns metros de altura (3 ou 5 m). Olhou para o céu, olhou à sua direita (na direção de Roma?), à sua esquerda (na direção da França?), olhou para os dois meninos, e se confundiu com o globo de luz que a envolvia. Este então subiu até desaparecer no firmamento.

Depois da aparição.

No início, poucos acreditavam no que os dois jovens diziam ter visto e ouvido. Os camponeses que os haviam contratado se surpreendiam com o fato de que, sendo eles tão ignorantes, fossem capazes de transmitir e relatar uma mensagem tão complicada tanto em francês (que não entendiam bem) como em ‘patois’, em que descreviam exatamente o que diziam.

Na manhã seguinte, Mélanie e Maximino foram levados ao pároco. Era um sacerdote de idade avançada, muito generoso e respeitado. Ao interrogar os dois, ouviu todo o relato, diante do qual ficou muito surpreso e realmente considerou que diziam a verdade. Na missa do domingo seguinte, falou da visita da Senhora e seu pedido. Quando chegou aos ouvidos do Bispo que o pároco havia falado da aparição no púlpito, este foi repreendido e substituído por outro sacerdote. Isso não é de surpreender, pois a Igreja é muito prudente em não fazer juízos apressados sobre aparições.

Mélanie e Maximino eram constantemente interrogados por curiosos e por devotos. Simplesmente contavam a mesma história. Aos que estavam interessados em subir a montanha, mostravam o local exato onde a Senhora havia aparecido. Várias vezes foram ameaçados de prisão se não negassem o que continuavam a dizer. Sem nenhum temor e hesitação, relatavam a todos as mensagens que a Senhora havia dado.

Surgiu uma fonte no lugar onde a Senhora havia aparecido e a água corria colina abaixo. Muitos milagres começaram a acontecer.

As terríveis calamidades anunciadas começaram a se cumprir. A terrível escassez de batatas de 1846 se espalhou, especialmente na Irlanda, onde muitos morreram. A escassez de trigo e milho foi tão severa, que mais de um milhão de pessoas na Europa morreram de fome. Uma enfermidade atacou as uvas em toda a França. Provavelmente o castigo teria sido pior se não fosse pelos que aceitaram a mensagem de La Salette. Muitos começaram a ir à missa. As lojas eram fechadas aos domingos e as pessoas pararam de fazer trabalhos desnecessários do dia do Senhor. Os xingamentos e as blasfêmias foram diminuindo.

A Aprovação Eclesiástica

Esta Aparição da Virgem Santíssima que aconteceu na França em 1846, e foi reconhecida e aprovada pela Igreja, em 1851.

O Bispo de La Salette encarregou a dois teólogos a investigação da aparição e de todas as curas registradas. Durante cinco anos fizeram as mais minuciosas investigações. Em toda a França, em aproximadamente oitenta lugares diferentes, os bispos encarregaram sacerdotes que investigassem as curas milagrosas através das orações a Nossa Senhora de La Salette e da água da fonte. Centenas de graças foram registradas.

O Santo Padre Pio IX aprovou a devoção a Nossa Senhora de La Salette. Pediu aos jovens que lhe enviassem o relato dos segredos por escritos.

Tempo depois dirá o Santo Padre:

“Estes são os segredos de La Salette; se o mundo não se arrepender, perecerá”.

As Palavras do Papa João Paulo II, sobre La Salette:

“Neste lugar, Maria, a mãe sempre amorosa, mostrou sua dor pelo mal moral causado pela humanidade. Suas lágrimas nos ajudam a entender a gravidade do pecado e a rejeição a Deus, enquanto manifestam ao mesmo tempo a apaixonada fidelidade que Seu Filho mantém com relação a cada pessoa, embora Seu amor redentor esteja marcado com as feridas da traição e do abandono dos homens.”

Várias congregações foram fundados pela inspiração de La Salette, entre as quais os Missionários e as Irmãos de Nossa Senhora de La Salette, que se dedicam a propagar a mensagem de reconciliação.

Os Segredos de La Salete.

Um segredo importante foi dado pela Virgem a Mélanie, para revelá-lo anos mais tarde. Maximino assegurou que a Virgem disse algo a Mélanie, que ele não ouviu. Esse segredo, no entanto, não está incluído na aprovação dada pela Igreja à aparição, pois foi divulgado posteriormente.

O segredo somente foi publicado em sua totalidade em uma brochura, em Lecce, no ano de 1879. Ao Papa da época, Pio IX, o texto do segredo foi entregue em 18 de julho 1851.

