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O ESCAPULÁRIO VERDE

No dia 18 de Janeiro do ano de 1840, quando fazia o retiro preceituado para as noviças na Casa Mãe de Paris, a Irmã Justina Bisqueyburn das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, teve a visão da Santíssima Virgem, vestida de túnica branca que lhe descia até aos pés, manto azul claro, cabelos soltos, tendo na mão um coração que da parte superior espalhava chamas vivas em profusão. Durante o Noviciado, a aparição repetiu-se várias vezes.

Após a tomada de hábito, Irmã Justina foi designada como professora para a casa de Blangy, da mesma congregação, onde no dia 8 de Setembro, festa da Natividade de Nossa Senhora, e no mesmo ano de 1840, recebeu nova visita da Mãe Celeste.

Nossa Senhora apareceu-lhe durante a oração, tendo da mão direita o mesmo Coração em chamas e suspenso na mão esquerda uma espécie de escapulário de fazenda verde e forma retangular, de tamanho médio, com um coração também verde. Num dos lados do Escapulário havia a imagem da Santíssima Virgem, tal como se manifestara nas aparições anteriores. No outro lado, um coração inflamado de raios mais brilhantes que o Sol e transparentes como o cristal. O coração, trespassado por uma espada, estava cercado de uma inscrição de forma oval, encimada por uma cruz de ouro. A inscrição dizia assim: “Coração Imaculado de Maria, rogai por nós, agora e na hora da nossa morte”.
Ao mesmo tempo que tinha esta visão, uma voz interior explicou à Irmã o sentido dela. Compreendeu que este Escapulário devia contribuir para a conversão de muitos pecadores, de modo especial quando tudo parecesse perdido, para lhe assegurar uma boa morte.

A mesma aparição renovou-se ainda a 15 de Agosto e 13 de Setembro de 1841.

A Irmã expôs com simplicidade tudo o que lhe sucedera ao seu diretor espiritual. Foi obtida a licença das Autoridades religiosas para a divulgação do Escapulário e foram tantos os prodígios e milagres obtidos quer em ordem dos males físicos, quer sobretudo na conversão dos pecadores impenitentes que, o próprio Papa Pio IX o aprovou por duas vezes; uma em 1863 e outra em 3 de Abril de 1870.

A bênção da Igreja, aplica o Escapulário por intercessão do Imaculado Coração de Maria, algo do capital imenso, depositado por DEUS, no Seu Seio de Misericórdia.

Verde é a cor da esperança, e em Maria Santíssima depositam, não só os justos, mas também os pecadores – ainda os mais inveterados – todos os seus receios, angústias e necessidades buscando remédio e auxílio. Mas a eficácia especial deste Escapulário, manifesta-se sobretudo em obter a conversão (que por vezes se julga impossível) dos pecadores considerados impenitentes, ou já perdidos, principalmente quando por ignorância ou desprezo recusam os Sacramentos.

CONDIÇOES PARA RECEBER OSE BENEFÍCIOS DESTE ESCAPULÁRIO1

– O Escapulário Verde, como disse a Santíssima Virgem Maria, pode ser bento, com o sinal da Cruz por qualquer Sacerdote e depois qual quer pessoa pode distribui-lo.

– Deve-se trazê-lo conosco.

– Deve-se rezar, ao menos, uma vez por dia, a seguinte oração: “Coração Imaculado de Maria, rogai por nós, agora e na hora da nossa morte“.

-Tratando-se de doentes ou pecadores impenitentes, que não o aceitem, ou não queiram nem possam rezar a oração, podemos deixá-lo na habitação, onde moram, ou ocultá-lo na roupa, dizendo alguém, em seu nome, a mesma invocação ao Coração Imaculado de Maria. DEUS, no dogma da Comunhão dos Santos, aplicará, em favor destes infelizes filhos, as preces de seus irmãos, junto aos méritos de Maria Santíssima.