Seguem-se as palavras de Nossa Senhora ditas a Mélanie em 19 de setembro de 1846:

– “Mélanie, o que eu te vou dizer agora não será um segredo para sempre. Tu podes publicá-lo em 1858”.

1- Os sacerdotes, ministros de meu Filho, os sacerdotes, por causa da sua vida má, pelas suas irreverências e pela sua impiedade ao celebrar os santos mistérios, pelo amor ao dinheiro, o amor às honras e aos prazeres, os sacerdotes converteram-se em cloacas de impureza. Sim, os sacerdotes provocam a vingança e a vingança pende sobre suas cabeças.

Ai dos sacerdotes e pessoas consagradas a Deus que pelas suas infidelidades e más vidas crucificam meu Filho de novo! Os pecados das pessoas consagradas a Deus clamam ao Céu e atraem vingança, e eis que a vingança está às suas portas, porque já não se encontra ninguém para implorar misericórdia e perdão para o povo. Já não há almas generosas, já não há ninguém digno de oferecer a Vítima sem mancha ao Eterno, pelo mundo. 

2- Deus vai castigar de uma maneira sem precedentes. Ai dos habitantes da Terra! Deus vai esgotar a sua cólera e ninguém poderá fugir a tantos males juntos.

Os chefes, os condutores do povo de Deus, descuraram a oração e a penitência, e o demônio obscureceu as suas inteligências. Tornaram-se naquelas estrelas errantes, que a antiga serpente arrastará com a sua cauda para os fazer perecer. Deus permitirá que a antiga serpente ponha divisões entre os soberanos, em todas as sociedades e em todas as famílias. (A humanidade) sofrerá penas físicas e morais. Deus abandonará os homens a si mesmos e enviará castigos que se hão de suceder durante mais de trinta e cinco anos.

3- A sociedade está às vésperas das mais terríveis calamidades e dos mais graves acontecimentos. Deverá esperar vir a ser governada com vara de ferro e beber o cálice da cólera de Deus.

Que o Vigário de meu Filho, o Sumo Pontífice Pio IX, não saia de Roma depois de 1859; mas que seja firme e generoso, que combata com as armas da fé e do amor. Eu estarei com ele.

Que desconfie de Napoleão (Napoleão III): o seu coração é falso, e quando ele quiser ser, ao mesmo tempo, Papa e Imperador, Deus Se retirará dele. Ele é aquela águia que, querendo sempre subir mais alto, cairá sobre a espada de que se queria servir para obrigar os povos à submissão.

4- A Itália será castigada pela sua ambição, por querer sacudir o jugo do Senhor dos Senhores; também ela será entregue à guerra. O sangue correrá por todos os lados; as igrejas serão fechadas ou profanadas; os sacerdotes e religiosos serão perseguidos; irão fazê-los morrer, e morrer de morte cruel. Muitos abandonarão a fé, e o número de sacerdotes e religiosos que apostatarão da religião verdadeira será grande; entre estes haverá até mesmo Bispos.

5- Que o Papa se acautele contra os fazedores de milagres, porque chegou o tempo em que se hão de operar os mais espantosos prodígios na terra e no ar.

6- No ano de 1864, serão libertados do Inferno Lúcifer com um grande número de demônios; eles abolirão a fé pouco a pouco, mesmo nas pessoas consagradas a Deus. Irão cegá-las de tal forma que, salvo se elas forem abençoadas por uma graça especial, essas pessoas assimilarão o espírito desses anjos maus. Muitas casas religiosas perderão completamente a fé e muitas almas se irão perder.

7- Os livros maus abundarão na Terra e os espíritos das trevas espalharão, por toda a parte, um relaxamento universal por tudo o que seja serviço de Deus; e terão um enorme poder sobre a natureza. Haverá igrejas dedicadas ao culto desses espíritos. Certas pessoas serão transportadas de um a outro lugar por esses maus espíritos, e até sacerdotes, porque eles não serão conduzidos pelo bom espírito do Evangelho, que é um espírito de humildade, de caridade e de zelo pela glória de Deus.

Em algumas ocasiões, os mortos e os justos serão trazidos de volta à vida (isto é, esses mortos tomarão a aparência das almas justas que viveram na Terra, para melhor seduzir os homens. Esses ditos mortos ressuscitados não serão mais do que o demônio sob as suas figuras, e pregarão outro evangelho, contrário ao do verdadeiro Jesus Cristo, negando quer a existência do Céu, quer ainda a existência das almas dos condenados. Todas essas almas aparecerão como que unidas aos seus corpos). E serão vistos, por toda a parte, prodígios extraordinários, porque a fé verdadeira se extinguiu e a falsa luz ilumina o mundo. Ai dos Príncipes da Igreja que se tenham apenas dedicado a acumular riquezas e salvaguardar a sua autoridade, e a dominar com orgulho!

8- O Vigário do meu Filho terá muito que sofrer, porque por um tempo a Igreja será entregue a grandes perseguições – será o tempo das trevas. A Igreja terá uma crise medonha.

Esquecida a santa fé de Deus, cada indivíduo quererá governar-se por si mesmo e ser superior aos seus semelhantes. Serão abolidos os poderes civis e eclesiásticos, toda a ordem e justiça serão calcadas aos pés. Só se verão homicídios, ódios, inveja, mentira e discórdia, sem amor pela pátria e pela família.

9- O Santo Padre sofrerá muito. Estarei com ele, até o fim, para receber o seu sacrifício. Os malvados atentarão muitas vezes contra a sua vida, sem poder pôr fim aos seus dias; nem ele, porém, nem o seu sucessor (Nota escrita por Mélanie na margem de seu exemplar: ‘que não reinará por muito tempo’) verão o triunfo da Igreja de Deus.

10- Todos os governantes civis terão o mesmo plano, que será o de abolir e fazer desaparecer todo o princípio religioso, para dar lugar ao materialismo, ao ateísmo, ao espiritismo e a toda espécie de vícios.

No ano de 1865, será vista a abominação nos lugares santos. Nos conventos, as flores da Igreja estarão putrefatas, e o demônio se converterá no rei dos corações. Que os que estão à frente das comunidades religiosas vigiem as pessoas que irão receber, porque o demônio usará de toda a sua malícia para introduzir nas ordens religiosas pessoas dadas ao pecado, pois as desordens e o amor aos prazeres da carne estarão espalhados por toda a Terra.

11- A França, a Itália, a Espanha e a Inglaterra estarão em guerra; o sangue correrá pelas ruas; o francês lutará contra o francês, o italiano contra o italiano, e depois haverá uma guerra geral, que será medonha. Por um tempo, Deus irá esquecer-Se da França e da Itália, porque o Evangelho de Jesus Cristo já não é conhecido. Os malvados desenvolverão toda a sua malícia; os homens irão matar-se e assassinar-se, até dentro das casas.

Ao primeiro golpe da sua espada fulminante, as montanhas e a natureza inteira estremecerão de espanto, porque as desordens e os crimes dos homens traspassam a abóbada do Céu. Paris será queimada e Marselha engolida. Várias grandes cidades serão abaladas e soterradas por terremotos. As pessoas acreditarão que tudo estará perdido. Não se verá mais do que homicídios, não se ouvirá senão os ruídos das armas e blasfêmias.

12- Os justos sofrerão muito; as suas orações, a sua penitência e as suas lágrimas subirão ao Céu e todo o povo de Deus pedirá perdão e misericórdia, e implorará a minha ajuda e intercessão.

Então, Jesus Cristo, por um ato da Sua Justiça e da Sua Misericórdia para com os justos, mandará os Seus anjos dar morte e todos os Seus inimigos. Num abrir e fechar de olhos, os perseguidos da Igreja de Jesus Cristo e todos os homens escravos do pecado perecerão, e a Terra ficará como um deserto.

13- Então, será feita a paz, a reconciliação de Deus com os homens. Jesus Cristo será servido, adorado e glorificado. A caridade florescerá por toda a parte. Os novos reis serão o braço direito da Santa Igreja, que será forte, humilde e piedosa, pobre, zelosa e imitadora das virtudes de Jesus Cristo. O Evangelho será pregado por toda a parte e os homens farão grandes progressos na fé, porque haverá unidade entre os obreiros de Jesus Cristo e porque os homens viverão no temor de Deus.

14- Essa paz entre os homens não será longa – 25 anos de abundantes colheitas farão esquecer que os pecados dos homens são a causa de todos os males que sucedem à Terra.

Um precursor do Anticristo, com um exército composto de muitas nações, combaterá o verdadeiro Cristo, o único Salvador do mundo; derramará muito sangue e pretenderá aniquilar o culto de Deus, para que se considere a ele como Deus.