Ninguém estranhe que: um quadrado de tecido verde, com a efígie do Coração Imaculado de Maria, a Bênção da Igreja e os méritos de nossa Mãe Celeste, obtenha tantos prodígios para o corpo e para a alma, e nos proteja nos perigos, pois nunca DEUS Se mostra tão grande como quando Se serve das coisas mais insignificantes para patentear o Seu Poder Onipotente e a Sua Misericórdia. Não Se serve, Ele, da agua, para nos manter, e a todos os animais e plantas, na vida? E esta mesma água, aplicada, no Sacramento do Batismo, em Nome do PAI e do FILHO e do ESPÍRITO SANTO, não nos muda, de simples criaturas, em filhos de DEUS e de Maria Santíssima, em irmãos dos Anjos e dos Santos e herdeiros do Céu?!

Propaguemos o Escapulário Verde, para honra e triunfo do Imaculado Coração de Maria e para a salvação eterna de nossos irmãos, que custaram o Sangue preciosíssimo de nosso Divino Salvador e tantas dores e lágrimas à nossa Mãe do Céu.

Procedendo deste modo, estamos bem seguros, pois Sua Santidade Bem Aventurado Pio IX, representante de JESUS CRISTO na Terra, o abençoou e aprovou por duas vezes: em 1863 e 1870, como disse anteriormente.

Estando com a Igreja, estamos sempre bem.

EPÍLOGO

Cheguei ao fim de meu modesto trabalho que me foi pedido … Agradeço a Nossa Senhora, ter-me também escolhido a mim, tão humilde, para escrever este livrinho e vários escritos e folhetos que falam desta devoção. Havia mais casos a relatar, mas ponho só estes para não tornar o livro volumoso o que impediria a sua larga difusão.

Sinto que a vida se vai aproximando do fim e que urge aproveitar para glória de DEUS e bem das almas, os poucos ou muitos dias que ainda me restam da peregrinação por este mundo. O tempo é a maior riqueza dos pobres e dos ricos porque lhes dá oportunidade de fazerem boas obras para a Salvação Eterna deles e de muitos outros. Entre as muitas graças que recebi gratuitamente das mãos de DEUS, Autor de todos os dons, por intermédio de Sua e nossa Mãe, a quem a minha mãe de sangue, me entregou e Consagrou logo ao nascer, ressaltaram a graça do sofrimento, a graça do espírito de oração e do zelo apostólico tudo impregnado da devoção terna e profunda a Nossa Senhora.

Nestes últimos anos de minha vida concedeu-me também DEUS nosso PAI, a graça insigne de escritor, de poder por meio da imprensa, estar presente nas cinco partes do mundo, onde há portugueses e de lhes levar por meio da prosa e da poesia a Mensagem Evangélica e o Amor e a Confiança que devemos ter em Maria, nossa queridíssima Mãe.

Como foi graça misericordiosa de DEUS ter encontrado o “Cavaleiro da Imaculada”, o jornal que tem sido nesta hora de crise de Fé, um dos maiores baluartes que tem ajudado a mantê-la íntegra entre os portugueses, confirmando a promessa do Coração Imaculado de Maria em Fátima: “em Portugal conservar-se-á sempre a virtude teologal da Fé!

O jornal “Cavaleiro da Imaculada” com os seus 120.000 exemplares em cada edição quinzenal, lido por mais de um milhão de pessoas nos cinco continentes, pois vai para hospitais, cadeias, colégios, famílias, etc., que traz quase sempre um artigo meu e que edita ainda os meus modestos livros e folhetos em número de milhares de exemplares, põe-me a pregar em todo o mundo. O meu estilo, dizem é simples e claro, todos o entendem, cultos e incultos, pobres e ricos. Mil graças Vos sejam dadas Senhor! Eu não sou digno de que Vos tenhais servido de mim para Vos tornar conhecido e amado e à vossa e nossa Mãe. Mãe Santíssima! Não vos servis só das grandes águias, mas também dos pobres e humildes como eu.

Como estou contente e Vos agradeço por esta graça de ter sido chamado a escrever este humilde opúsculo sobre o Escapulário Verde, para acrescentar ao que já tenho escrito sobre Nossa Senhora!