15- A Terra será castigada com toda a espécie de pragas (além da peste e da fome, que serão gerais); haverá guerras, até à última, que será feita, então, pelos dez reis aliados do Anticristo, que terão, todos, o mesmo desígnio, e serão os únicos a governar o mundo (Nota de Rodapé: ‘Situação prefigurada na atualidade, segundo o parágrafo 10’).

Antes que isso aconteça, haverá no mundo uma espécie de falsa paz. Não se pensará senão em divertimentos. Os malvados se irão entregar a todo o gênero de pecados. Porém, os filhos da Santa Igreja, os filhos da fé, os meus verdadeiros imitadores, crescerão no amor de Deus e nas virtudes que me são mais queridas. Ditosas as almas humildes, dirigidas pelo Espírito Santo! Eu combaterei com elas, até chegarem à plenitude dos tempos.

16- A natureza clama por vingança contra os homens e treme de medo à espera do que deve acontecer à Terra, empapada de crimes. Tremei, ó Terra, e vós que fazeis profissão de servir a Jesus Cristo e que, dentro de vós, adorai-vos a vós mesmos. Tremei, porque Deus vos vai entregar ao Seu inimigo, porque os lugares santos estão na corrupção; muitos conventos já não são casas de Deus, mas pastos de Asmodeu e dos seus.

Será durante este tempo que nascerá o Anticristo, de uma religiosa hebraica, de uma falsa virgem, que terá comunicação com a antiga serpente, o mestre da impureza. O seu pai será bispo (Nota de Rodapé: ‘Existe um grau maçônico de bispo’). Em seu nascimento, vomitará blasfêmias, terá dentes; numa palavra, será uma encarnação do Diabo. Soltará gritos medonhos, fará prodígios e só se alimentará de impurezas. Terá irmãos que, embora não sendo como ele diabos incarnados, serão filhos do mal. Aos doze anos, chamarão atenção sobre si mesmos pelas rudes vitórias que alcançarão. Bem depressa, irão colocar-se à frente de grandes exércitos, assistidos por legiões do Inferno.

17- As estações mudarão. A Terra somente produzirá frutos maus. Os astros perderão os seus movimentos regulares. A Lua só refletirá uma débil luz avermelhada. A água e o fogo imprimirão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis terremotos, que tragarão montanhas e cidades inteiras…

Roma perderá a fé e se converterá na sede do Anticristo.

18- Os demônios do ar, junto com o Anticristo, farão grandes prodígios na terra e nos ares, e os homens se irão perverter cada vez mais. Deus cuidará dos Seus fiéis servidores e dos homens de boa vontade. O Evangelho será pregado por toda a parte e todos os povos e todas as nações conhecerão a verdade!

19- Eu dirijo um urgente apelo à Terra: chamo os verdadeiros discípulos do Deus Vivo, que reina nos céus; chamo os verdadeiros imitadores de Cristo feito homem – o único e verdadeiro Salvador dos homens; chamo os meus filhos, os meus verdadeiros devotos, os que se deram a mim, para que eu os conduza ao meu Divino Filho – aqueles que eu levo, por assim dizer, nos meus braços; chamo os que viveram do meu espírito; chamo, enfim, os Apóstolos dos Últimos Tempos, os fiéis discípulos de Jesus Cristo, que viveram no desprezo do mundo e de si próprios, na pobreza e na humildade, no desprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento, e desconhecidos do mundo.

Já é hora de saírem e virem iluminar a Terra. Ide e mostrai-vos como meus filhos queridos. Estou convosco e em vós, desde que a vossa fé seja a luz que vos ilumine nesses dias de infortúnio. Que o vosso zelo vos torne como que famintos da glória e da honra de Jesus Cristo. Combatei, filhos da luz, vós, pequeno número que ainda tendes vista; porque chegou o tempo dos tempos, o fim dos fins.

20- A Igreja será eclipsada, o mundo estará em aflição. Porque, eis que chegam Enoque e Elias, cheios do Espírito de Deus; eles pregarão com a força de Deus, e os homens de boa vontade acreditarão em Deus, e muitas almas serão consoladas. Farão grandes progressos pela virtude do Espírito Santo e condenarão os erros diabólicos do Anticristo.

Ai dos habitantes da Terra! Virão guerras sangrentas e fome, pestes e enfermidades contagiosas; chuvas de uma terrível saraivada de animais, que abalarão cidades, terremotos que engolirão países; vozes serão ouvidas no ar; os homens baterão com a cabeça nos muros, pedirão a morte e, por outro lado, a morte será o seu suplício. O sangue correrá por toda a parte. Quem poderá vencer se Deus não diminuir o tempo da prova? Pelo sangue, as lágrimas e as orações dos justos, Deus Se deixará aplacar. Enoque e Elias serão martirizados. Roma, pagã, desaparecerá. Cairá fogo do céu e consumirá três cidades. Todo o universo será presa de terror e muitos se deixarão seduzir, porque não adoraram o verdadeiro Cristo, que vivia entre eles. Chegou o tempo; o sol está escurecendo; só a fé sobreviverá.

21- Eis o tempo; abre-se o abismo. Eis o rei dos reis das trevas. Eis a Besta com os seus súditos, dizendo-se o salvador do mundo. Irá elevar-se com soberba, pelos ares, para subir até o Céu; será precipitado pelo sopro de São Miguel Arcanjo. Cairá, e a Terra, que há três dias encontrava-se em contínuas evoluções, abrirá o seu seio, cheio de fogo, e ele será precipitado, para sempre, com todos os seus, nos abismos eternos do Inferno.

Então, a água e o fogo purificarão a Terra e consumirão todas as obras do orgulho dos homens, e tudo será renovado – Deus será servido e glorificado.”

Significado Evangélico da mensagem de La Salete

Para ver e compreender.

“Eis porque lhes falo em parábolas: Para que vendo, não vejam, e ouvindo, não ouçam nem compreendam” (Mt 13,13)

Antes de falar, a Senhora se comunica por sinais. Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa, irradia a luz da ressurreição. O brilho de seu rosto é tal que Maximino é incapaz de olhar para Ela o tempo todo, e Mélanie se deslumbra com Sua presença. Suas vestes, como as de Cristo na montanha no dia da Transfiguração, igualmente resplandesce de luz. A luz provém do grande Crucifixo que tem sobre Seu peito. Aparecendo em La Salette, Maria Santíssima continua levando a cabo a missão que recebeu ao pé da Cruz: tomar o sofrimento e a dor por nós, para nos dar vida na Fé. “Julguei não dever saber coisa alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado”. (1Cor 2,2).

O crucifixo está entre um martelo e umas torqueses, os instrumentos da Paixão. Dos ombros da formosa Senhora cai uma corrente grossa, símbolo bíblico do pecado e das injustiças cometidas por nós contra nossos irmãos. Paralelamente às correntes, nas bordas do xale, a formosa Senhora tem rosas de várias cores. Isto nos recorda o Rosário. Desde nossas raízes humanas até à Cruz e da Cruz à glória e ao festim celeste. Também há rosas ao redor de Sua cabeça, como um diadema de luz e ao redor de Seus pés. “Lancei raízes no meio de um povo glorioso, cuja herança está na partilha de meu Deus… Cresci como a palmeira de Cades, como as roseiras de Jericó” (cf. Eclo 24,16-18).

A Constituição Gaudium et Spes (13) do Concílio Vaticano II nos diz: “Daí que o homem está dividido dentro de si mesmo. Por isso toda vida humana, individual ou coletiva, se nos apresenta como uma luta dramática, entre o mal e o bem, enrre as trevas e a luz. Mas o homem ainda se encontra incapacitado para resistir eficazmente por si mesmo aos ataques do mal, até sentir-se como acorrentado”.

Ouvi e ponde em prática (Lc 6,46; 8,21; 11,28, Tg 1,25-27)

Pela maternal caridade da Virgem Santíssima, Ela intercede, Ela Se preocupa e continua trazendo os dons da salvação eterna a nós, irmãos de Seu Filho, que ainda estamos peregrinando nesta terra, rodeados de perigos e dificuldades até o dia de entrar na pátria feliz.

A Santíssima Virgem fala o idioma de Seu povo. A Virgem Santíssima é uma “filha de Israel” que viveu em uma cultura específica. Ela aparece também Se comunicando segundo a cultura de Seus filhos. Há uma grande consonância entre sua preocupação e a linguagem do povo. Na Bíblia, a Palavra de Deus se manifesta de uma maneira concreta na história do povo de Deus. Maria como filha de Israel nos ensina a descobrir, através dos eventos e situações da vida, a presença discreta de Deus que “faz maravilhas” e que “se recorda de seu amor por seu povo”.

Ela nos chama à conversão urgentemente. Por Seu imenso amor, preocupa-se com nossa indiferença religiosa e com nossos pecados, mas também com nossos problemas e esperanças.