Confio que ele há de fazer por graça vossa, muito bem às almas e que por meio dele tenho um meio de reparar algo de minhas lacunas no vosso Serviço.

Como é consoladora ainda a certeza de que depois de minha morte, por meio da imprensa posso continuar a missão de Vos fazer servir e amar, pelos homens meus irmãos que ficaram na Terra! As palavras voam, o que fica escrito permanece, diz um provérbio latino.

Como a minha alma se vai impregnando cada vez mais da paz que ultrapassa todo o en tendimento ao considerar que, de Maria Santíssima nunca se diz o suficiente como afir ma São Bernardo e que nunca se perderá um devoto de Nossa Senhora! Eu sou por dom gra tuito do Senhor, um devoto de Maria, quero sẽ lo cada vez mais; quero viver e morrer neste Amor que me dará a plenitude do Amor Divino, na Terrae no Céu, já que para amar a DEUS com todo o coração, toda a alma e todas as faculda des fomos criados nós e Maria Santíssima que, nos deu JESUS, Deus feito Homem, para que os homens fossem participantes de todos os Seus atributos de Sua Vida Divina e de Sua felicidade eterna para sempre, se morrerem em Sua graça.

Obrigado meu DEUS por tudo, eu não sou digno, eu não sou digno de tantas misericórdias!

02 de Outubro de 1983

Padre Oliveira de Jesus Reis

Referências
  1. Publicação O ESCAPULARIO VERDE, Ed. da Divina Misericórdia – http://www.misericordiadivina.com.br ↩︎
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As 7 Dores de Maria

Você já ouviu falar das 7 dores de Maria? Essa devoção se medita, em geral, na Terça-feira da Semana Santa, em honra à Nossa Senhora das Dores.

As “7 dores de Maria” são extraídas do livro de Santo Afonso Maria de Ligório: As Glórias de Maria.

A meditação das dores de Maria data do século XV, quando a festa se estendeu para toda a Igreja e tornou-se costume rezá-la e meditá-la na Semana Santa.

Conheça e medite conosco as 7 dores de Maria:

1 – Profecias de Simeão (Lucas 2, 34-35)

Na primeira dor, Santo Afonso lembra que Deus usa de misericórdia conosco “ocultando” as “cruzes vindouras” na nossa vida, porque Ele deseja que vivamos o sofrimento somente na hora e nos momentos certos.

Com a Virgem Maria, Ele não teve a mesma atitude. Maria foi destinada a ser a Rainha dos Mártires e em tudo semelhante a seu Filho.

“Devia por isso, sofrer continuamente e ter sempre diante dos olhos as penas que a esperavam”.

Oração à Nossa Senhora das Dores:

“Ó minha bendita Mãe, não só uma espada, porém tantas quantas foram os meus pecados, tenho eu acrescentado ao vosso coração. Não a vós, que sois inocente, minha Senhora, mas a mim, réu de tantos delitos, são devidas as penas.

Já que, contudo, quisestes sofrer tanto por meu amor, impetrai-me pelos vossos merecimentos uma grande dor de minhas culpas, e a paciência necessária para sofrer os trabalhos desta vida.

Por maiores que sejam, sempre serão leves em comparação dos castigos que tenho merecido, e de meus pecados, que me têm tornado tantas vezes digno do inferno. Amém.”

2 – A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus 2, 13-21)

Jesus e Maria passaram pelo mundo como fugitivos, e eles trazem uma lição para nós, diz Santo Afonso: “Temos de viver na terra como peregrinos, sem apegos aos bens que o mundo nos oferece”.

Aprendamos com Jesus e Maria a abraçar as cruzes, porque sem elas não podemos viver neste mundo.

Oração à Nossa Senhora das Dores

“Ó Maria, nem depois de vosso Filho ter sido imolado pelos homens, que o perseguiram até à morte, cessaram esses ingratos de persegui-lo com seus pecados, e de afligir-vos, ó Mãe dolorosa?

E eu mesmo, ó meu Deus, não tenho sido um desses ingratos? Ah! minha Mãe dulcíssima, impetrai-me lágrimas para chorar tanta ingratidão.