A Virgem se situa na tradição dos profetas. Um profeta é aquele a quem Deus confia a missão de falar em Seu Nome ao povo, para revelar a esse povo, nos eventos passageiros deste mundo, a chamada a um amor maior. Em La Salette, a Virgem considera a situação atual das colheitas: o trigo, as batatas, as uvas e as nozes. Ela começa com a previsão pessimista dos agricultores: fome e morte infantil se o trigo continuar assim. Diz que nós não prestamos atenção e logo chama a atenção de cada um: “Portanto se convertam”. Recorda-nos a chamada dAquele que é a Palavra: O reino de Deus está próximo: convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15), e novamente nos diz: “Não vos preocupeis, buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça (Mt 6,33).

Na verdade é uma chamada do Evangelho que talvez tenhamos esquecido e a Virgem Santíssima nos recorda. Analisando seu discurso, damo-nos conta das grandes verdades encontradas nos Evangelhos.

Tudo se concentra em Cristo: Cristo crucificado e ressuscitado. O papel de Maria Santíssima com relação a todo crente é unir-nos a Jesus, em nossas lutas, batalhas e sacrifícios temos a oportunidade de ser transfigurados em Cristo.

Em Nome de Cristo te imploramos ( Jo 20,31; Atos 4,12)

A Virgem Santíssima, tomando por modelo Jesus ressuscitado, vem como mensageira de paz, essa paz que é fruto do Evangelho vivido. A Virgem vem nos implorar que retornemos a Jesus. Pede-nos também que, em união com ela, sejamos mensageiros. A Boa Nova precisa ser proclamada, ouvida e difundida.

A Virgem disse: “Se meu povo não quiser se submeter…” Nestes tempos modernos é difícil ouvir palavras de advertência. Mas a Virgem não vem nos tirar a liberdade nem para nos ameaçar, mas para nos convidar a viver no reino e liderança de Cristo, em comunhão com Sua vontade. Esta submissão, a qual é comunhão com Deus, é a que Maria, a humilde escrava do Senhor, viveu desde a Anunciação até a Crucifixão e o Pentecostes. E é por isso que todas as gerações chamá-la-ão bendita (Lc 1,48).

Jamais poderemos recompensar a dor que a Virgem sofreu por nós, mas isso é motivo para respondermos o mais generosamente possível. “Por tanto, ofereçam todos os fiéis súplicas constantes à Mãe de Deus e Mãe dos homens, para que Ela, que esteve presente às primeiras orações da Igreja, exaltada agora no céu sobre todos os bem-aventurados e os anjos, na comunhão de todos os santos, interceda também diante de Seu Filho” (Conc Vat II, LG, 69).

Reconciliai-vos com Deus (cf. Mt 5,23; Mc 11,24; 2Cor 5,18; Ef 2,15 )

Nossa Senhora especifica duas rejeições do povo. “As duas coisas que fazem o braço de Meu Filho tão pesado” são:

1. “O desrespeito ao Dia do Senhor”. Isto nos leva a recordar os dois primeiros Livros da Bíblia, o Gênesis e o Êxodo, e a recordar que desde o princípio os cristãos celebram o domingo como dia da Ressurreição. Como honramos o Dia que o Senhor reservou para Si mesmo? É de fato um dia de repouso, dia de assistir à Santa Missa?

2. “O desrespeito ao Nome de Meu Filho”. Os que usam o Nome de Cristo pelas menores adversidades e impõem a Deus a responsabilidade por elas, esquecendo-se assim das próprias responsabilidades. Quando nos vemos assediados por todo tipo de provas, egoistamente nos fechamos em nós mesmos sem esperança. A Vifgem vem recordar-nos novamente que “Santo é Seu Nome”, porque não há debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos (Atos 4,12). E tudo quanto fizerdes, de palavra e de obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai (Col 3,17).

(O homem), muitas vezes ao negar reconhecer a Deus como seu princípio, transtornou, além disso, sua devida ordenação a um fim último e, ao mesmo tempo, prejudicou todo o programa traçado para suas relações consigo mesmo, com todos os homens e com toda a criação (Conc. Vat II, Gaudium et Spes,13).

As coisas que se corroem (cf. Mt 6,19; Lc 12,13; Tg 5,3)

A rebelião contra Deus, que significa “a morte de Deus em nós” inevitavelmente nos levará à morte e à ruptura harmoniosa com o universo. Essa ruptura é a causa da corrupção. Para nos redimir desses males é que veio Nosso Senhor. Em La Salette, a Virgem não nos tira da realidade, mas ao contrário, nos faz um chamado urgente para reconhecermos os perigos em que vivemos e nos abramos à redenção que oferece Seu Filho. As colheitas e batatas podres, o trigo que se torna pó, as nozes vazias, as uvas nas vinhas estragadas, fomes e epidemias, tudo isso é causado pelo pecado.

Nossa situação precária e a duração restrita de nossas vidas têm, no entanto, um ponto positivamente elevado, sendo estes motivos que nos chamam à própria conversão, instando-nos ao seguimento de Cristo, vivendo hoje a vida nova que Ele viveu até o Calvário. Essa é a fonte de nossa confiança. Nesta terra onde duas terças partes da humanidade hoje sofrem de fome e desnutrição, onde os direitos humanos são desrespeitados, a injustiça se encontra à nossa porta, os riscos da destruição aumentam; que tudo isto nos faça meditar nos “sinais de Deus” e nos voltem a Ele. Assim agiremos como verdadeiros irmãos, em especial com os menos afortunados.

Se se converterem (cf. Ez 18,30; 1Rs 8,35; Mc 1:15; Lc 15; Atos 2,38; 3,19)

O chamado à conversão está no coração da mensagem de La Salette. Tudo se dirige para esse fim: as lágrimas e o crucifixo, a luz e as rosas, as atitudes da Bela Senhora, seu caminhar desde o declive até o cume, mas sobretudo o discurso da Virgem. “Regressai a Deus com todo o vosso coração”, Ele é a única fonte de vida. A ansiosa espera da criação deseja vivamente a revelação dos filhos de Deus… na esperança de ser libertada da corrupção para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus (Rm 8,19).

O caminho para a conversão: três pontos (Mt 6,5; Mc 14,32; Lc 18,1; Jo 17)

1. Oração perseverante e profunda: “Fazeis bem vossas orações?” “Não muito bem, Senhora”, responderam. Talvez também essa seja nossa resposta. A Virgem Santíssima nos exorta a rezar diariamente, pela manhã e pela tarde. Vigiai e orai (Mt 26,41). A Virgem lhes pede no mínimo, um Pai Nosso e uma Ave Maria, mas exorta-os a ir mais além quando puderem.

Os discípulos de Cristo, perseverando na oração e louvor a Deus (Atos 2,42), oferecer-se-ão a si mesmos como hóstia viva, santa e grata a Deus (Rm 12,1), hão de dar testemunho de Cristo em todo lugar e, a quem lhes pedir, hão de dar também a razão da esperança que têm na vida eterna (1Pd 3,15) (Conc Vat II, LG, 10).

2. Participação na Santa Missa: “Durante o verão somente algumas mulheres idosas vão à Missa”. A participação semanal como cristãos na celebração da Missa Dominical é uma necessidade vital. A Palavra de Deus nutre nossa fé, o contato com Cristo na fração do pão para um novo mundo é fonte de dinamismo, a comunhão com Seu Corpo entregue por nós e Seu Sangue derramado nos recorda que devemos estar prontos para dar nossas vidas pelos outros e então nos fazer participantes, sendo fortalecidos em Seu Espírito. No coração deste mundo que passa e ao qual estamos ainda ligados por nossa cegueira e inércia, a Igreja, na celebração da Eucaristia, compreende e anuncia que o mundo novo, inaugurado por Cristo ressuscitado, está realmente presente entre nós, e é ncessário que sejamos suas testemunhas em nossa vida cotidiana, através de nossa conduta individual e como membros da sociedade. A necessidade eucarística então é fonte de esperança e de gozo que ninguém nos poderá tirar (Lc 21,14; Jo 13,1; 20,19-26).

3. Recuperar nossa dignidade agindo como cristãos: “Durante a Quaresma vão ao açougue como cães”. Longe de nos escandalizar, as palavras de Nossa Senhora deveriam transpassar nossas consciências. Nas Sagradas Escrituras, quando o povo é comparado com cães significa que este perdeu o sentido de sua dignidade (Fl 3,2; Mt 7,6). O que fazemos realmente com nossa dignidade de filhos de Deus, quando desperdiçamos o alimento, quando menostrezamos os bens de que talvez outros necessitem? Para recuperar nossa dignidade devemos nos dar conta de que não só de pão vive o homem e que os esforços necessários que fizermos para compartilhar nossas bênçãos com os outros nos põe em comunhão com o Filho de Deus, de Quem procede nossa dignidade. “Em verdade vos digo que o que fizerdes a um destes irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25,40).