E, pelas muitas penas que sofrestes na viagem para o Egito, assisti-me com vosso auxílio na viagem que estou fazendo para a Eternidade, a fim de que possa um dia ir amar convosco meu Salvador perseguido, na pátria dos bem-aventurados. Amém.”

3 – A perda do Menino Jesus no templo (Lucas 2, 41-51)

Uma das maiores dores de Maria foi esta: a perda de seu Filho no templo. Somente nesta dor é que ouvimos Maria queixar-se, diz Santo Afonso.

“Filho, por que fizeste assim conosco? Olha que teu pai e eu te buscamos aflitos!” (Lc 2,48). Essas palavras, segundo Afonso, não indicam uma censura da parte de Nossa Senhora, mas revelam a intensa dor que experimentou na ausência do amado Filho.

Santo Afonso então oferece uma reflexão: “Essas penas de nossa Mãe devem, primeiramente, servir de conforto às almas que se veem privadas das consolações e da suave presença do Senhor. (…) Chorem, se quiserem, mas chorem com paz e resignação, como Maria chorou a ausência de seu Filho. Cobrem ânimo e não temam por ter perdido a graça divina“.

Oração à Nossa Senhora das Dores:

“Ó Virgem bendita, por que assim vos afligis, buscando o vosso Filho, como se não soubésseis onde ele está? Não vos recordais que está em vosso coração?

Não sabeis que ele se compraz entre os lírios? Vós mesma o dissestes: “O meu amado é para mim e eu sou para ele, que se apascenta entre as açucenas” (Ct 2,16).

Vossos pensamentos e afetos, tão humildes, tão puros, tão santos, são outros lírios que convidam o Divino Esposo a habitar em vós.

Ah! Maria, vós suspirais por Jesus, vós que não amais senão a Jesus! Eu é que devo suspirar, eu e tantos pecadores que o não amamos, e o temos perdido por nossas ofensas.

Minha Mãe amabilíssima, se por minha culpa vosso Filho ainda não tornou à minha alma, fazei que eu o ache de novo. Bem sei que ele se faz achar por quem o busca. Mas fazei que eu o procure como devo. Vós sois a porta pela qual se chega a Jesus, fazei que também eu chegue a ele por meio de vós. Amém.”

4 – Encontro com Jesus caminhando para a morte (Lucas 23, 27-31)

Maria Santíssima chora ao ver chegar o momento da Paixão e ao notar que faltava pouco tempo para perder o seu Filho.

Santo Afonso recorda que Maria não quer abandonar Jesus, embora ver sua morte seja uma dor incalculável.

“Adiante vai o Filho, e atrás segue a Mãe para ser crucificada com ele. (…) Não nos apiedaremos de Maria, que vai seguindo o Cordeiro Imaculado, levado ao suplício? Participemos, pois, de sua dor; com ela acompanharemos seu Divino Filho, levando pacientemente as cruzes que nos manda o Senhor”.

Oração à Nossa Senhora das Dores:

“Ó minha Mãe dolorosa! Pelo merecimento da dor que sentistes, vendo vosso amado Jesus conduzido à morte, impetrai-me a graça de também levar com paciência as cruzes que Deus me envia.

Feliz serei, se souber acompanhar-vos com minha cruz até à morte. Vós e Jesus, que eram inocentes, carregaram uma cruz tão pesada, e eu, pecador, que tenho merecido o inferno, recusarei carregar a minha?

Ah! Virgem Imaculada, de vós espero socorro para sofrer com paciência todas as cruzes. Amém.”

5 – A morte de Jesus na Cruz (João 19, 25-27)

Aqui temos que contemplar um grande martírio, indica Santo Afonso. Uma mãe é condenada a ver morrer diante de seus olhos o seu Filho inocente. “Estava em pé junto à cruz de Jesus, sua Mãe” (Jo 19,25).

“A Virgem não cessava de oferecer à Divina Justiça a vida do Filho pela nossa salvação. Por aí vemos o quanto cooperava pelos seus sofrimentos para fazer-nos nascer à vida da graça. E, se nesse mar de mágoas, que era o coração de Maria, entrou algum alívio, então este único consolo foi certamente o animador pensamento de que, por suas dores, cooperava para nossa eterna salvação”, relata Santo Afonso.

Oração à Nossa Senhora das Dores

“Ó aflitíssima entre todas as mães, morreu, pois, vosso Filho tão amável e que tanto vos ama. Chorai, que bem razão tendes para chorar.

Quem poderia vos consolar jamais? Só pode dar-vos algum alívio pensar que Jesus com sua morte venceu o inferno, abriu aos homens o paraíso, que lhes estava fechado, e fez a conquista de tantas almas.

Do trono da cruz Ele reinará sobre tantos corações que, pelo amor vencidos, o servirão com amor. Dignai-vos, entretanto, ó minha Mãe, consentir que me conserve a vossos pés, chorando convosco, já que eu, pelos meus grandes pecados, tenho mais razão de chorar que vós.

Ah! Mãe de Misericórdia, em primeiro lugar pela morte de meu Redentor, e depois pelo merecimento de vossas dores, espero o perdão e a salvação eterna. Amém”.

6 – Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus 27, 55-61)

Na sexta dor da pobre Mãe de Jesus, Santo Afonso convida a contemplar “com atenção e lágrimas de piedade”. As dores que até agora, uma a uma, iam golpeando Maria, vem todas de uma única vez.

Santo Afonso indica então uma frase de São Boaventura, dita por Maria. “Se meu Filho quis que lhe fosse aberto o lado para dar-te seu coração, é justo que lhe dês também o teu”. Maria reconhece em Jesus o plano completo da salvação de Deus.

Oração à Nossa Senhora das Dores

“Ó Virgem dolorosa, ó alma grande pelas virtudes e também pelas dores, pois que ambas nascem do grande incêndio do amor que tendes a Deus, o único objeto amado por vosso coração.

Ah! minha Mãe, tende piedade de mim, que não tenho amado a Deus e tanto o tenho ofendido. Vossas dores me enchem de grande confiança, e me fazem esperar o perdão. Mas isso não me basta; quero amar a meu Senhor.

E quem me pode alcançar essa graça melhor que vós, que sois a Mãe do belo amor? Ah! Maria, a todos consolastes; consolai também a mim. Amém”.

Veja também: A Senhora das Dores e seu hino

7 – A sepultura de Jesus (Lucas 23, 55-56)

A sétima e última dor que Santo Afonso medita é a que mostra o sofrimento de Maria ao ver-se obrigada a deixá-lo finalmente no sepulcro. “Compreenderemos melhor esta última dor da Senhora, se subirmos ao Calvário e aí contemplarmos a desolada Mãe, ainda abraçada com o Filho morto”. Santo Afonso afirma ainda que Maria foi a primeira a adorar a cruz de Jesus.

Oração à Nossa Senhora das Dores

“Ó minha Mãe dolorosa, não vos quero deixar chorando sozinha. Quero acompanhar-vos com minhas lágrimas.

Esta graça hoje vos peço: obtende-me uma contínua memória com uma terna devoção à Paixão de Jesus e à vossa, para que os dias que me restam de vida me não sirvam senão para chorar vossas dores, ó minha Mãe, e as de meu Redentor.

Essas vossas dores, espero eu, na hora de minha morte, me hão de dar coragem, força e confiança para não desesperar à vista do muito que ofendi ao meu Senhor.

E elas me hão de impetrar o perdão, a perseverança e o paraíso, onde espero depois alegrar-me convosco, e cantar as misericórdias infinitas de meu Deus, por toda a eternidade. Assim o espero, assim seja. Amém”.

Veja também: As Promessas da Devoção de Nossa Senhora das Dores

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As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores

Como é bom saber desse amor que vem de tão alto e que nos envolve, nos protege. Nossa Senhora como Mãe em suas aparições ou revelações, aprovadas pela Igreja, deixa-nos promessas para conseguirmos graças nessa vida e na eternidade!

Santa Brígida, em suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, afirma que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais “Sete Dores” e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.