Todo ano se nos apresenta o maravilhoso testemunho dado por Jesus durante sua Paixão (1Tm 6) e é uma recordação de que nunca devemos “vender” nossa dignidade. O poder da ressurreição está entre nós, obrande e fazendo-nos filhos de Deus. Então não pode haver nada que nos comprometa com a falsidade, a injustiça, o dinheiro ou o poder. Não vivamos como cães mas que todo o nosso ser e nossos bens estejam à disposição do Pai, custe o que custar.

Na fazenda de “Coins” (Jr 23,24; Os 6,1; Mt 28,20; Lc 24,29; 2Cor 6,16).

A Bela Senhora faz menção, a Maximino, de um evento aparentemente sem importância. Um pequeno gesto e uma observação que seu pai havia feito. Por muito tempo o senhor Giraude não ia à igreja e era realmente indiferente à religião. Quando em 20 de setembro ouviu o relato da Aparição, sua reação foi proibir seu filho de dizer novamente essas histórias sem sentido. Dias mais tarde, aborrecido pelo ir e vir das pessoas interessadas em fazer perguntas a Maximino, ameaçou-o de duros castigos. “Mas, papai, Ela me falou de ti”, exclamou o menino. Recordou a ele o episódio do trigo estragado na fazenda de Coins e o pedaço de pão que havia dado a seu filho de volta a Corps. Assim, como Maximino havia se esquecido do incidente, igualmente o havia esquecido seu pai. O senhor Giraud se surpreende, pensava que talvez havia desterrado Deus de sua vida e agora descobre que nem seguer por um instante Deus deixa de perceber suas esperanças e ansiedades e em particular do temor de não ter mais pão para dar a seu filho. Essa descoberta será o começo de uma autêntica conversão que será intensificada mais tarde com a milagrosa cura de sua asma crônica.

Poderíamos nos perguntar se realmente estamos conscientes da presença de Deus que nos acompanha a onde quer que vamos. Quando repartimos o pão, quando o distribuímos entre os faminos, onde quer que se dê vida, aí o Pai está, pos Ele é a fonte da Vida.

A dimensão Missionária é urgente (Mt 28,18; Lc10,1; Jo 17,18; 20,21; Rm 10,13).

“Pois bem, meus filhos, transmitireis isto a todo meu povo”. A dimensão missionária é essencial para todo cristão e Nossa Senhora no-lo recorda. Cristo nosso Senhor veio criar novas condições de vida, reconciliada com Deus e com o próximo. Devemos dedicar nossa existência a realizar esta vida de reconciliação neste mundo dividido no qual nos encontramos. A Reconciliação é a força viva capaz de abrir o futuro a todas as gentes, renovando assim os laços cortados ou debilitados pelo egoísmo e pelos temores. Neste mundo onde tantos trabalham, contróem, sofrem e esperam, tenhamos somente um tipo de obsessão: a obsessão missionária.

São muitos os peregrinos que se aproximam da Aparição de La Salette e sobem a montanha santa. Todos juntos e cada um pessoalmente se sente chamado pela Bela Senhor que nos recorda que Deus “rico em misericórdia” está presente na vida de cada um.

Como não dar atenção diante de tanta ternura? Como resistir ao pranto incessante daquela que ora e intercede por nós sem cessar? Ela está junto a nós com sua atenção materna, em cada detalhe e acontecimento de nossas vidas. Em nossas lutas e penas, em nossas decisões enossas aflições diárias. Maria Santíssima, fiel à missão recebida no Calvário, nunca cessa de nos recordar os meios que nos foram dados para regressar a Seu Filho; pois sem Sua ajuda não poderemos construir nossas vidas ou nosso mundo. A rejeição de Sua graça traz sérias conseqüências. Maria, nossa advogada e reconciliadora veio a La Salette recordar-nos esta verdade.

Esquecemo-nos das verdades do Evangelho e, ao contemplar sua aparição e aprofundar-nos em suas palavras, devemos mover-nos a responder a seu chamado, aliviando sua dor, e nxugando suas lágrimas, retornando a Deus com todo o nosso coração, através de Seu Filho Jesus Cristo, Que é o Caminho, a Verdade e a Vida. O que foi crucificado por nossos pecados e ressuscitou dentro os mortos para nossa salvação. Jesus, nossa paz e reconciliação.

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