Promessas de Nossa Senhora 

1ª – Porei a paz em suas famílias.
2ª – Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.
3ª – Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª – Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.
5ª – Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6ª – Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7ª – Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças: 

1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.
2ª – Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.
3ª – Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.
4ª – Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.

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A Senhora das Dores e seu hino

O Stabat Mater é um poema medieval dedicado à Nossa Senhora das Dores e por enquanto, não há convergência quanto ao autor. Fato é que, ele é tão belo que mereceu melodias inesquecíveis de diversos compositores como Bach, Pergolesi, Haydn, Rossini, Vivaldi, Verdi dentre outros nomes consagrados na música.

O hino fala da dor de Maria aos pés da Cruz, contemplá-a e nos leve ter compaixão daquela Mãe tão amorosa. Abaixo colocamos a tradução do hino, que originalmente foi escrito em latim.

Stabat Mater dolorosa juxta crucem lacrymosa
Estava a Mãe dolorosa, junto à cruz, lacrimosa,

Dum pendebat Filius.
Da qual pendia o Filho.

Cujus animam gementem, contristatam et dolentem
A espada atravessava

Pertransivit gladius
Sua alma agoniada, entristecida e dolorida.

O quam tristis et afflicta fuit illa benedicta,
Quão triste e aflita estava ali a bendita,

Mater Unigeniti!
Mãe do Unigênito!

Quae moerebat et dolebat et tremebat cum videbat
Quão abatida, sofrida e trêmula via

Nati poenas inclyti.
O sofrimento do Filho divino.

Quis est homo, qui non fleret,
Qual é o vivente que não chora,

Matrem Christi si videret in tanto supplicio?
Vendo a Mãe do Cristo em tamanho suplício?

Quis non posset contristari,
Quem não ficaria triste,

Christi Matrem contemplari dolentem cum Filio?
Contemplando a mãe aflita, padecendo com seu Filho?

Pro peccatis suae gentis vidit Jesum in tormentis
Por culpa de sua gente, ela viu Jesus torturado,

Et flagellis subditum.
Submetido a flagelos.

Vidit suum dulcem natum moriendo desolatum,
Viu o Filho muito amado, morrendo abandonado,

Dum emisit spiritum.
Entregando o seu espírito.

Eja Mater, fons amoris, me sentire vim Doloris
Mãe, fonte de amor, que eu sinta a força da dor

Fac, ut tecum lugeam.
Para poder contigo pranteá-lo.

Fac,ut ardeat cor meum in amando Christum Deum,
Faz arder meu coração devido à partida do Cristo Deus,

Ut sibi complaceam.
Para que o possa agradar.

Sancta Mater, istud agas, crucifix fige plagas
Santa Mãe, dá-me isto: trazer as chagas do Cristo

Cordi meo valide.
Cravadas no coração.

Tui Nati vulnerati, tam dignati pro me pati,
Com teu Filho, que por mim morre assim,

Poenas mecum divide.
Quero o sofrimento partilhar.

Fac me tecum pie flere crucifixo condolere,
Dá-me contigo chorar pelo crucificado

Donec ego vixero.
Enquanto vida eu tiver.

Juxta crucem tecum stare et me tibi sociare,
Junto à cruz quero estar e me juntar

In planctu desidero. 
Ao teu pranto de saudade.

Virgo virginum praeclara, mihi jam non sis amara:
Virgem das virgens radiante, não te amargures:

Fac me tecum plangere.
Dá-me contigo chorar.

Fac, ut portem Christi mortem,
Que a morte de Cristo permita,

Passionis fac consortem
Que de sua paixão eu partilhe,

Et plagas recolere.
E que suas chagas possa venerar.

Fac me plagis vulnerari cruce hac inebriari
Que pelas chagas eu seja atingido e pela Cruz inebriado

Ob amorem Filii.
Pelo amor do Filho.

Inflammatus et ascensus per te Virgo sim defensus
Animado e elevado por ti Virgem, eu seja defendido

In die Judicii
No dia do juízo.
Amém.

Fonte: Salveliturgia.com